Capítulo 28

— Um fardo? — repetiu ela, o tom firme, mas com uma vulnerabilidade que não conseguia esconder. — Isso não explica nada, Victor. Eu vejo você nos meus sonhos, vejo Livia, vejo o medalhão. Você não envelhece, não muda. O que é esse fardo? Por que você me olha como se eu fosse parte dele?

Ele ficou em silêncio, os ombros rígidos sob o terno, os olhos cinza estreitando-se enquanto a encarava. Por um instante, ela viu – ou achou que viu – um lampejo de algo que não era frieza, algo que parecia culpa, mas ele escondeu rápido demais.

— Você não entende o que tá pedindo — disse ele, a voz baixa, quase um sussurro, carregada de uma tristeza que a atingiu como um soco. — Pare de cavar, Elena. Não há nada pra você aqui.

— Nada pra mim? — retrucou ela, a frustração queimando em seu peito como uma chama. — Você me puxa pra perto e me afasta, me olha como se eu fosse mais do que uma assistente, mas não diz nada. Quem é Livia? Por que eu sonho com ela? Para de se fechar, Victor. Me dá a verdade!

El
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