CAPÍTULO 112

Thierry

Morando num quarto minúsculo de uma pensão barata, em um bairro nada nobre, vou levando minha vida do jeito que dá.

Uma cama de casal com colchão ruim, um frigobar velho e uma televisão onde, tantas vezes, assisti reportagens sobre o Complexo da Penha, o temido traficante Carioca e seu famoso herdeiro, o tal G4, meus supostos pai e irmão.

Penso que, se realmente eu fosse filho dele, minha vida poderia ter sido melhor. Da minha avó e da minha irmã também. Mas ele não me quis, e eu vivi uma vida de dúvidas e frustrações.

Tantas vezes quis estar diante dele, olhar nos olhos e perguntar apenas:

POR QUÊ?

Por que ele nunca quis saber de mim?

Mesmo sem ter a chance de perguntar, a resposta era clara: para ele, eu era um nada, e a possibilidade de ele ter matado minha mãe era grande. Minha avó desconfiava disso também. Para ela, havia duas possibilidades: minha mãe e o marido dela tinham sido mortos pela polícia ou pelo próprio Carioca, e, com medo, ela nos levou embora. Ela morria d
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