Capítulo 37.Felizes para sempre. Rhuan narrando.— Finalmente, esposa. Pensei que a festa não iria acabar nunca — digo, ao entrar no quarto carregando-a nos meus braços.O casamento foi lindo e a festa perfeita do jeito que ela havia planejado. Nós tiramos fotos, nos divertimos e confraternizamos com os amigos e familiares, mas o que eu realmente queria e pensava o tempo todo era em ficar sozinho com a minha esposa.Eu queria aproveitar apenas com Elena o fato de finalmente poder a chamar de esposa, mas quase não tivemos um minuto a sós nas últimas horas.— Pensei que estava gostando, marido — provoca, quando a coloco sentada na ponta da cama e me ajoelho para tirar os seus sapatos.— Estava, mas mal podia esperar para ficar a sós com a minha esposa — revelo, ao acariciar o seu tornozelo. — Fale de novo — pede. — Esposa — digo. — Oficialmente minha princesa. Safada, mesmo que esteja vestida como uma fada, minha mulher me empurra de leve com o pé pequeno e eu quase caio com a bund
Capítulo 37. Capítulo bônus Leonardo. Leonardo narrando. Recepção do casamento do príncipe Rhuan e da Elena. O meu coração estava morto há mais de vinte anos e eu acreditava piamente que não havia nada que fosse capaz de o ressuscitar. Eu acreditava que não existia a menor chance de que houvesse algo que pudesse fazer com que a carne oca e apodrecida que chamo de coração, comida pelos bichos da solidão, voltasse a se curar, mesmo que fosse só um pouco, apenas para que eu pudesse continuar respirando e vivendo, sem sentir uma dor quase física. Não que eu estivesse com sede por continuar vivendo ou apaixonado pela vida, essa não poderia ser uma mentira maior. Quis viver pelo meu pai. O duque. O meu pai só teve a mim como filho e ficou viúvo há muitos anos, como se fosse a sina da nossa família perdermos as mulheres que amamos. Com a idade avançada, o Duque é um homem triste e um pouco solitário, eu não poderia me entregar a minha própria dor e deixar o meu pai sozinh
Prólogo.Rhuan narrandoEu já deveria ter aprendido que me deixar guiar pela tentação sempre causa problemas, mas quando acordo com o som de um choro de bebê, simplesmente me levanto no meio da madrugada e, sem me dar ao trabalho de colocar uma roupa mais comportada, deixo o meu quarto.Com o coração um pouco acelerado por razões que prefiro não me aprofundar, desde que não posso fazer nada com a possível resposta, caminho sem fazer qualquer barulho em direção à ala dos empregados do palácio.Eu só posso ter tido um tipo estranho de sonho.Bebês?Não há bebês no palácio. Ainda não, mas haverá quando eu me casar, algo que está muito perto de acontecer. Dessa vez, a cobrança será muito maior.No nosso mundo, casamento é quase uma promessa de bebês, crianças que serão criadas como fomos criados: sem liberdade e sem poderem fazer escolhas próprias.E queira Deus que essas crianças tenham sangue quente correndo nas veias e, assim como eu, pelo menos tentem respirar por conta própria, porqu
Capítulo 1.Elena narrando.Eu vivo dentro de um conto de fadas desde os meus três anos de idade, mas não se engane, porque não é da forma que você está pensando.Moro em um palácio medieval e gigantesco? Moro.Estou sendo rodeada por um rei bondoso e por príncipes belíssimos? Estou.Mas, nesse conto de fada, eu sou a gata borralheira.Na verdade, a filha da empregada, uma das muitas empregadas que fazem parte do quadro de funcionários do castelo, tudo porque o próprio rei Otávio foi benevolente quando permitiu que uma das suas funcionárias trouxesse a filha de três anos para morar aqui quinze anos atrás.Ele não quer que ninguém saiba, mas, por baixo dos seus sorrisos condescendentes e ensaiados, existe um coração que não é de gelo, não cem por cento.E não é apenas por ter permitido que mamãe me trouxesse com ela, mas pude ver pequenos atos de bondade do monarca de perto e não posso deixar de admirar a forma como governa o reino de Solari.Nada disso significa que não tem pulso firm
Capítulo 2.Rhuan narrando.Embora eu seja o futuro rei de Solari, foram raras as vezes em que usei de qualquer autoridade para dar ordens. Mas aqui estou eu: tentando obrigar uma garota a ficar mais um pouco comigo. Apesar de ser muito linda, com o seus cabelos castanhos e olhos castanhos esverdeados, ela provavelmente não passa de uma jovem que não deve ter mais do que vinte anos de idade. Eu poderia a confundir com uma adolescente, mas os seus seios, dos quais não consigo tirar os olhos, deixam claro que se trata de uma mulher feita.Eu estava me sentindo sufocado no salão de baile e então, em determinado momento, um dos poucos minutos em que não estava dançando com uma das minhas pretendentes, encontrei uma maneira de fugir discretamente para fora das paredes que estavam se fechando a minha volta. Pelo menos, era a sensação que eu tinha. Então ela veio até mim e não faço ideia de onde surgiu. Apesar disso, não quero mais ficar sozinho com os meus pensamentos e a minha insatisfa
Capítulo 3.Elena narrando.Eu sei que o meu erro começou no momento em que vi o príncipe no labirinto, não consegui resistir e fui atrás dele. Então, o erro continuou quando permiti que conversasse comigo e o segui até esse salão. Mas o meu maior erro foi olhar dentro da sua alma e perceber traços de vulnerabilidade, quando se mostrou um homem muito diferente daquele que apresenta para todos.Se eu era apaixonada pelo Rhuan que era apenas um príncipe que via de longe e tentava chamar sua atenção, não sei como classificar o que estou sentindo agora, estando tão próxima dele, tendo permissão para enxergar as rachaduras da sua alma.A sua vulnerabilidade me quebra. O sorriso genuíno, que é diferente daquele ensaiado de quando acena para a população, deixa o meu coração aquecido e faz o meu corpo reagir.A verdade é que estou cometendo um erro atrás do outro, mas não consigo voltar atrás. Não consigo parar de errar, afinal, estou tendo o que sempre quis e o que acreditei que nunca pode
Capítulo 4.Rhuan narrando.Apesar do peso das responsabilidades, nunca fui o tipo de pessoa que tem problemas para dormir, mas não lembro qual foi a última vez que tive um sono tão tranquilo e pesado. Dormi como se não houvesse nenhuma preocupação no mundo para mim, como se não tivesse abandonado a minha responsabilidade para viver uma aventura com a bela desconhecida.Então, enquanto começo a ficar consciente de fato, um sorriso rasgado e sonolento surge na minha boca, quando lembro de como ontem à noite, e durante toda madrugada, fui feliz. Elena… Minha linda Elena, jovem e doce demais para alguém como eu. Com o seu corpo e sua bucetinha quente e apertada, ela me fez sentir prazer de uma forma como nunca havia sentido, e não foi por falta de experiência. As melhores fodas que experimentei foram com ela, e não foi apenas pelo sexo em si, mas pela conexão física tão forte e pela paixão que experimentei, de uma forma que senti que poderia passar a minha vida inteira transando com
Capítulo 5.Elena narrando.MOMENTOS ANTES Quando saí dos seus braços ainda durante a madrugada, fui com o corpo completamente dolorido, depois de ter sido usado até a exaustão, mas com vontade de ficar um pouco mais. Porém, cheia de pressa e com medo de que alguém pudesse nos pegar em flagrante, me dei ao trabalho de pegar apenas a minha camisola e, olhando de um lado para o outro, voltei para o meu quarto no palácio.Tudo o que eu queria era tomar banho e me deitar com o sorriso mais do que satisfeito no rosto, porque jamais considerarei o fato de ter entregado minha virgindade para o homem por quem sempre fui apaixonada um erro. Mas, antes de entrar no meu quarto, fui surpreendida pela minha mãe, que me olhou com desconfiança e quis saber por que eu havia desaparecido durante o baile e por que não atendi a porta quando ela bateu. Inventei uma desculpa sobre como estava com dor de cabeça e queria dormir. Quanto a porta trancada, justifiquei que não queria correr o risco de ter n