CAPÍTULO 102

18 ANOS DEPOIS...

G4 (Gabriel)

Deitado na minha cama, mexendo no celular, dou uma olhada nas redes sociais daquela desgraçada. Vida bacana a dela, muito bebida, diversão, festas e sempre rodeada de muita gente.

Nem sei por que, depois de tanto tempo, resolvi olhar. Foda-se que ela está bem.

Saio da página, bloqueio a tela e jogo o celular em cima da cama. Vou até o closet e pego uma roupa pra colocar depois do banho.

Meu celular toca.

— Fala, Leco!

Leco é o vulgo do Marcelo, meu primo, filho do tio Japah.

— Treta aqui na entrada do morro! — ele diz.

— Tá, e por que tá me avisando? Resolve aí, pô! Tu sabe que essas paradas é contigo.

— Então, a treta é com a Antonela!

Porrä! Essa pirralha já tá aprontando. Aliás, o que ela tá fazendo aqui, hoje?

— Tá, marca um 10, que eu já chego aí!

Quando chego lá, vejo o caô formado. Sem paciência pra showzinho de garota mimada, já dou um tiro pro alto.

Todos param e me olham.

Moradores que entravam e saíam da comunidade ficaram assustados.

— Qual f
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