Capítulo 4

POV INGRID

As manhãs de sábado eram para relaxar, especialmente depois de uma longa semana. Eu estava aconchegada na minha cobertura com um top curto quase imperceptível e shorts curtos, me sentindo tão relaxada quanto parecia.

Roselin and Joyce vieram para o que chamávamos de sessões de “Girl Talk”.

Você sabe o de sempre: pau, roupas, dinheiro e etc.

Elas estavam esparramadas no meu sofá, fofocando e tomando café. Roselin, Joyce e eu nos conhecemos na faculdade e nos tornamos inseparáveis desde então.

Estávamos no meio de um debate acalorado sobre quem parecia melhor, Michael B Jordan ou o Denzel Washington jovem, quando ouvimos uma batida na porta.

Eu não esperava ninguém, então congelei por um segundo e fui até a porta.

Abri a porta e lá estava ele, Alex Macclister, parado na porta com uma sacola com o que presumo ser café da manhã.

Ok, sexy e psicótico...

Meu queixo caiu.

— Como diabos você descobriu onde eu moro?

Ele sorriu com aquele sorriso idiota e sexy.

— Eu sou dono do prédio, baby.

Claro que é.

Ele demorou, deixando seus olhos vagarem por mim, do meu top curto ao meu short, o sorriso em seus lábios ficando maior a cada segundo.

Não me incomodou nem um pouco, sei que estou bem. Fiquei mais irritada porque por que diabos ele está aqui.

Rose e Joy não foram exatamente sutis com suas reações. Elas deram uma olhada bem evidente em Alex, olharam para mim e sorriram.

— Tudo bem, In. Vamos deixar você... entreter seu convidado. — Joyce piscou, cutucando Roselin e em segundos, elas se foram.

Virei-me para Alex, bloqueando seu caminho com uma mão no quadril.

— Então, você vai ficar aí parado ou......?

Antes que eu pudesse terminar, ele entrou como se fosse o dono do lugar. Ele passou por mim, andando direto para minha cozinha e começou a vasculhar meus armários sem nem mesmo dizer “por favor” ou “obrigado”.

Muito rude...

— Lado esquerdo. — murmurei, observando-o ficar irritado enquanto procurava.

— Entendido. — ele respondeu, pegando dois pratos e arrumando a comida na ilha. Ele colocou os dois pratos na frente de dois bancos de bar.

— O café da manhã está esfriando, baby. — ele disse suavemente, sentando-se e dando um tapinha no banco ao lado dele, todo casual.

Senhor, você mora aqui?

Eu nem sabia se estava irritada, intrigada ou assustada. Eu andei lentamente e sentei.

— Você é realmente doido, sabia disso?

Seu sorriso foi instantâneo.

— Já me disseram.

Meus olhos passaram por ele, notando o quão diferente ele parecia sem o terno. Deus levou seu tempo com esse homem. Ele estava usando uma regata branca que grudava em seus músculos, uma corrente de ouro e calças de moletom cinza que pendiam baixo em seus quadris..

Minhas suposições estavam corretas. Tantas tatuagens, descendo pelos braços, por todas as costas, aparecendo por baixo da camisa e desaparecendo sob o cós da calça.

Tive que desviar o olhar ou estaria a dois segundos de babar como uma idiota.

Ele me pegou olhando, e vi um brilho de satisfação em seus olhos.

— Você gosta do que vê?

Revirei os olhos. Não vou alimentar seu ego já enorme, mas ele estava certo.

Ele parecia bem mais perigoso fora daquele terno feito sob medida.

— Você é persistente, senhor Macclister. — digo, pegando meu garfo.

Seu sorriso se aprofundou enquanto ele comia, imperturbável.

— Eu sei o que eu quero.

— Uau, o homem mais perigoso da América está interessado em mim. Devo me sentir honrada ou assustada? — Eu retruquei, pingando sarcasmo.

Ele riu e se inclinou para perto do meu ouvido.

— Se você está com tanto medo, por que me deixou entrar, hum? — Seus olhos examinavam meu rosto. — Se você está com tanto medo, por que seu corpo está me implorando para te tomar aqui e agora? — Ele se inclinou ainda mais perto, eu podia sentir o calor do seu corpo. — Se você está tão assustada, por que sua boceta está molhada neste momento?

Precisei de cada centímetro de mim, CADA POLEGADA DE MIM, para não dizer a esse homem para fazer o que quisesse comigo.

— Você está perdendo seu tempo. Eu não namoro. — Eu respondi

— Ainda bem que não estou perguntando. — ele respondeu se inclinando para trás, os olhos fixos em mim enquanto seu braço estava do lado de fora da minha cadeira. — Estou te dizendo.

Por que isso é sexy?

— E se eu não estiver interessada? — Pergunto decidindo testá-lo um pouco.

— Nós dois sabemos que isso não é verdade, linda. — ele diz autoconfiante.

Por um segundo, esqueci todos os motivos para ser “cautelosa” perto dele. Mas então me lembrei do que Matthew me disse.

Ele deve ter percebido minha hesitação, porque essa foi a primeira vez que vi seus olhos suavizarem.

— Por favor, não me diga que você está com medo de mim agora, baby.

— Quem disse que estou com medo? — respondi, tentando esconder um pouco da verdade.

Claro que estou com medo, mas ele não precisa saber.

Ele se levantou, pegou meu prato e o dele e foi até a pia. Ele está prestes a lavar a louça?

Sim. Sim, ele estava.

— Eu só machuco pessoas más, baby. — Ele disse de costas para mim.

— Pessoas más? — Questionei.

— Pessoas que merecem. — Ele respondeu sem rodeios. — Eu só quero te levar para sair. Te conhecer um pouco.

Pensei nisso, os pequenos sinos de alerta na minha cabeça ficaram quietos.

— E se eu disser não?

— Então continuarei tentando até você mudar de ideia. — disse ele, secando as mãos com aquele tom autoconfiante de novo.

— Quando? — pergunto.

Ele olhou para o relógio, espere, ele quis dizer hoje?

— Nove horas. — Ele responde com um sorriso.

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