POV INGRID
As manhãs de sábado eram para relaxar, especialmente depois de uma longa semana. Eu estava aconchegada na minha cobertura com um top curto quase imperceptível e shorts curtos, me sentindo tão relaxada quanto parecia. Roselin and Joyce vieram para o que chamávamos de sessões de “Girl Talk”. Você sabe o de sempre: pau, roupas, dinheiro e etc. Elas estavam esparramadas no meu sofá, fofocando e tomando café. Roselin, Joyce e eu nos conhecemos na faculdade e nos tornamos inseparáveis desde então. Estávamos no meio de um debate acalorado sobre quem parecia melhor, Michael B Jordan ou o Denzel Washington jovem, quando ouvimos uma batida na porta. Eu não esperava ninguém, então congelei por um segundo e fui até a porta. Abri a porta e lá estava ele, Alex Macclister, parado na porta com uma sacola com o que presumo ser café da manhã. Ok, sexy e psicótico... Meu queixo caiu. — Como diabos você descobriu onde eu moro? Ele sorriu com aquele sorriso idiota e sexy. — Eu sou dono do prédio, baby. Claro que é. Ele demorou, deixando seus olhos vagarem por mim, do meu top curto ao meu short, o sorriso em seus lábios ficando maior a cada segundo. Não me incomodou nem um pouco, sei que estou bem. Fiquei mais irritada porque por que diabos ele está aqui. Rose e Joy não foram exatamente sutis com suas reações. Elas deram uma olhada bem evidente em Alex, olharam para mim e sorriram. — Tudo bem, In. Vamos deixar você... entreter seu convidado. — Joyce piscou, cutucando Roselin e em segundos, elas se foram. Virei-me para Alex, bloqueando seu caminho com uma mão no quadril. — Então, você vai ficar aí parado ou......? Antes que eu pudesse terminar, ele entrou como se fosse o dono do lugar. Ele passou por mim, andando direto para minha cozinha e começou a vasculhar meus armários sem nem mesmo dizer “por favor” ou “obrigado”. Muito rude... — Lado esquerdo. — murmurei, observando-o ficar irritado enquanto procurava. — Entendido. — ele respondeu, pegando dois pratos e arrumando a comida na ilha. Ele colocou os dois pratos na frente de dois bancos de bar. — O café da manhã está esfriando, baby. — ele disse suavemente, sentando-se e dando um tapinha no banco ao lado dele, todo casual. Senhor, você mora aqui? Eu nem sabia se estava irritada, intrigada ou assustada. Eu andei lentamente e sentei. — Você é realmente doido, sabia disso? Seu sorriso foi instantâneo. — Já me disseram. Meus olhos passaram por ele, notando o quão diferente ele parecia sem o terno. Deus levou seu tempo com esse homem. Ele estava usando uma regata branca que grudava em seus músculos, uma corrente de ouro e calças de moletom cinza que pendiam baixo em seus quadris.. Minhas suposições estavam corretas. Tantas tatuagens, descendo pelos braços, por todas as costas, aparecendo por baixo da camisa e desaparecendo sob o cós da calça. Tive que desviar o olhar ou estaria a dois segundos de babar como uma idiota. Ele me pegou olhando, e vi um brilho de satisfação em seus olhos. — Você gosta do que vê? Revirei os olhos. Não vou alimentar seu ego já enorme, mas ele estava certo. Ele parecia bem mais perigoso fora daquele terno feito sob medida. — Você é persistente, senhor Macclister. — digo, pegando meu garfo. Seu sorriso se aprofundou enquanto ele comia, imperturbável. — Eu sei o que eu quero. — Uau, o homem mais perigoso da América está interessado em mim. Devo me sentir honrada ou assustada? — Eu retruquei, pingando sarcasmo. Ele riu e se inclinou para perto do meu ouvido. — Se você está com tanto medo, por que me deixou entrar, hum? — Seus olhos examinavam meu rosto. — Se você está com tanto medo, por que seu corpo está me implorando para te tomar aqui e agora? — Ele se inclinou ainda mais perto, eu podia sentir o calor do seu corpo. — Se você está tão assustada, por que sua boceta está molhada neste momento? Precisei de cada centímetro de mim, CADA POLEGADA DE MIM, para não dizer a esse homem para fazer o que quisesse comigo. — Você está perdendo seu tempo. Eu não namoro. — Eu respondi — Ainda bem que não estou perguntando. — ele respondeu se inclinando para trás, os olhos fixos em mim enquanto seu braço estava do lado de fora da minha cadeira. — Estou te dizendo. Por que isso é sexy? — E se eu não estiver interessada? — Pergunto decidindo testá-lo um pouco. — Nós dois sabemos que isso não é verdade, linda. — ele diz autoconfiante. Por um segundo, esqueci todos os motivos para ser “cautelosa” perto dele. Mas então me lembrei do que Matthew me disse. Ele deve ter percebido minha hesitação, porque essa foi a primeira vez que vi seus olhos suavizarem. — Por favor, não me diga que você está com medo de mim agora, baby. — Quem disse que estou com medo? — respondi, tentando esconder um pouco da verdade. Claro que estou com medo, mas ele não precisa saber. Ele se levantou, pegou meu prato e o dele e foi até a pia. Ele está prestes a lavar a louça? Sim. Sim, ele estava. — Eu só machuco pessoas más, baby. — Ele disse de costas para mim. — Pessoas más? — Questionei. — Pessoas que merecem. — Ele respondeu sem rodeios. — Eu só quero te levar para sair. Te conhecer um pouco. Pensei nisso, os pequenos sinos de alerta na minha cabeça ficaram quietos. — E se eu disser não? — Então continuarei tentando até você mudar de ideia. — disse ele, secando as mãos com aquele tom autoconfiante de novo. — Quando? — pergunto. Ele olhou para o relógio, espere, ele quis dizer hoje? — Nove horas. — Ele responde com um sorriso.POV ALEX De volta ao meu escritório, recostei-me na cadeira, os dedos tamborilando no apoio de braço. Meus pensamentos estavam presos em Ingrid.O jeito que ela olhou para mim hoje, com esse jeito de garota durona, eu acho sexy. Ela queria me dar a impressão de que não era afetada por mim, mas eu sei que ela quer que eu faça seus olhinhos revirarem, que seus dedos dos pés se curvem e sua respiração fique presa.Aquela roupinha que ela estava usando... Não era para mim, mas, meu Deus, parecia que era. Aquele shorts mal cobrindo sua bunda, aquele top curto minúsculo exibindo sua pele lisa de chocolate.Se fosse qualquer outra mulher, eu não teria trazido o café da manhã. As roupas dela estariam fora do corpo na porta da frente.Nunca fui de jogos. As mulheres, na maioria das vezes, eram fáceis. Elas sorriam, flertavam, me davam o que eu queria porque queriam algo de mim, poder, dinheiro, status.Mas Ingrid não dava a mínima para nada disso. Ela tinha tudo isso sozinha.Uma batida na po
POV INGRID A conversa fluiu facilmente. Falamos sobre nossas vidas, minha boutique e marca de cosméticos, seu “negócio”. Ele ouviu atentamente enquanto eu explicava como construí minha empresa do zero, os desafios de ser uma mulher negra em uma indústria competitiva e meus planos de expansão.— E você? — perguntei, girando meu vinho. — O que exatamente Alex Macclister faz, além de “machucar pessoas más”?Ele riu, sua mão apertando levemente minha coxa. — Importação e Exportação. Investimentos. Imóveis. — Ele respondeu sorrindo.— Muito vago. provoquei.Antes que ele pudesse responder, seu telefone vibrou. Ele o tirou do bolso, olhou para a tela e seu maxilar se apertou.POV ALEX Olhei para a tela e vi o nome de Lian piscando nela.— Preciso atender isso, baby. — eu disse, levantando e me afastando da mesa. Ingrid assentiu, com olhos curiosos.Pressionei o telefone no ouvido, meu tom baixo enquanto atendia.— Fale.— Não está limpo. — disse Liam, com uma tensão aguda na voz. — Olha
POV INGRID O carro diminuiu a velocidade quando nos aproximamos de um enorme conjunto de portões de ferro que se abriram levemente no momento certo. Além deles, estendia-se uma entrada de veículos ladeada por sebes imaculadas e árvores altas, levando a uma linda mansão que parecia ter saído de um filme.Olhei pela janela me perguntando que diabos eu me meti.Exalava riqueza e poder. Guardas cercando o perímetro, segurando armas prontas para entrar em ação.Se eu não concordasse em ir a esse encontro, agora estaria usando uma máscara facial e assistindo All American, pensei comigo mesma.O carro parou e o motorista saiu para abrir minha porta.— Obrigada. — murmurei, segurando minha pequena bolsa enquanto deslizava para fora. Meus saltos estalaram contra a calçada de pedra, e olhei para Alex, que já estava de pé ao meu lado.— Siga-me. — ele disse, estendendo a mão.Eu hesitei, observando o tamanho da casa. — Uau, você tem dinheirooooo. — Eu digo brincandoEle sorriu e me guiou até a
POV INGRID Andar pela mansão foi uma nova experiência. Tantos guardas carregando armas, grupos de homens falando em voz baixa. Seus olhos me seguiram enquanto eu passava por alguns curiosos, outros cautelosos, mas eu não me importei. Cheguei à cozinha com a vovó Macclister parada perto do fogão, cantarolando baixinho enquanto mexia algo em uma panela. Seu sorriso caloroso me recebeu quando entrei. — Bom dia, Ingrid. — ela disse, em tom maternal. — Bom dia, vovó Macclister. — respondi docemente. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, uma voz me interrompeu. — E quem é essa linda visão? Virei-me para ver um homem alto e magro com um sorriso convencido que gritava problemas. Ele parecia com Alex, mas mais jovem, suas feições mais suaves. — Eu sou o Liam. — ele disse, estendendo a mão. — O irmão mais gostoso. — Ingrid. — Sorri e apertei sua mão. — Eu sei. — ele disse com uma piscadela. — Alex tem falado sobre você sem parar. Eu tinha que ver por mim mesmo se a
Depois do café da manhã, ele fez sinal para que eu o seguisse para fora. Guardas em todos os lugares segurando armas olhando casualmente em nossa direção.As mãos dele estavam enfiadas nos bolsos, seu era comportamento calmo. O que me deixou puta da vida.— Por que você não me contou? — eu perguntei abruptamente, incapaz de me conter por mais tempo.— Te contar o quê, Ingrid? — ele perguntou.Ele é lento ou estúpido?— Não se faça de bobo, Alex. — eu rebati. — Sara. Você tem uma filha . Por quanto tempo você estava planejando esconder isso de mim? Ou deixe-me adivinhar, é por isso que você me quer por perto, certo? Para brincar de mamãe?Seus olhos se arregalaram em choque. — Baby, o quê? Não. Isso não é...— Não me chame de baby. — interrompi. — Se você queria “algo” comigo, por que não achou que eu deveria saber que você tinha uma filha? Achou que eu não veria a menininha correndo por aí te chamando de papai?Ele se aproximou, sua expressão suavizando enquanto ele tentava me alcan
POV INGRID Segundas-feiras são uma chance de começar do zero ou uma receita para o caos. Não há meio termo.Para mim, é apenas mais um dia para continuar me movimentando. Café, recados, reuniões, tudo faz parte da rotina.Coloquei um conjunto fofo de calça e blusa. Desabotoei os dois botões de cima para deixar mais sexy.Cabelo? Bem arrumado. Maquiagem? Impecável, mas não exagerada. Unhas? Arrasando.Peguei minhas chaves e saí para minha primeira parada, minha cafeteria favorita.No segundo em que entrei, o cheiro de expresso me atingiu, e imediatamente me senti melhor. O lugar estava cheio como sempre, mas não precisei me preocupar em esperar na fila. Emily, a barista, me viu imediatamente.— Bom dia, Ingrid! — ela gritou, deslizando a bebida pelo balcão como se ela já estivesse me esperando.— Bom dia, Emily. — eu disse, pegando minha carteira.Ela me dispensou com um aceno. — Não precisa disso. Sua bebida está coberta. —Franzi a testa. — O que você quer dizer com “coberta”? — Em
POV INGRID Depois do almoço, Alex voltou comigo para o meu escritório.Quando entramos no meu escritório, meu estômago revirou. Matthew estava perto da minha mesa olhando para o celular como se fosse o dono do lugar.Esqueci de mencionar que Matthew não era apenas um “contato comercial”, mas também que fizemos sexo algumas vezes.Ele tentou ir além muitas vezes, mas honestamente ele é fisicamente atraente, mas sua personalidade é péssima.— O que diabos você está fazendo no meu escritório? — eu perguntei ríspida.— A assistente me deixou entrar. — disse Matthew, com um tom presunçoso.A vibração inteira de Alex mudou. Seu aperto em minha mão aumentou, seus olhos perfuravam os de Matthew.— O quê, esse é seu novo homem agora? Você tem uma queda por criminosos?Hum... Na verdade sim.Antes que eu pudesse responder, Alex soltou uma risada baixa. Não era genuíno, era mais como um aviso.Sem dizer uma palavra, ele me guiou até o sofá do meu escritório e me puxou para seu colo.— Vou te da
POV INGRIDA semana estava voando, já era quinta-feira. Decidi fazer meu cabelo e unhas porque estava cansada de lidar com meu cabelo natural.Eu precisava me sentir linda de novo. Não que meu cabelo natural não me faça sentir linda.Alex e eu não nos vemos desde segunda-feira, mas falamos ao telefone todos os dias. Ele tem enviado café da manhã e flores para o meu escritório todas as manhãs como um relógio.Um verdadeiro cavalheiro. Um líder da máfia que é um cavalheiro. Estranho, certo?Cheguei ao salão de beleza e manicure da Roselin no final da tarde. É tão incrível ter uma melhor amiga que sabe fazer cabelo e unhas.No segundo em que entrei, ela gritou. — Puta, você estava sumida, ele deve ter um bom pau. — ela diz praticamente gritando.Graças a Deus éramos só nós duas lá.bRevirei os olhos e sentei na cadeira dela.— Definitivamente não teve nada disso... — eu disse, direta como o inferno.— O quê? — ela congelou, no meio do movimento com suas ferramentas. — Droga, eu sei que v