Capítulo 31

O resto do dia passou num estado de agitação controlada, os pensamentos de Elena girando em torno do confronto com Victor – o desejo nos olhos dele, a hesitação que se desfazia, o recuo que parecia doer mais a ele do que a ela. Ela terminou relatórios, respondeu e-mails, organizou a agenda da próxima semana, mas tudo era mecânico, uma fachada que escondia a tempestade em sua mente. Por volta das 17h30, foi à copa pegar água, o copo plástico tremendo em suas mãos enquanto o enchia no bebedouro, o som da água caindo um contraponto ao pulsar em seus ouvidos.

O corredor estava vazio, o zumbido do ar condicionado misturando-se ao som distante de uma impressora, e ela aproveitou o momento para respirar, para organizar os pensamentos que giravam como um carrossel descontrolado.De volta à sua sala, sentou-se na cadeira, o couro rangendo sob o peso, e foi então que notou algo na mesa, um bilhete, dobrado ao meio, a caligrafia elegante e antiga idêntica à dos outros que ela encontrara antes.

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