Capítulo 1

Capítulo 1.

Elena narrando.

Eu vivo dentro de um conto de fadas desde os meus três anos de idade, mas não se engane, porque não é da forma que você está pensando.

Moro em um palácio medieval e gigantesco? Moro.

Estou sendo rodeada por um rei bondoso e por príncipes belíssimos? Estou.

Mas, nesse conto de fada, eu sou a gata borralheira.

Na verdade, a filha da empregada, uma das muitas empregadas que fazem parte do quadro de funcionários do castelo, tudo porque o próprio rei Otávio foi benevolente quando permitiu que uma das suas funcionárias trouxesse a filha de três anos para morar aqui quinze anos atrás.

Ele não quer que ninguém saiba, mas, por baixo dos seus sorrisos condescendentes e ensaiados, existe um coração que não é de gelo, não cem por cento.

E não é apenas por ter permitido que mamãe me trouxesse com ela, mas pude ver pequenos atos de bondade do monarca de perto e não posso deixar de admirar a forma como governa o reino de Solari.

Nada disso significa que não tem pulso firme e não sabe se impor. Acredito que são os seus dois lados que o tornam um ótimo governante.

É uma pena que algum dia ele terá que passar o legado adiante e, assim como eu, os seus súditos preferem não pensar no dia em que Rhuan assumirá o trono no lugar do pai.

Rhuan Vargas…

Lindo como um anjo, mas com a personalidade do demônio.

Ele é rebelde quando não deveria ser.

Durante anos a fio, ele tem feito tudo ao contrário do que é esperado.

Devo dar crédito ao príncipe, porque realmente acredito que tenta fazer o que é certo, mas nunca consegue ser discreto o suficiente para encobrir suas escapadas e escândalos com mulheres e bebidas.

Rhuan é um homem de trinta e seis anos. Todos esperam um pouco de responsabilidade e seriedade do futuro rei, mas o príncipe passa longe de alcançar as expectativas.

E, apesar de tudo isso, não consigo não ser completamente apaixonada por ele. Eu não tinha tido nem mesmo a minha primeira menstruação quando, aos onze anos de idade, comecei a dar um rosto para o príncipe das minhas ilusões tolas de que era uma princesa dos contos de fadas.

Eu poderia ter dado o rosto de um dos seus irmãos, os príncipes Ignácio e Javier, que são mais jovens e menos selvagens, mas eu era mesmo uma criança tola e fui colocar os olhos no mais perigoso e selvagem.

Conforme o tempo passou, mais minha mente criou fantasias e mais eu tive certeza de que ele seria o amor da minha vida para sempre.

Que grande bobagem!

Você deveria ter sido menos tola, garota! A voz da minha razão briga com minha versão mais jovem e mais burra.

Fantasiei tanto com o impossível que hoje estou aqui: no baile à fantasia que o rei está dando para buscar uma esposa para o príncipe Rhuan.

Antiquado? Com certeza, mas é algo mais do que comum quando se vive em um palácio de verdade. Eu não conheço outra realidade além dessa, embora minhas amigas do colégio não entendam como vivem os monarcas, para elas, o rei e sua família são quase de outro mundo.

Quando tinha dez anos, fui estudar em um colégio fora das terras do palácio, em um vilarejo cuja realidade é bem diferente dessa, mas nunca senti que de fato havia saído daqui, tanto que criei uma obsessão bizarra pelo príncipe mais velho e sempre procurei por notícias a respeito dele nos tabloides.

Mesmo criança, morria de ciúme das mulheres que eram fotografadas ao seu lado e eram apontadas como amantes, nunca namorada, porque todos sabem que príncipes se casam com propósitos, e entre eles não consta a opção de escolher a própria esposa.

O resultado de ter alimentado ilusões por um homem que jamais olhará para mim é o fato de ter chegado aos dezoito anos sem ao menos ter dado mais do que alguns beijinhos sem graça e sem sentimentos, porque nenhum dos garotos que me tocaram me fizeram sentir que eram a pessoa certa.

A pessoa certa para o meu tolo coração é errada para todo o resto.

Agora Rhuan está no centro do grande salão de bailes oficial, dançando com uma das garotas que possivelmente poderá ser sua noiva, caso seja a escolhida hoje.

Isso lembra o conto da Cinderela? Então… realmente é algo meio Cinderela, a diferença é que não há nada romântico na vida real, na verdade, chega mais perto de deprimente.

Aquela que está nos seus braços é tudo o que eu não sou: alta, magérrima e loira.

Acima de tudo, ela é filha de um barão, perfeitamente adequada para ocupar o cargo de esposa do futuro rei de Solari, caso seja escolhida. Na fila da qual ela faz parte, ainda existem pelo menos mais cinquenta mulheres.

Apesar do sorriso perfeito no rosto moreno, Rhuan Vargas parece tenso e nada feliz. Sei que a maioria das pessoas não está enxergando, mas comigo é diferente, porque sou aquela que passou metade da vida observando cada passo do príncipe como uma lunática.

— Não acha que está na hora de começar a circular pelo salão? — Ouço a voz da minha mãe, que não poderia deixar de vir até a ala lateral para me cutucar.

Apesar de ter preferido não encher os meus ouvidos por causa da obsessão maluca que tenho pelo Rhuan, sei que a mamãe está ciente de que ela existe e que no fundo se preocupa comigo.

Na maior parte do tempo, sou a filha que qualquer mãe gostaria de ter, mas aposto que nenhuma mãe gostaria de lidar com a filha apaixonada pelo príncipe herdeiro, não quando essa filha é apenas mais uma plebeia no palácio.

Ela não quer me ver sofrendo por causa de uma paixão sem sentido e impossível. A boa notícia é que, apesar de não conseguir evitar, estou ciente de que nunca ficarei com o príncipe.

Nesse conto de fadas da vida real, não sou aquela que viveu feliz para sempre com o mocinho.

Sempre que me perco em pensamentos por causa dele, mamãe encontra uma forma de me cutucar e me fazer acordar.

Ela não precisa de palavras para que eu entenda que está apenas tentando me resgatar das garras da ilusão.

Por isso e por muito mais, a amo.

Juana foi mãe e pai quando o meu progenitor a engravidou em uma noite qualquer e depois desapareceu da sua vida.

Minha mãe poderia ter exigido que o homem cumprisse com as suas responsabilidades, mas nunca pôde fazer o que era certo, porque ela nunca soube algo além do nome do homem.

Mesmo depois de anos, mamãe não gosta que eu fale sobre Victor. Esse era o seu nome, e toda a informação que sei a seu respeito.

— Mamãe, por que a senhora não faz isso por mim?

Hoje estou por perto apenas para dar suporte para a minha mãe, pois, apesar de ser a filha da governanta, ela nunca quis que eu fosse resumida a esse fato.

Na verdade, mamãe me colocou para estudar em um colégio fora do Reino, para que eu pudesse sentir como era a vida do outro lado e poder escolher simplesmente partir quando me tornasse adulta.

O problema é que, diferentemente do que ela acredita, nunca me ressenti do fato de ser apenas a filha da empregada dentro de um palácio cheio de riquezas. Eu nunca me senti a pior de todas as garotas da minha idade, apenas por ser pobre.

Na verdade, gosto do que sou e sei que a vida na monarquia está longe de ser apenas glamour e belos bailes como esse.

Fora a impossibilidade de ficar com o príncipe Rhuan, a menos que ele enlouqueça um dia e queira passar um tempo com uma plebeia, gosto da minha vida e da pessoa que sou.

— Não estou pedindo para você pegar uma bandeja e servir bebidas para eles, estou dizendo que não pode ficar desse jeito, olhando para o príncipe sem piscar, como uma mulher obcecada.

— Eu não estou fazendo isso, mãe — nego a verdade, mas mamãe sabe que é isso que estou fazendo.

— Então saia e vá para o seu quarto. Não quero que seja confundida com uma dessas moças que estão quase saindo no tapa pelo príncipe Rhuan — sussurra.

— Não se preocupe, mamãe. Não há nenhum risco de isso acontecer — aviso, porque, se minhas roupas simples não forem um indicativo, então o sol é quadrado.

Quando ela me deixa sozinha, fico o observando durante mais um tempo e me permito imaginar que sou eu no lugar de cada uma das moças que está valsando com Rhuan.

Mas não sou uma delas, é por isso que viro as costas e vou embora, apesar da sensação de que há olhos queimando as minhas costas.

Durante as próximas duas horas, fico trancada no meu quarto, o mesmo em que eu dormia antes de ir estudar fora, mas que foi dado para mim novamente desde que retornei há duas semanas.

Apesar da intenção da minha mãe de que eu volte para o vilarejo e encontre um trabalho fora do palácio, pretendo que minhas férias não acabem tão rápido. Mas, se alguém me perguntar, eu posso morrer negando que tomei a decisão por causa do príncipe herdeiro.

Em vez de poupar o meu coração no pior momento de todos, para não o ver se casando por conveniência, porque na minha cabeça não existe a possibilidade de que se apaixone por uma dessas mulheres, estou escolhendo ficar por perto.

Preciso ver com os meus próprios olhos e quem sabe assim matar dentro de mim a ilusão tola e romântica.

Felizmente, guardo apenas para mim essa fixação, e nem mesmo a minha mãe tem certeza dos meus sentimentos, ela apenas desconfia. Qualquer pessoa riria da petulância de uma garota pobre de dezoito anos por sequer cogitar que um príncipe poderia olhar para ela.

Sou dezoito anos mais jovem do que o príncipe Rhuan, e o fator idade é apenas mais um obstáculo que torna minha paixão risível.

Quando eu era criança e raramente surgia no seu caminho, ele mal me enxergava. Quando seu olhar encontrava o meu, Rhuan sorria e piscava, como faria com qualquer pirralha que fosse a filha de um súdito.

Eu era mais velha quando fui estudar no povoado, mas lembro perfeitamente de como estava começando a encontrar formas de entrar mais vezes no seu caminho, com a desculpa de que tinha que realizar tarefas que eram da minha mãe.

Rhuan continuava rindo e acenando para mim, mas tenho certeza de que ele começou a perceber meu interesse patético de criança naquela época.

Talvez até achasse divertida a inocente atenção, mas aposto que não pensaria o mesmo hoje.

Aposto que ficaria constrangido e daria um jeito de deixar bem claro para mim que não passo de uma pirralha, que não tenho o direito de sentir qualquer coisa que seja por alguém como ele.

****

A filha da empregada. Que piada seria para o poderoso e belo Rhuan Vargas.

No meu quarto, há uma grande janela na lateral. Uma janela colocada nas paredes de pedras antigas, que me permite sentar no peitoril e observar o lado de fora do palácio.

Há um pátio com um jardim perfeitamente cuidado e que é cenário para grandes festas e às vezes bailes formais.

Apesar de hoje estar acontecendo um baile, esse é menos formal, porque todos sabem que não é de bom tom falar em voz alta que a intenção é encontrar a noiva do futuro rei, que tem trinta e seis anos e ainda não tem namorada.

Estou na minha cama, mas meus pés me levam para a janela e, com meu livro de romance de época nas mãos, sento-me no peitoril.

Em vez de continuar lendo, agora mais confortável por causa da brisa da noite, fico observando o jardim e ouvindo a música do baile de longe.

Estou no meu quarto, mas gostaria de estar no salão. Gostaria de estar valsando nos braços do príncipe, como se o amanhã não fosse chegar. Gostaria de ser outra pessoa, apenas por um momento.

Em algum momento, meus olhos pregam uma peça em mim, porque posso jurar que estou vendo Rhuan caminhando em direção ao labirinto, que fica no lado sul do imenso jardim.

Ele está andando e olhando de um lado para o outro, provavelmente para ter certeza de que não tem ninguém o observando enquanto foge.

Quando Rhuan some das minhas vistas, e agora tenho certeza de que não é uma miragem, sinto como se meu coração tivesse parado por um momento, mas, quando volto para a normalidade, uma péssima ideia passa pela minha cabeça.

Eu balanço a cabeça de um lado para o outro, tentando de todas as formas me convencer de que não devo ir até o príncipe e deixar que ele me veja depois de tantos anos, depois de eu ter me tornado mulher, considerando que parece que ficou cego para mim desde que voltei há duas semanas.

Mas nem todas as doses de convencimento são capazes de me parar quando coloco algo na cabeça, principalmente quando se trata de um passo imprudente.

Então, não vestindo mais do que uma camisola curta de seda branca, deixo o quarto.

Descalça e com os cabelos ao vento, caminho discretamente e passo pela cozinha até chegar do lado de fora da propriedade.

Não sei o que farei, o que direi ou como me comportarei quando estiver na sua frente, mas sei que preciso ficar perto do homem por quem sou obcecada pelo menos mais uma vez.

Quem sabe não acontece um milagre?

Não é assim nos contos de fadas?

Ignorando a brisa da noite e o arrepio gostoso na minha pele, caminho discretamente para o labirinto. O meu coração está saltando no peito e não consigo mais pensar em todos os motivos que tornam a minha caminhada direto para o precipício uma péssima ideia.

Quando chego ao centro do jardim, porque passei toda minha infância aqui e conheço esse labirinto de arbustos melhor do que ninguém, vejo o príncipe virado de costas para construção medieval.

O príncipe está perdido em pensamentos, e eu realmente gostaria de poder estar dentro da sua cabeça, para saber em que está pensando.

Embora tenha tentado ser discreta, porque realmente não sei o que direi quando seus olhos encontrarem os meus, Rhuan sente a minha presença no instante em que paro atrás dele.

Primeiro seu corpo tenciona, depois ele se volta em minha direção e me encara. Da minha parte, sou atingida por sua beleza incomparável, seus traços aristocráticos, a pele levemente bronzeada, os cabelos loiros, cujos fios caem sobre sua testa e o olhar sempre intenso e dominante.

Seus olhos são azuis da cor do oceano e, desde que comecei a entender sobre atração física, passei a sentir que um único olhar seu poderia alcançar e tocar a minha alma.

O problema é que esse príncipe nunca me olhou por tempo suficiente. Pego de surpresa e completamente confuso por um momento, parece que essa é a primeira vez que está me vendo, ou enxergando de verdade.

De maneira pouco discreta, o seu olhar varre o meu corpo de cima a baixo. O arrepio, que antes era de frio, me toma por outro motivo dessa vez.

Eu não sei praticamente nada sobre quão profundamente um homem e uma mulher podem se conectar, mas, aqui e agora, o sangue nas minhas veias está correndo quente.

O meu coração está ainda mais disparado e a ciência de que estou vestida de maneira indecente na sua frente me deixa tão encabulada de vergonha quanto lisonjeada, porque Rhuan não pode esconder o interesse quando o seu olhar se fixa nos meus mamilos.

Eu não quero olhar para ter certeza, mas posso apostar que meus mamilos estão duros por duas razões diferentes.

— Sei que bebi demais para sair vivo dessa noite entediante e sufocante, mas nem de longe foi suficiente para me fazer criar fantasias.

— Eu… — começo, mas não sei o que dizer a seguir.

Realmente não deveria estar parada, vestindo apenas uma camisola curta e transparente na frente do futuro rei de Solari.

Nós dois teríamos tantos problemas se fôssemos pegos em uma situação como essa, que não consigo nem imaginar até que ponto iriam as consequências.

Obviamente, eu seria a mais prejudicada, pois, embora o rei seja bom para minha mãe, ele não fecharia os olhos para um escândalo envolvendo o seu herdeiro e a filha da empregada.

— Se você está falando, é porque é real.

— Eu sou real — finalmente digo. — Vossa Alteza não se lembra de mim?

— Não. Eu deveria? — A pergunta não deveria machucar o meu coração, afinal, não sou ninguém para Rhuan Vargas.

O problema de ter um coração tolo é que você quer ser lembrada, mesmo que seja como a insignificante filha da empregada.

— Eu não sou ninguém. Desculpa… — digo, viro as costas para voltar para o meu quarto, mas não consigo dar um passo sequer para o lugar de onde não deveria ter saído, porque o príncipe segura minha mão e me faz parar de caminhar.

Por um momento, fico parada e sem coragem de me voltar em sua direção. É quase como se eu não fosse digna de olhar nos seus olhos.

Eu, que nunca fui uma pessoa com complexo de inferioridade, estou me sentindo dessa forma, provavelmente porque a paixão insana me faz sentir assim.

Posso ser segura e superior em qualquer lugar ou situação, mas, quando se trata do príncipe e do sangue nobre que corre nas suas veias, não passo de uma plebeia que jamais deveria ousar sequer ter algum sentimento além de respeito por ele.

— É melhor você me deixar ir.

— Não antes de você me dizer o seu nome. Tenho a sensação de que te conheço de algum lugar, mas não estou conseguindo lembrar de onde. Você poderia esclarecer? — pede, ainda sem soltar a minha mão.

Tenho a sensação de que o seu toque está queimando a minha pele.

Ainda assim, não quero que me solte. Eu poderia ficar assim para sempre.

É um calor mais do que bem-vindo.

— Você deve estar me confundindo com outra pessoa — falo, mas a verdade é que estou surpresa por perceber que, pelo menos uma pequena parte da sua memória se lembra que eu fui aquela garotinha, que ficava o tempo todo encontrando formas de entrar no seu caminho, apenas para ser vista.

— Talvez eu esteja, mas gosto do cheiro do seu perfume e queria que ficasse um pouco mais comigo.

— Não deveria estar no baile? Achei que essa fosse a noite em que vossa alteza encontraria a futura rainha.

— Quer dizer que os boatos estão correndo por aí? — indaga, como se não soubesse. — Me trate por você — pede.

Ele não parece bravo pelos boatos, na verdade, tem um sorriso de canto na boca quando pede para não ser tratado de maneira formal. Um sorriso que deixa as minhas pernas bambas.

— Todos falam sobre você o tempo todo. — Dou de ombro, o príncipe abre um sorriso ainda maior.

Ele nem imagina que vivo dentro desse palácio e que, por essa razão, sei do que se trata o baile de hoje.

— Gostei de você, menina. — A forma como está me olhando agora é completamente diferente de como me olhou no momento em que virou as costas e me viu.

Agora, depois de ter me chamado de menina, Rhuan me encara como se estivesse vendo uma adolescente na sua frente. Sou o pequeno momento de diversão na noite que não pôde evitar.

Porque não é segredo para ninguém que o príncipe se esforçou para permanecer solteiro até os trinta e seis anos.

— Não sou uma menina — as palavras escapam da minha boca, antes que eu possa frear a língua. — Agora, realmente preciso ir.

— Vai mesmo deixar o seu príncipe sozinho e solitário… Qual é o seu nome?

— Elena — digo, quando finalmente solta a minha mão.

— Elena — repete. — Você tem nome de rainha — comenta.

Sinto vontade de sorrir, porque talvez o meu nome seja a única coisa nobre sobre mim.

— Foi um prazer, Vossa Alteza — digo, faço uma reverência, e depois começo a me afastar.

— Fica, e essa é uma ordem do seu príncipe. — Ouço, o meu corpo tensiona quando paro novamente de caminhar.

Ele acabou mesmo de me dar uma ordem?

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