CAPÍTULO 119

G4

Thayla finge não me ouvir e coloca o misto-quente na minha frente.

— Já trago o café! — ela diz, seca.

Uma mordida no lanche e o café tá na minha frente.

Nos olhamos.

— Responde o que eu perguntei!

— O que foi, G4? Estou trabalhando!

— Tá trabalhando hoje, mas nos outros dias, sumiu!

— Você está me vigiando? — ela pergunta.

— Só responde, pô!

— Eu estudo, sabia? Não fico o dia todo nesse morro, não!

— Só quero entender por que você fugiu de lá, o que eu te fiz?

Ela olha para os lados e fala baixinho.

— Não está claro pra você?

— Se tivesse, eu não tava aqui perguntando.

— Eu me arrependi. Foi isso!

Ouvir aquilo me deu muita raiva, mas não ia pagar päu pra ela, não.

Dei mais uma mordida no misto-quente que coloquei de volta no prato.

— Seu irmão tá liberado pra entrar na Penha!

— Obrigada! — ela fala me encarando.

— Não é por você ou por ele, é pela Dona Célia que é gente boa!

Coloquei o dinheiro em cima do balcão e saí dali muito put0 por saber que ela se arrependeu.

Se a Thayla nã
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