JOYCE Acordei em uma cama vazia, sentei na beirada, completamente nua.Touca? Não faço ideia. Lençóis? Em algum lugar no chão. Dignidade? Também sumiu.Demorou alguns segundos para que tudo fizesse sentido. Meu corpo gritava, dolorido em lugares que eu nem sabia que podiam doer. Girei os ombros, estiquei as pernas e imediatamente estremeci.Sim. Foi muito bom, do tipo algo que muda a vida. Detesto pensar isso, mas talvez eu seja uma aberração e só precisasse do homem certo para fazer esse meu lado se libertar.E, no entanto, ele se foi.Essa era a parte que eu não esperava. Ele é tão louco. Estava agindo como se fosse cortar a garganta de um homem antes de me deixar respirar na mesma direção que outro cara, e agora... ele simplesmente foi embora?Franzi a testa, olhando em volta como se ele estivesse me observando num canto ou algo assim. Era bem a cara dele fazer isso. Mas não estava.Suspirei e me levantei, gemendo enquanto minhas pernas tremeram. Minhas coxas se contraíram instint
JOYCE Uma semana inteira e ainda nada do Damon. Não sei por que isso me incomodou tanto. Quer dizer, não estamos juntos nem nada. Ele é louco. Mas... comecei a sentir falta da loucura dele. Será que isso significa que também estou ficando louca?A cicatriz cortando a sobrancelha. As tatuagens pelo corpo. O jeito como seus cachos sempre pareciam arrumados, como se ele nunca deixasse de pentear. Os brincos pretos que ele usava. O jeito como ele me olhava como se eu fosse dele, mesmo que não fôssemos um casal. Garota, se controla! Fiquei em pé na frente dos meus alunos do terceiro ano, batendo as unhas no quadro branco. — Tudo bem, pessoal. — bati palmas duas vezes. — Quem aqui pode me lembrar do que nós conversamos na semana passada? Pequenas mãos se ergueram no ar e apontei para Mari. — Professora Joyce, falamos sobre adjetivos! — Mari sorriu, parecendo orgulhosa de si mesma. — Exatamente! — Assenti. — E hoje, vamos dar um passo adiante. — Peguei um marcador e escrevi no qu
DAMON — Sentiu minha falta? — Murmurei, meus lábios roçando sua orelha enquanto a faca pressionava apenas o suficiente para que ela soubesse que eu não estava brincando.Joyce prendeu a respiração, mas não se afastou. Não gritou. Ficou sentada, olhando fixamente para frente como se aquilo fosse realmente um assalto ou sequestro.Foi isso que me ferrou nela... ela se controla. A maioria das pessoas correm. Ora, eles deveriam correr.Mas ela não.— Damon. — ela disse, com a voz mais estável. — O que você está fazendo?Sorri, arrastando a faca pela garganta dela, devagar, parando bem na clavícula antes de jogá-la no banco do passageiro. Então agarrei seu queixo e inclinei seu rosto em direção ao meu.— Você não me vê há uma semana e ainda não tem medo de mim. — murmurei.Ela piscou para mim, com os cílios tremendo.— Você não me deu uma razão para ter.Essa merda fez meu coração bater de um jeito que não deveria. Passei meu polegar sobre seu lábio inferior, sentindo o quão macio ele era
JOYCE — Damon, anda logo! — bufei, tentando vestir o suéter pela cabeça, mas aquele sujeito maluco estava com os braços em volta da minha cintura, recusando-se a me soltar. — Vou me atrasar para o trabalho!— E daí? — Sua voz era grave, abafada contra meu peito. — Chame.— Rapaz, se você não se mexer...Ele se afastou o suficiente para olhar para mim, com os lábios esticados no biquinho mais ridículo e infantil que eu já vi.— Eu nem consegui chupá-los ainda, candy. O que diabos há de errado com esse homem?— Porque tenho que ir trabalhar, Damon Macclister.Ele cantarolou como se estivesse pensando nisso, mas de repente mordeu logo abaixo da minha clavícula, me fazendo ofegar. — Damon!— O quê? — Ele lambeu o local, sorrindo. — Você sabe que eu não gosto de ser ignorado, coisinha doce.— Você é tão irritante...— Fala essa merda de novo, e vê o que acontece. — Seus dedos apertaram meus quadris, seu aperto era possessivo. — Eu te desafio.Suspirei, revirando os olhos. — Você. é. ir
Damon Depois de deixar minha linda bebê, fui direto para a Macclister Enterprise. Tinha alguns negócios para resolver. Algumas papeladas, algumas reuniões e, claro, algumas pessoas para matar. Sentei atrás da minha mesa, folheando arquivos, com a mente meio no trabalho, meio na Joy. Bati uma caneta na mesa, meus pensamentos girando em espiral. Ela almoçou? Aquele tal de Jackson estava perto dela? Se eu descobrir que ele esteve perto dela hoje, sou capaz de botar fogo na casa dele. Não sei o que tem nos últimos dias, mas este é o terceiro funcionário que me rouba esta semana. E eu tenho que lidar com essa “situação”. A “situação” estava diante de mim, suando em bicas. Um idiota de baixa patente que pensava que poderia nos roubar e viver para contar a história. Suas mãos estavam amarradas atrás das costas, a boca selada com fita adesiva, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Fiquei de pé, estalando os dedos, e o homem choramingou feito um louco. Agachei-me na frente dele, inclina
JOYCE Não acredito que estou chorando por um psicopata maluco com quem eu nem estava namorando.Claro, ele transa com outras mulheres. As mulheres provavelmente se jogam em cima dele todos os dias.Mas ainda assim... ugh. Eu realmente achei que estávamos caminhando para algo. Quer dizer... Docinho parece algo que ele diria para qualquer uma mas ele estava me chamando de sua linda bebê. Me levava para o trabalho. Comprava um Starbucks para mim todo dia como se realmente se importasse se tomo meu café favorito. Fui muita ingênua de achar que ele estava só comigo?Saí correndo daquele prédio enorme tão rápido que nem olhei para trás.Ingrid estava olhando para mim, estreitando os olhos. Esperando que me acalmasse para explicar.— Certo. O que aconteceu?Funguei, esfregando o nariz. — Tinha... Tinha uma mulher seminua no escritório dele.— O QUÊ?!Estremeci com o tom de voz, mas, sinceramente, senti a mesma coisa na hora que vi. — É.Ingrid agarrou o volante com tanta força que pens
DAMON Acordei com minha boca seca, minha cabeça latejava muito e meu corpo parecia que tinha sido atropelado.Pisquei para o teto e levei um minuto para registrar onde eu estava.Não é meu escritório.Não é meu carro.A mansão.Então eu os vi.Alex e Liam estavam na minha frente, de braços cruzados, me encarando como dois pais decepcionados.Ao lado deles, nosso médico estava com uma prancheta, balançando a cabeça como se também estivesse decepcionado.Gemi, minha garganta parecia uma lixa. — Que porra aconteceu?— Diga você, seu idiota! — Sua voz era áspera, cortante.O médico suspirou. — Você teve uma overdose.— E? — Pisquei. — E?!! — Liam gritou, dando um passo à frente como se fosse me atacar. — Você podia ter morrido, seu idiota! Você quase morreu, seu filho da puta idiota!— Não me importo.O médico suspirou novamente, esfregando as têmporas. — Seu coração parou por quase um minuto inteiro antes de te estabilizarem. — Ele balançou a cabeça. — Você tem sorte de estar vivo.
Eu me conformei com um conjunto de duas peças de saia preta e top curto. Penteei meu cabelo para trás em um coque e usei acessórios dourados.Eu vi meu reflexo no espelho, sentindo uma onda de confiança. Eu me virei para olhar minha bunda, é claro que ela está parecendo grande.A vida noturna de Miami não estava pronta...Roselin e Joyce chegaram, barulhentos e prontos como sempre, e partimos...............................A boate estava lotada, a música pulsava em minhas veias enquanto eu bebia um gim com tônica, sentindo uma onda começando a tomar conta de mim.Joyce e Roselin estavam na pista de dança, rebolando e girando no ritmo, mas eu estava pronta para uma pausa.Meus sapatos estavam me matando, e eu precisava de uma pausa daqueles corpos suados ao meu redor.— Volto já. — Gritei para Joyce, mas ela estava muito envolvida no momento para perceber. Fui em direção ao fundo do clube, onde ficavam os banheiros.Eu estava esperando numa fila, mas quando virei a esquina, notei um g