Capítulo 5

POV ALEX

De volta ao meu escritório, recostei-me na cadeira, os dedos tamborilando no apoio de braço. Meus pensamentos estavam presos em Ingrid.

O jeito que ela olhou para mim hoje, com esse jeito de garota durona, eu acho sexy. Ela queria me dar a impressão de que não era afetada por mim, mas eu sei que ela quer que eu faça seus olhinhos revirarem, que seus dedos dos pés se curvem e sua respiração fique presa.

Aquela roupinha que ela estava usando... Não era para mim, mas, meu Deus, parecia que era. Aquele shorts mal cobrindo sua bunda, aquele top curto minúsculo exibindo sua pele lisa de chocolate.

Se fosse qualquer outra mulher, eu não teria trazido o café da manhã. As roupas dela estariam fora do corpo na porta da frente.

Nunca fui de jogos. As mulheres, na maioria das vezes, eram fáceis. Elas sorriam, flertavam, me davam o que eu queria porque queriam algo de mim, poder, dinheiro, status.

Mas Ingrid não dava a mínima para nada disso. Ela tinha tudo isso sozinha.

Uma batida na porta me tirou dos meus pensamentos. Um dos meus homens entrou, parecendo um pouco nervoso demais para o meu gosto.

— Está tudo pronto para o embarque hoje à noite, chefe. — Ele disse rapidamente, como se estivesse com medo de que eu arrancasse sua cabeça.

E eu poderia.

Eu assenti e o dispensei sem dizer uma palavra.

POV INGRID

Já são 20:30 e estou começando a ficar um pouco nervosa. Faz tempo que não saio com alguém e definitivamente não com esse tipo de homem.

Eu pranchei meu cabelo, o que levou 3 horas inteiras. Vamos rezar para que esse calor de Miami não faça com que ele fique natural em 2 segundos.

Optei por um vestido longo preto costa nua, começando a achar que talvez não fosse a escolha perfeita para um primeiro encontro.

Mas eu poderia estar pensando demais. Passei uma última camada de gloss nos meus lábios, o cheiro de baunilha flutuando enquanto eu os pressionava.

Uma batida na porta me tirou dos meus pensamentos. Dei uma última olhada no espelho, segurei minha bolsa e fui atender.

Quando abri a porta, lá estava ele.

Parado ali como se ele fosse o dono do mundo. Sua camisa preta de botões estava desabotoada o suficiente para mostrar seu peito e corrente. As calça preta sob medida abraçava seu corpo perfeitamente. Como ele fica melhor vestido de forma mais casual?

Ele tinha um buquê de flores em uma mão e uma expressão no rosto que me fez perder o fôlego.

Seus olhos me examinaram lentamente, da cabeça aos pés, e a maneira como ele mordeu o lábio quando seu olhar permaneceu em minhas curvas fez meu clitóris formigar.

— Você está pronta, baby? — Ele perguntou, com a voz baixa e suave.

— Quase. — eu disse, correndo de volta para pegar meu gloss labial e colocar na pequena bolsa. Eu me movi rapidamente, mas pude sentir seus olhos em mim o tempo todo.

Quando voltei, ele ofereceu sua mão, e eu a peguei sem hesitar.

— Você está absolutamente de tirar o fôlego. — ele disse com contato visual direto.

Eu sorri.

— E você está bonito. — respondi e nós andamos até o elevador.

A viagem até o carro foi tranquila, mas não estranha. Sua presença preencheu o espaço, calma e autoritária.

Quando saímos, meu queixo caiu. Um carro preto e elegante esperava no meio-fio, o motorista parado para abrir a porta.

Na frente e atrás, dois utilitários esportivos com vidros escuros paravam, seus ocupantes claramente atentos.

Olhei para Alex enquanto deslizávamos para o banco de trás.

— Você realmente não brinca?

Ele sorriu, recostando-se no assento. Sua mão na minha coxa.

— Eu não corro riscos.

O motorista arrancou suavemente.

— Então... — comecei, cruzando as pernas. — para onde estamos indo?

— Você verá. — Ele respondeu, em tom provocador.

Revirei os olhos.

— Sempre tão misterioso.

Ele riu, fazendo meu estômago fazer aquela coisa estranha de apaixonado que chamam borboletas. Borboletas vadias!

— Mantém as coisas interessantes.

Entramos em uma conversa confortável, falando sobre música, viagens e os melhores lugares para comer em Miami. Eu me vi me inclinando, querendo saber mais.

Quando o carro finalmente parou, percebi que estávamos em um dos restaurantes mais exclusivos da cidade, o tipo de lugar que tem uma lista de espera de um mês.

Mas quando entramos, estava praticamente vazio.

Eu levantei uma sobrancelha para ele.

— Não está ocupado em uma noite de sábado?

Ele sorriu.

— Eu me certifiquei disso.

Antes que eu pudesse responder, a anfitriã apareceu, seu comportamento mudando no segundo em que seus olhos pousaram em Alex. Suas mãos tremiam enquanto ela nos levava a uma mesa, um assento em semicírculo que oferecia privacidade.

Ele pousou a mão na minha coxa novamente .

— Então... — comecei, tentando ignorar o calor do seu toque. — Você tem o hábito de limpar restaurantes para seus encontros?

Seu sorriso se alargou.

— Só quando a companhia vale a pena.

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