POV INGRID
Acordei com uma leve dor de cabeça da noite anterior. Contei ao Joyce e a Roselin sobre o homem “mistérioso” e, claro, elas queriam que eu o encontrasse e saltasse sobre seu corpo. Não tenho tempo para homens. Sim, ele é sexy, tem um corpo incrível e eu sei que ele tem um pau grande. Meus pensamentos foram cortados pelo toque do meu telefone. — O que foi? — pergunto atendendo o telefone. — Você esqueceu? — Pergunta Jinny minha assistente. — Esqueci o quê? — pergunto confusa. — Reunião com os investidores às 9 horas. — ela diz chocada. Merda, são 8h30 e eu estou deitada na cama com uma ressaca do caralho. Toda noite Jinny me envia minha agenda para o dia seguinte, mas ontem à noite eu nem olhei. — Merda. Enrolhe eles. Estou a caminho. — Respondo desligando o telefone imediatamente. Meu escritório não precisa da minha presença todos os dias. Graças a Deus contratei funcionários confiáveis e responsáveis, mas hoje tenho que estar lá. Saí correndo da cama e cambaleei em direção ao meu closet. Vasculhando prateleiras de ternos e blusas de seda. Peguei um terninho creme feito sob medida. Usei meus cachos soltos, soltando-os do coque que uso basicamente todos os dias, e adicionei um pouco de maquiagem. Quando calcei um par de saltos altos creme e passei um perfume sutil, eram 8:42. Peguei minha bolsa, corri para fora da porta e praticamente voei até meu carro. A viagem foi confusa, meu cérebro ainda estava confuso por causa da noite anterior. Eu estava totalmente ciente de onde estava entrando — uma sala cheia de babacas que se acham poderosos. Eu construí esse negócio do zero, e não deixaria ninguém duvidar de mim. Estacionei e entrei no meu prédio. Jinny me encontrou no elevador, com um olhar de alívio misturado com um leve pânico no rosto. — Como você está? — ela perguntou, me entregando um café. — Mal. — murmurei, tomando um gole rápido, deixando a cafeína fazer sua mágica. Ou pelo menos tentar. — Mas vamos acabar logo com isso. Alisei minhas mãos sobre meu blazer uma última vez enquanto entrava na sala de conferências, firmando meu foco. A sala era grande, cheia de mais homens do que eu esperava, pelo menos uma dúzia, todos sentados em um semicírculo de frente para mim. Este era meu momento de apresentar meus planos de expansão para a Glow Galore. Eu estava aqui para garantir investimentos adicionais e impulsionar minha marca. Comecei forte, explicando como a Glow Galore estava pronta para o crescimento. Mas quando apresentei meu discurso, senti uma sensação de... familiaridade. Demorei um momento, mas examinei a sala até avistá- lo, o homem da noite passada. O chão pode, por favor, me engolir? Ele estava sentado no fundo, calmo e composto, parecendo sexy pra caramba. Nossos olhos se encontraram brevemente, ele sorriu e eu rapidamente voltei a me concentrar na tarefa em questão. Continuei confiante, enfatizando o apelo único da marca e detalhando como conseguimos capturar um nicho de mercado. Um dos homens, o senhor Nothan, que mal tinha prestado atenção até então, decidiu interromper, recostando-se e rindo baixinho. Ughhhh homens. — Sinto muito, senhorita Lincoln. — ele disse, seu tom condescendente. — mas você realmente acha que expandir uma linha de cosméticos é viável em um mercado que já está tão saturado? E me perdoe, mas Glow Galore... parece mais um projeto de vaidade do que uma marca sustentável. Comecei a ficar frustrada. Mas antes que eu pudesse responder, uma voz ecoou pela sala de conferências. — Talvez você devesse calar a boca e deixá-la terminar. Olhei na direção do homem sexy, ele estava inclinado para frente, ambos os braços apoiados na mesa e seus olhos penetravam o senhor Nothan como se quisesse matá-lo. Droga, quem é esse homem? Engoli um sorriso e rapidamente recuperei o foco. POV ALEX A verdade é que, ao entrar nessa reunião, eu sabia exatamente quem era Ingrid Lincoln. Pedi aos meus homens que fizessem uma verificação intensa dos antecedentes dela. Estou impressionado. Eu sabia que a bunda sexy dela ia entrar aqui. Ela estava se comportando bem, mas eu não gostava do jeito que esses homens estavam olhando para ela. Alguns estavam olhando para ela com luxúria, enquanto outros a ignoravam completamente. Todos os homens aqui sabiam quem eu era, a única que não sabia era ela. Eu sou dono de Miami, de casas noturnas, bancos, shoppings, até mesmo dos policiais. Meu império se estende muito além do mundo underground. Entendo que o verdadeiro poder vem tanto da influência quanto de ativos financeiros legítimos, então expandi meu alcance investindo em vários setores: startups de tecnologia, imóveis e empreendimentos de alto padrão, como boutiques e marcas de luxo. É por isso que estou aqui. Eu uso meus negócios legítimos não para levantar suspeitas sobre meus assassinatos diários, ataques ocasionais, tráfico de drogas e muito mais. Olhei para Nothan, ele sabia que estava a dois segundos de uma bala. Em um ponto o babaca estava prestes a entrar na conversa com outro comentário desdenhoso. Deixei minha mão permanecer no meu quadril, estreitando os olhos até que ele se encolheu novamente no assento. Depois que ela terminou, sentei-me e observei-a enquanto ela olhava ao redor da sala e seus olhos finalmente pousaram em mim.POV INGRID Ao encerrar a reunião, pude sentir a sala começar a pender a meu favor. A maioria dos homens parecia intrigado, se não convencido.Até o senhor Nothan, o que foi chocante.Juntei meus papéis, sentindo uma renovada sensação de controle, até que o notei, ainda sentado, me observando com o mesmo olhar intenso.Ughh, por que ele tem que ser tão irritante?Enquanto os outros se despediram, ele não se moveu. Em vez disso, ele se sentou, abrindo as pernas, seus olhos focados em mim, esperando.Hesitei, sentindo uma estranha atração para me aproximar dele. Ele está me perseguindo? pensei, meio brincando, mas a curiosidade levou a minha boca a perguntar.— Você... está me seguindo? — perguntei, mantendo um tom neutro, mas direto ao ponto.Ele não respondeu imediatamente, apenas me lançou um olhar divertido e compreensivo.— Não preciso seguir. — ele respondeu suavemente, sua voz baixa. — Se eu quero algo, eu encontro.Não fique vermelha, não fique vermelha, vadia, é melhor você não
POV INGRIDAs manhãs de sábado eram para relaxar, especialmente depois de uma longa semana. Eu estava aconchegada na minha cobertura com um top curto quase imperceptível e shorts curtos, me sentindo tão relaxada quanto parecia.Roselin and Joyce vieram para o que chamávamos de sessões de “Girl Talk”.Você sabe o de sempre: pau, roupas, dinheiro e etc.Elas estavam esparramadas no meu sofá, fofocando e tomando café. Roselin, Joyce e eu nos conhecemos na faculdade e nos tornamos inseparáveis desde então.Estávamos no meio de um debate acalorado sobre quem parecia melhor, Michael B Jordan ou o Denzel Washington jovem, quando ouvimos uma batida na porta.Eu não esperava ninguém, então congelei por um segundo e fui até a porta.Abri a porta e lá estava ele, Alex Macclister, parado na porta com uma sacola com o que presumo ser café da manhã.Ok, sexy e psicótico...Meu queixo caiu. — Como diabos você descobriu onde eu moro?Ele sorriu com aquele sorriso idiota e sexy. — Eu sou dono do pré
POV ALEX De volta ao meu escritório, recostei-me na cadeira, os dedos tamborilando no apoio de braço. Meus pensamentos estavam presos em Ingrid.O jeito que ela olhou para mim hoje, com esse jeito de garota durona, eu acho sexy. Ela queria me dar a impressão de que não era afetada por mim, mas eu sei que ela quer que eu faça seus olhinhos revirarem, que seus dedos dos pés se curvem e sua respiração fique presa.Aquela roupinha que ela estava usando... Não era para mim, mas, meu Deus, parecia que era. Aquele shorts mal cobrindo sua bunda, aquele top curto minúsculo exibindo sua pele lisa de chocolate.Se fosse qualquer outra mulher, eu não teria trazido o café da manhã. As roupas dela estariam fora do corpo na porta da frente.Nunca fui de jogos. As mulheres, na maioria das vezes, eram fáceis. Elas sorriam, flertavam, me davam o que eu queria porque queriam algo de mim, poder, dinheiro, status.Mas Ingrid não dava a mínima para nada disso. Ela tinha tudo isso sozinha.Uma batida na po
POV INGRID A conversa fluiu facilmente. Falamos sobre nossas vidas, minha boutique e marca de cosméticos, seu “negócio”. Ele ouviu atentamente enquanto eu explicava como construí minha empresa do zero, os desafios de ser uma mulher negra em uma indústria competitiva e meus planos de expansão.— E você? — perguntei, girando meu vinho. — O que exatamente Alex Macclister faz, além de “machucar pessoas más”?Ele riu, sua mão apertando levemente minha coxa. — Importação e Exportação. Investimentos. Imóveis. — Ele respondeu sorrindo.— Muito vago. provoquei.Antes que ele pudesse responder, seu telefone vibrou. Ele o tirou do bolso, olhou para a tela e seu maxilar se apertou.POV ALEX Olhei para a tela e vi o nome de Lian piscando nela.— Preciso atender isso, baby. — eu disse, levantando e me afastando da mesa. Ingrid assentiu, com olhos curiosos.Pressionei o telefone no ouvido, meu tom baixo enquanto atendia.— Fale.— Não está limpo. — disse Liam, com uma tensão aguda na voz. — Olha
POV INGRID O carro diminuiu a velocidade quando nos aproximamos de um enorme conjunto de portões de ferro que se abriram levemente no momento certo. Além deles, estendia-se uma entrada de veículos ladeada por sebes imaculadas e árvores altas, levando a uma linda mansão que parecia ter saído de um filme.Olhei pela janela me perguntando que diabos eu me meti.Exalava riqueza e poder. Guardas cercando o perímetro, segurando armas prontas para entrar em ação.Se eu não concordasse em ir a esse encontro, agora estaria usando uma máscara facial e assistindo All American, pensei comigo mesma.O carro parou e o motorista saiu para abrir minha porta.— Obrigada. — murmurei, segurando minha pequena bolsa enquanto deslizava para fora. Meus saltos estalaram contra a calçada de pedra, e olhei para Alex, que já estava de pé ao meu lado.— Siga-me. — ele disse, estendendo a mão.Eu hesitei, observando o tamanho da casa. — Uau, você tem dinheirooooo. — Eu digo brincandoEle sorriu e me guiou até a
POV INGRID Andar pela mansão foi uma nova experiência. Tantos guardas carregando armas, grupos de homens falando em voz baixa. Seus olhos me seguiram enquanto eu passava por alguns curiosos, outros cautelosos, mas eu não me importei. Cheguei à cozinha com a vovó Macclister parada perto do fogão, cantarolando baixinho enquanto mexia algo em uma panela. Seu sorriso caloroso me recebeu quando entrei. — Bom dia, Ingrid. — ela disse, em tom maternal. — Bom dia, vovó Macclister. — respondi docemente. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, uma voz me interrompeu. — E quem é essa linda visão? Virei-me para ver um homem alto e magro com um sorriso convencido que gritava problemas. Ele parecia com Alex, mas mais jovem, suas feições mais suaves. — Eu sou o Liam. — ele disse, estendendo a mão. — O irmão mais gostoso. — Ingrid. — Sorri e apertei sua mão. — Eu sei. — ele disse com uma piscadela. — Alex tem falado sobre você sem parar. Eu tinha que ver por mim mesmo se a
Depois do café da manhã, ele fez sinal para que eu o seguisse para fora. Guardas em todos os lugares segurando armas olhando casualmente em nossa direção.As mãos dele estavam enfiadas nos bolsos, seu era comportamento calmo. O que me deixou puta da vida.— Por que você não me contou? — eu perguntei abruptamente, incapaz de me conter por mais tempo.— Te contar o quê, Ingrid? — ele perguntou.Ele é lento ou estúpido?— Não se faça de bobo, Alex. — eu rebati. — Sara. Você tem uma filha . Por quanto tempo você estava planejando esconder isso de mim? Ou deixe-me adivinhar, é por isso que você me quer por perto, certo? Para brincar de mamãe?Seus olhos se arregalaram em choque. — Baby, o quê? Não. Isso não é...— Não me chame de baby. — interrompi. — Se você queria “algo” comigo, por que não achou que eu deveria saber que você tinha uma filha? Achou que eu não veria a menininha correndo por aí te chamando de papai?Ele se aproximou, sua expressão suavizando enquanto ele tentava me alcan
POV INGRID Segundas-feiras são uma chance de começar do zero ou uma receita para o caos. Não há meio termo.Para mim, é apenas mais um dia para continuar me movimentando. Café, recados, reuniões, tudo faz parte da rotina.Coloquei um conjunto fofo de calça e blusa. Desabotoei os dois botões de cima para deixar mais sexy.Cabelo? Bem arrumado. Maquiagem? Impecável, mas não exagerada. Unhas? Arrasando.Peguei minhas chaves e saí para minha primeira parada, minha cafeteria favorita.No segundo em que entrei, o cheiro de expresso me atingiu, e imediatamente me senti melhor. O lugar estava cheio como sempre, mas não precisei me preocupar em esperar na fila. Emily, a barista, me viu imediatamente.— Bom dia, Ingrid! — ela gritou, deslizando a bebida pelo balcão como se ela já estivesse me esperando.— Bom dia, Emily. — eu disse, pegando minha carteira.Ela me dispensou com um aceno. — Não precisa disso. Sua bebida está coberta. —Franzi a testa. — O que você quer dizer com “coberta”? — Em