Ella abriu os olhos, despertando de um sono profundo onde pesadelos antigos a assombravam. Não dava para fugir do passado, ainda mais presa exatamente como havia sido há décadas atrás quando fora atacada por outro clã. As coisas que infringiram a ela tinham machucado seu corpo e sua alma, marcando-a de um jeito eterno. A crueldade dela se tornou ainda pior do que antes e foi desde então que gostava de torturar homens em seu próprio calabouço. Não que sentisse alguma coisa além de prazer absoluto com o sofrimento daqueles cretinos.
Seu corpo inteiro doía e queria desesperadamente esticar as pernas, curar seus ferimentos e poder tomar um copo de água que fosse. Seu estômago roncava e precisava se alimentar.
Não tinha ideia do porquê a Ordem a queria. Ela trabalhava com alguns traidores, padres ou sacerdotes que atuavam com duas vidas, entre a Igreja e a e
As duas carruagens sacolejavam e olhei para Dean ao meu lado. Meu irmão que se transformava em lobo estava sorridente e sentado no banquinho comigo. Enquanto eu guiava os cavalos da primeira carruagem, Emma estava lá dentro com nossas bolsas. A outra continha Ella presa com Alyere no interior, para ficar vigilante e Chris comandava a direção.Dean me olhou. Seu rosto ainda tinha alguns ferimentos cicatrizando e os olhos verdes eram suaves. A barba por fazer loira escura bem aparada e os cabelos revoltos. Eu o amava tanto que doía. E vê-lo tão bem me deixava em paz. Pelo menos nesse sentido, já o resto ficava em loucura com Ella tão próxima.- É bom estar de volta. Ainda não agradeci por ter me salvado. - Dean disse.
Levantei meu rosto, ainda segurando Ella em meus braços. Na porta do vagão, Alyere usava uma Winchester e suas mãos ainda estavam erguidas com a arma, paralisada olhando para Ella e eu. Dean balançava a cabeça e saiu sem nem ao menos dizer nada. Chris estava atrás dele e os lábios abertos, a surpresa tomando conta de seu rosto. Mas, li perfeitamente em seus olhos azuis, o que todos poderiam sentir pelo cheiro. A parceria é tão forte e sólida como se fosse uma presença.Fiquei constrangida e perdida. Mas, ainda não sabia o que fazer sobre isso.- Precisamos procurar entre os vagões se há mais demônios. - sussurrei, mas sabia que poderiam ouvir claramente.Aly me olhou profundamente e viu as m&atil
- Você acha que aqui é seguro? - Ella indagou olhando para a cabine do navio que ficava no subsolo do quinto compartimento, beirando as máquinas que ficavam abaixo de nós. Dei de ombros. - É a parte mais afastada e podemos cuidar com sutilidade, se precisarmos agir. - murmurei. Ella estava algemada, mas se sentou no pequeno beliche de madeira e me sentei em uma cadeira de canto. Faziam quatro dias que ignoramos a parceria. Depois daquela noite em que havia caído em seu colo, praticamente chorando como uma criança desiludida, Ella me abraçou como pode, mas depois que o choro passou, me afastei dela e inspirei, procurando sangue nas minhas coisas e ingeri o máximo que poderia pela fome intensa
A bruxa espiralava seu poder que emanava em lufadas, assim como bufava de raiva, examinando cada traço e recuo entre cabines, corredores e salões, indo sutilmente como um fantasma para que ninguém a notasse e chamasse atenção para ela. Afinal, queria pegar exatamente de surpresa Dean e a outra, cortar seus pedacinhos como se fossem porcos em uma fazenda. E Ella era mestre na tortura, não só porque já havia sentido na pele, mas como passara anos e anos infligindo isso aos seus inimigos, amantes e qualquer outra pessoa que quisesse.Não teria piedade. Nunca foi de seu feitio isso.Ella parou na escadaria de ferro íngreme que descia para a sala de máquinas, último lugar a ser procurado. Poderia fazer uma varredura com seu poder, mas temia que Dean ou aquela meretriz de
Uma explosão de sensações reverberam por meu peito, o deleite de finalmente ter o tão objeto desejado em meus braços, me causava furor e êxtase inigualáveis. E meus lábios se moldaram aos de Ella perfeitamente, como dois encaixes prontos para serem únicos juntos. Segurei seu rosto e ouvi o pequeno suspiro quando aprofundei o beijo, deixando sua língua brincar com a minha. Meu peito tremeu e naquele segundo, pude jurar que um coração batia sob minha pele que estava quente, quase fervente ao toque das mãos de Ella, que acompanharam minha nuca e depois subiram para a parte de cima de meu cabelo, onde conseguiu enfiar os dedos, massageando o couro cabeludo com as pontas. Poderia ronronar agora mesmo tamanho o prazer que aquilo me proporcionou.Deslizei minhas mãos para seu pescoço, segurando com firmez
Sob o olhar de vigilante dos abetos, um clã se erguia para as montanhas, apreciando os últimos raios de sol, que mergulhavam no horizonte ao entardecer. Ella estava esparramada sobre a grama da clareira e ainda não havia sido treinada o suficiente para conjurar as energias da natureza em prol do subconsciente de suas irmãs de batismo ou sua mãe e avó, que dançavam gesticulando. Os corpos pintados de tinta vermelha, buscando trazer prosperidade para o grupo de bruxas de Salém. Ella mal havia completado 19 anos. Estava longe de ser tão sábia como sua avó Ellis ou tão destemida quanto sua mãe Amélie. Mas, de uma coisa sabia, com certeza. Amava com todo coração sua família de alma. Compartilhava a ânsia em aprender todos os feitiços, ervas, trabalhos espirituais, canções e os ensinamentos mais profundos, sobre tudo que sua herança familia
O INÍCIO - 1693 "Durante séculos, sua imortalidade transformou você no maior soldado do machado e da cruz." (Frases do Filme - O Último Caçador de Bruxas) O sepulcro. O padre. O caixão descendo sobre um buraco estranho, vazio e frio. Aquilo jamais representaria tudo que o pai de Artemísia Braham havia sido para ela. Ele fora jovem para sua idade, sorridente, charmoso, brincalhão e mostrara todo o mundo de histórias que ela amava. Desde as múmias mais surpreendentes aos insetos, que eles dissecavam no quintal dos fundos da propriedade deles, em um dos bairros nobres de Londres. Agora ele não passava de um corpo pesado, inchado e cheio de tábuas ao seu redor. Abri meus olhos e, sobressaltada, tombei meu corpo para frente, gritando. O ar entrava e saía pelos lábios de uma forma descontrolada. Mas, por algum motivo, meu coração não estava disparado, coloquei a mão no peito e vi que ela estava coberta de ataduras. Olhei ao meu redor agitada e com medo, pela primeira vez em meus 35 anos. Dessa vez não estava mais na floresta. Fechei meus olhos e antes que pudesse controlar um soluço subiu pela minha garganta, saltando meu peitoral para frente e chorei. Estava deitada em uma cama velha e simples, agarrei meus joelhos para cima, que estavam cobertos por uma manta fina e me mantive na escuridão de minhas pálpebras, enquanto minha alma se destroçou. Pouco a pouco. Diante de minha mente vi os monstros saltaCAPÍTULO DOIS