Aos novos leitores e aos que estão aqui ansiosos por novos capítulos e não conhecem minhas outras obras, convido-os a lerem meus outros dois livros completinhos: A governanta do CEO > enemies to lovers com aulas picantes; A amnésia da doce esposa do CEO > drama romântico do começo ao fim <3 Sintam-se a vontade para conhecê-los ;)
Sentada na cama, deslizando o polegar por um hematoma arroxeado no antebraço que usou para proteger o rosto, Joana engolia a humilhação de ter toda cidade vendo seu pai ofender e bater nela dentro da igreja. Maximiliano estava se despedindo dos amigos, que partiam depois dela garantir – mentir - que estava bem. Eles tinham sido gentis, oferecido desde palavras de consolo, a retaliação a qualquer um que ousasse chama-la de mulher do diabo como estava na legenda do vídeo. Retornando ao quarto, aflito e incerto com a melhor forma de consolar a noiva, Maximiliano sentou na cama e a puxou mansamente para seu colo, embalando a jovem devagar, os dedos deslizando por seu cabelo. Seu corpo não queria se desprender do dela, da maciez do cabelo longo, do cheiro suave e do calor feminino. Desejava sentir novamente a doçura dos lábios de sua noiva, provar cada curva com sua boca. Mas se controlava por causa da culpa. Culpa pelo que escondia dela. Culpa pelo descontrole do pai dela que proporcion
Na fazenda, Adriano tinha sua família reunida no jantar, um motivo a se comemorar. E por alguns minutos foi isso que fez, conversando animadamente com sua mãe, sua esposa e com Bruno, que decidiu permanecer na fazenda por mais alguns dias. Porém, logo o clima de paz se quebrou quando a conversa abordou a briga entre Iago e Joana, seguido do anúncio de Dalila que visitaria seus pais em Sanmarino para ajudá-los. Mesmo sem verbalizar uma palavra, Adriano notou que sua mãe desaprovava a visita. A notícia também não caiu bem para Bruno, que questionou imediatamente ressentido por ter perdido suas chances com Joana para um homem de reputação duvidosa: — Se não gosta de seu futuro cunhado, porque vai? — Por meus pais — Dalila respondeu, evitando olhar na direção da sogra ao acrescentar desdenhosa: — Ficou claro pelo vídeo que meu pai está no limite por ter que se rebaixar para receber um contrabandista na família. E minha pobre mãe, mesmo contrariada, será obrigada a ajudar Joana caso o ca
O cantarolar dos pássaros invadia cada canto da cabana do Gonzalez, aumentando a felicidade de Joana, acompanhando baixinho a sinfonia da manhã. Um sorriso apaixonado irradiou por seu rosto, assim como uma coloração suave o fez em suas bochechas ao relembrar a noite anterior e como foi maravilhoso acordar ao lado de Maximiliano sem a barreira da dúvida. Como de costume acordou cedo e, com alegria impregnada em sua pele, aproveitou que o ele não despertou para apreciar sua beleza, os lábios que devastavam seu corpo e alma, os macios fios escuros espalhados no travesseiro, à pele cálida em contato com a sua. Sem se atrever a toca-lo, por medo de desperta-lo, levantou com cuidado e se arrumou, evitando qualquer mínimo ruído para não o incomodar, antes de se encaminhar para fora do quarto. Na pequena cozinha, preparava o café manhã deles, com poucos itens porque os armários e a geladeira estavam quase vazios. Com tanto tempo no mar e os dias em Recanto Dourado, a falta de mantimentos e
As suspeitas de que os amigos não ligavam a mínima para sua alimentação confirmou-se em poucos minutos, quando Baltasar largou um pacote pequeno de salgadinhos industrializados e gordurosos em sua mão. Como abelhas em volta de uma flor, os três cercaram Joana perguntando se amanheceu melhor, se precisava de algo e logo seguiam com ela para a cozinha para devorar o café da manhã feito para ele. Não ligaria para as demonstrações de afeição deles por Joana, se a cada torrada degustada um deles não soltasse propostas de casamento para sua noiva, concluiu cruzando os braços e encarando Baltasar atravessado ao ouvi-lo murmurar maravilhado. — Você é uma pequena fada que transforma tudo em uma delícia — disse fazendo Joana corar de alegria. — Se Maximiliano desistir do casamento, posso substitui-lo? — Chega de substituições — Maximiliano urrou laçando o braço nos ombros da noiva sentada ao seu lado. — Fora acabar com meu café da manhã, o que mais querem tão cedo na minha casa? — “E com a m
Em Recanto Dourado Adriano surpreendia-se com o repentino clima de discórdia entre sua mãe e sua esposa. Ainda indignada por ele aprovar a ida de Dalila para Sanmarino, logo pela manhã sua mãe se negou a compartilhar o café da manhã na sala de jantar com ele e a esposa. Confuso com o comportamento dela, Adriano procurou convencer Kassandra a descer pelo menos para se despedir de Dalila que partiria em alguns minutos. Furiosa, a viúva novamente se negou, colocando para fora todo seu desagrado com a atitude do filho em relação à esposa. — É irresponsável em deixar Dalila fazer tudo que deseja. O lugar dela é ao seu lado, não resolvendo os problemas da irmã — comandou de cabeça erguida e sem arrependimento. — Dalila está preocupada com os pais, é com razão — justificou. — Sei que a ama, mas não pode permitir que Dalila o manipule ao seu bel-prazer — Kassandra alertou, querendo que Adriano percebesse que cometia um enorme erro fazendo todas as vontades da esposa. — Estão casados há po
Acrescentando mais um problema na pilha que crescia desde que Maximiliano apareceu em sua fazenda, Kassandra recebeu um irritado Tarcísio. Tinha escapado da conversa na noite anterior, pelo tardar da hora, mas não podia se esquivar por muito tempo então permitiu a passagem do capataz, e ex-administrador de Recanto Dourado, em sua saleta. Sentada confortavelmente atrás de sua escrivaninha, deixou Tarcísio extravasar, narrar como era injusto, sobre sua dedicação e teria permanecido assim até ouvir em um tom de ameaça: — Patroa, sempre fui fiel como um cão. Jamais disse nada das coisas que fiz a seu pedido. — Abaixou-se até a mulher sentada, as mãos espalmadas sobre o tampo de vidro que os separava e, sinistro, deixou cair suas palavras. — Nunca contei nem pro seu filho sobre o incidente antes da morte do senhor Nicolas. Kassandra se ergueu de imediato, sua costumeira expressão indiferente às dores e anseios dos demais sumindo. Em seu lugar rugas se destacaram em volta dos olhos azulad
Sendo recepcionada por Paula, Joana não estranhou que sua mãe estivesse reclusa em seu quarto. Era algo que sempre ocorria quando seus pais brigavam. Sua mãe passava horas enterrada no quarto e seu pai virava a noite no trabalho. Encontrar sua mãe encolhida embaixo das cobertas, no escuro, mergulhada em tristeza costumava afetá-la, entristecia, pois acreditava que seus pais se amavam e as brigas poluíam o relacionamento deles. No entanto, isso foi antes de descobrir a vida dupla de Iago Savoia. E, naquele dia, deduziu que ele não virou a noite no trabalho, pois uma funcionária dele ligou instantes após sua chegada e Carmem mandou dizer que não sabia em que lugar o marido estava. Respeitava seu pai, mas não o achava merecedor do amor e respeito de sua mãe. — Mamãe, não fique assim — pediu se sentando ao lado de Carmem, os dedos deslizando pelo cabelo acobreado dela. — Papai não merece que sofra dessa forma. Ele causou o problema, perdendo dinheiro em jogos, bebidas e... — Titubeou,
Como prometido para Dalila, pela manhã Adriano a levou para a casa dos Savoia. Ao estacionar, comprometendo-se a visitá-la todos os dias. — Lamento não poder ficar, mas com a colheita tão próxima e sem um administrador preciso me atentar aos serviços na fazenda. — Sem problema, meu amor. — Manipuladora, fingiu pesar por se afastar dele. — Só estou aqui para ajudar meus pais nesse momento delicado, mas contarei os dias para retornar ao seu lado. Se pudesse fazer Joana desistir dessa loucura... — Acho que devemos nos conformar — disse levando Dalila a se enojar com a falta de empenho do marido em ajudá-la a acabar com a futura união. — Estive pensando em tudo o que aconteceu e creio que minha mãe tem razão. Eles se amam e estamos sendo injustos e egoístas ficando contra — Adriano sentenciou sentindo-se mal pela forma que tratou o antigo amigo desde que soube do envolvimento dele com Joana. Dalila, com raiva da nobreza de seu marido, afirmou desdenhosa: — Ele sempre será um contraban