CAPÍTULO 115

G4

A mão da Thayla tá fria, ela realmente deve ter bebido mais do que tá acostumada, se é que já bebeu antes.

Entramos no carro, dou partida.

— Você vai me levar pra onde? — ela pergunta assustada.

— Só vamos sair daqui, ou você quer que sua tia saiba que você tá bêbada dentro do carro comigo?

— Não estou bêbada!

Dou risada.

— Tá bom! Não tá bêbada, mas bebeu um pouco além da conta, aliás, vocês três, né?

Ela não responde nada.

Acelero o carro e paro em frente à minha casa. Não à casa dos meus pais, mas em uma das casas que são minhas.

— Por que você parou aqui?

— Sei lá, aqui você pode descer, tomar um café, uma água, e esperar melhorar um pouco.

Ela me olha em dúvida.

Destravo o alarme do portão e entro com o carro.

Estaciono e desço. Ela também.

— Você mora aqui?

— Só durmo às vezes. Vem, vamos entrar! — Puxo a mão dela.

— Eu já estou melhor, quero ir pra casa! — ela fala sem se mover do lugar.

— Não vai! — falo. — Tá longe da sua casa! — Nós nos olhamos fixamente — E eu não quero
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