CAPÍTULO 153

Antonela

Acordo de súbito, transtornada, com o coração batendo acelerado no peito. Tudo ao meu redor está escuro. Tento me mexer, mas meu corpo parece preso. Meus pulsos estão amarrados firmemente atrás das costas, e minha boca está vedada por algo que parece ser uma fita adesiva. O tecido apertado ao redor da minha cabeça me priva de enxerdar, me deixando ainda mais em desespero.

Estou dentro de um veículo em movimento. O balanço irregular do carro, combinado com o som abafado de vozes masculinas que conversam em tom despreocupado, me faz estremecer. O rádio toca uma música alta, barulhenta, que parece zombar da minha impotência.

Meu corpo inteiro está rígido, paralisado pela mistura de pavor e impotência. Cada segundo de imobilidade é uma tortura. Minha mente dispara, tentando entender o que está acontecendo. Tudo aponta para uma conclusão terrível: fui pega por inimigos do meu pai.

Como isso pôde acontecer? Onde estavam os dois seguranças que deveriam me proteger? A resposta me ati
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