POV INGRID
Ao encerrar a reunião, pude sentir a sala começar a pender a meu favor. A maioria dos homens parecia intrigado, se não convencido. Até o senhor Nothan, o que foi chocante. Juntei meus papéis, sentindo uma renovada sensação de controle, até que o notei, ainda sentado, me observando com o mesmo olhar intenso. Ughh, por que ele tem que ser tão irritante? Enquanto os outros se despediram, ele não se moveu. Em vez disso, ele se sentou, abrindo as pernas, seus olhos focados em mim, esperando. Hesitei, sentindo uma estranha atração para me aproximar dele. Ele está me perseguindo? pensei, meio brincando, mas a curiosidade levou a minha boca a perguntar. — Você... está me seguindo? — perguntei, mantendo um tom neutro, mas direto ao ponto. Ele não respondeu imediatamente, apenas me lançou um olhar divertido e compreensivo. — Não preciso seguir. — ele respondeu suavemente, sua voz baixa. — Se eu quero algo, eu encontro. Não fique vermelha, não fique vermelha, vadia, é melhor você não ficar vermelha! Eu corei... Cruzei os braços confiantemente. — Você encontrou o que estava procurando? Seu sorriso se aprofundou como se ele estivesse chocado. — Talvez eu tenha achado. — Ele diz enquanto se levanta em sua altura máxima. Droga, eu estou de salto e ele ainda é mais alto que eu. Ele se moveu em volta da mesa, chegando mais perto, mas eu me mantive firme. Quanto mais perto ele chegava, mais meu coração disparava. Eu não recuaria, não podia mostrar a ele que ele estava me afetando. Ele parou a poucos centímetros de distância, com as mãos apoiadas na mesa ao meu lado enquanto se inclinava, com os olhos nos meus. — Deixe-me levá-la para sair, Ingrid. Eu ri um pouco. — Eu não namoro. Seus olhos brilharam com diversão, uma risada profunda ecoou dele. — Mas você fode, certo? Meu contato visual quebrou e comecei a olhar para trás dele. Engoli em seco, porque porra... Seu olhar nunca deixou meu rosto. — Se eu te dobrasse sobre esta mesa... você me impediria? Minha respiração ficou presa na garganta, e senti uma sensação quente no estômago. Minhas pernas se apertaram imediatamente e seu olhar caiu, percebendo isso. Seus olhos escureceram e um sorriso malicioso se espalhou por seu rosto. — Já está molhada? Revirei os olhos, empurrando seu peito levemente, mas ele não se mexeu. — Eu nem te conheço. — Acho que você vai ter que conhecer. — ele diz, recuando em direção à porta. — Ah, e Senhor Misterioso. — digo, fazendo-o parar no meio do caminho. — Não traga armas para o meu prédio. — Eu disse, ele se virou, sorriu e saiu. Assim que ele saiu, soltei um suspiro profundo. Eu realmente queria que ele me dobrasse sobre a mesa, pensei, mordendo o lábio. Quem é esse homem? Ele tinha dinheiro e poder, obviamente. A maneira como ele comandava a sala, a maneira como os outros homens ficavam em silêncio quando ele falava, me diziam que ele não era alguém com quem se deve mexer. Ele era claramente perigoso, até trouxe uma porra de uma arma. Claro que eu notei. Era como se ele quisesse que qualquer um visse. Por que isso é quente? — Garota, isso é problema e você sabe disso. — murmurei para mim mesma. Mas quando saí, eu sabia que não conseguiria deixar isso para lá. Ainda não. Eu precisava saber quem ele era. ............................ HORAS DEPOIS Depois da reunião, parei na minha boutique, folheando uma prateleira de novidades quando meu telefone vibrou na minha bolsa. A mensagem de Joyce apareceu na minha tela. Joyce : Então... quem é o cara alto, sexy e misterioso da noite passada? Fala, gata! Sorri e revirei os olhos enquanto respondia. Eu : Não sei, o nome dele é Alex. Ele estava na minha reunião com investidores esta manhã. Não tenho ideia do porquê. Joyce : Garota, é melhor você descobrir. Aquele homem parecia que poderia comprar um prédio inteiro só para te levar para jantar. Suspirei, sabendo que ela estava certa. Não sobre ele me levar para sair, mas pessoas de alguma forma encontrando uma maneira de entrar no meu negócio. Eu não gosto disso. Naquela noite, decidi entrar em contato com um dos meus contatos comerciais, Matthew, que sempre sabia de tudo. Eu sabia que se alguém pudesse obter informações sobre meu homem misterioso, seria ele. Depois de alguns minutos de bobagens, eu casualmente coloquei Alex na conversa. — Ei, então você conhece alguém chamado Alex... Não entendi o sobrenome dele, mas é alto, pele escura, meio intenso... — esperando que Matthew reconhecesse a descrição vaga. Houve uma pausa na linha. — Alex Macclister? Você esbarrou nele? — ele diz chocado — Por que? eu deveria me preocupar? Matthew riu, mas havia seriedade em sua voz. — Depende de como você olha para isso. Ele não é exatamente um cara que você conhece por acidente, Ingrid. Ele é o líder da Máfia Negra, provavelmente o cara mais perigoso da América. Um arrepio percorreu minha espinha. É por isso que os homens na reunião ficaram quietos. Mas por que ele estava interessado em mim? — Ah, e Ingrid? — Matthew acrescentou. Se o conhece, fique longe dele. Murmurei um “obrigada” e desliguei, minha mente zumbindo com mais perguntas do que respostas. Isso explica o pit bull idiota do clube que não me deixou entrar.POV INGRIDAs manhãs de sábado eram para relaxar, especialmente depois de uma longa semana. Eu estava aconchegada na minha cobertura com um top curto quase imperceptível e shorts curtos, me sentindo tão relaxada quanto parecia.Roselin and Joyce vieram para o que chamávamos de sessões de “Girl Talk”.Você sabe o de sempre: pau, roupas, dinheiro e etc.Elas estavam esparramadas no meu sofá, fofocando e tomando café. Roselin, Joyce e eu nos conhecemos na faculdade e nos tornamos inseparáveis desde então.Estávamos no meio de um debate acalorado sobre quem parecia melhor, Michael B Jordan ou o Denzel Washington jovem, quando ouvimos uma batida na porta.Eu não esperava ninguém, então congelei por um segundo e fui até a porta.Abri a porta e lá estava ele, Alex Macclister, parado na porta com uma sacola com o que presumo ser café da manhã.Ok, sexy e psicótico...Meu queixo caiu. — Como diabos você descobriu onde eu moro?Ele sorriu com aquele sorriso idiota e sexy. — Eu sou dono do pré
POV ALEX De volta ao meu escritório, recostei-me na cadeira, os dedos tamborilando no apoio de braço. Meus pensamentos estavam presos em Ingrid.O jeito que ela olhou para mim hoje, com esse jeito de garota durona, eu acho sexy. Ela queria me dar a impressão de que não era afetada por mim, mas eu sei que ela quer que eu faça seus olhinhos revirarem, que seus dedos dos pés se curvem e sua respiração fique presa.Aquela roupinha que ela estava usando... Não era para mim, mas, meu Deus, parecia que era. Aquele shorts mal cobrindo sua bunda, aquele top curto minúsculo exibindo sua pele lisa de chocolate.Se fosse qualquer outra mulher, eu não teria trazido o café da manhã. As roupas dela estariam fora do corpo na porta da frente.Nunca fui de jogos. As mulheres, na maioria das vezes, eram fáceis. Elas sorriam, flertavam, me davam o que eu queria porque queriam algo de mim, poder, dinheiro, status.Mas Ingrid não dava a mínima para nada disso. Ela tinha tudo isso sozinha.Uma batida na po
POV INGRID A conversa fluiu facilmente. Falamos sobre nossas vidas, minha boutique e marca de cosméticos, seu “negócio”. Ele ouviu atentamente enquanto eu explicava como construí minha empresa do zero, os desafios de ser uma mulher negra em uma indústria competitiva e meus planos de expansão.— E você? — perguntei, girando meu vinho. — O que exatamente Alex Macclister faz, além de “machucar pessoas más”?Ele riu, sua mão apertando levemente minha coxa. — Importação e Exportação. Investimentos. Imóveis. — Ele respondeu sorrindo.— Muito vago. provoquei.Antes que ele pudesse responder, seu telefone vibrou. Ele o tirou do bolso, olhou para a tela e seu maxilar se apertou.POV ALEX Olhei para a tela e vi o nome de Lian piscando nela.— Preciso atender isso, baby. — eu disse, levantando e me afastando da mesa. Ingrid assentiu, com olhos curiosos.Pressionei o telefone no ouvido, meu tom baixo enquanto atendia.— Fale.— Não está limpo. — disse Liam, com uma tensão aguda na voz. — Olha
POV INGRID O carro diminuiu a velocidade quando nos aproximamos de um enorme conjunto de portões de ferro que se abriram levemente no momento certo. Além deles, estendia-se uma entrada de veículos ladeada por sebes imaculadas e árvores altas, levando a uma linda mansão que parecia ter saído de um filme.Olhei pela janela me perguntando que diabos eu me meti.Exalava riqueza e poder. Guardas cercando o perímetro, segurando armas prontas para entrar em ação.Se eu não concordasse em ir a esse encontro, agora estaria usando uma máscara facial e assistindo All American, pensei comigo mesma.O carro parou e o motorista saiu para abrir minha porta.— Obrigada. — murmurei, segurando minha pequena bolsa enquanto deslizava para fora. Meus saltos estalaram contra a calçada de pedra, e olhei para Alex, que já estava de pé ao meu lado.— Siga-me. — ele disse, estendendo a mão.Eu hesitei, observando o tamanho da casa. — Uau, você tem dinheirooooo. — Eu digo brincandoEle sorriu e me guiou até a
POV INGRID Andar pela mansão foi uma nova experiência. Tantos guardas carregando armas, grupos de homens falando em voz baixa. Seus olhos me seguiram enquanto eu passava por alguns curiosos, outros cautelosos, mas eu não me importei. Cheguei à cozinha com a vovó Macclister parada perto do fogão, cantarolando baixinho enquanto mexia algo em uma panela. Seu sorriso caloroso me recebeu quando entrei. — Bom dia, Ingrid. — ela disse, em tom maternal. — Bom dia, vovó Macclister. — respondi docemente. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, uma voz me interrompeu. — E quem é essa linda visão? Virei-me para ver um homem alto e magro com um sorriso convencido que gritava problemas. Ele parecia com Alex, mas mais jovem, suas feições mais suaves. — Eu sou o Liam. — ele disse, estendendo a mão. — O irmão mais gostoso. — Ingrid. — Sorri e apertei sua mão. — Eu sei. — ele disse com uma piscadela. — Alex tem falado sobre você sem parar. Eu tinha que ver por mim mesmo se a
Depois do café da manhã, ele fez sinal para que eu o seguisse para fora. Guardas em todos os lugares segurando armas olhando casualmente em nossa direção.As mãos dele estavam enfiadas nos bolsos, seu era comportamento calmo. O que me deixou puta da vida.— Por que você não me contou? — eu perguntei abruptamente, incapaz de me conter por mais tempo.— Te contar o quê, Ingrid? — ele perguntou.Ele é lento ou estúpido?— Não se faça de bobo, Alex. — eu rebati. — Sara. Você tem uma filha . Por quanto tempo você estava planejando esconder isso de mim? Ou deixe-me adivinhar, é por isso que você me quer por perto, certo? Para brincar de mamãe?Seus olhos se arregalaram em choque. — Baby, o quê? Não. Isso não é...— Não me chame de baby. — interrompi. — Se você queria “algo” comigo, por que não achou que eu deveria saber que você tinha uma filha? Achou que eu não veria a menininha correndo por aí te chamando de papai?Ele se aproximou, sua expressão suavizando enquanto ele tentava me alcan
POV INGRID Segundas-feiras são uma chance de começar do zero ou uma receita para o caos. Não há meio termo.Para mim, é apenas mais um dia para continuar me movimentando. Café, recados, reuniões, tudo faz parte da rotina.Coloquei um conjunto fofo de calça e blusa. Desabotoei os dois botões de cima para deixar mais sexy.Cabelo? Bem arrumado. Maquiagem? Impecável, mas não exagerada. Unhas? Arrasando.Peguei minhas chaves e saí para minha primeira parada, minha cafeteria favorita.No segundo em que entrei, o cheiro de expresso me atingiu, e imediatamente me senti melhor. O lugar estava cheio como sempre, mas não precisei me preocupar em esperar na fila. Emily, a barista, me viu imediatamente.— Bom dia, Ingrid! — ela gritou, deslizando a bebida pelo balcão como se ela já estivesse me esperando.— Bom dia, Emily. — eu disse, pegando minha carteira.Ela me dispensou com um aceno. — Não precisa disso. Sua bebida está coberta. —Franzi a testa. — O que você quer dizer com “coberta”? — Em
POV INGRID Depois do almoço, Alex voltou comigo para o meu escritório.Quando entramos no meu escritório, meu estômago revirou. Matthew estava perto da minha mesa olhando para o celular como se fosse o dono do lugar.Esqueci de mencionar que Matthew não era apenas um “contato comercial”, mas também que fizemos sexo algumas vezes.Ele tentou ir além muitas vezes, mas honestamente ele é fisicamente atraente, mas sua personalidade é péssima.— O que diabos você está fazendo no meu escritório? — eu perguntei ríspida.— A assistente me deixou entrar. — disse Matthew, com um tom presunçoso.A vibração inteira de Alex mudou. Seu aperto em minha mão aumentou, seus olhos perfuravam os de Matthew.— O quê, esse é seu novo homem agora? Você tem uma queda por criminosos?Hum... Na verdade sim.Antes que eu pudesse responder, Alex soltou uma risada baixa. Não era genuíno, era mais como um aviso.Sem dizer uma palavra, ele me guiou até o sofá do meu escritório e me puxou para seu colo.— Vou te da