Agora a pergunta aqui é: POR QUÊ ESSE HOMEM NÃO PODE TER FILHO? Alguém tem alguma teoria aí? Volto em breve com a resposta!
— Tem algo que eu possa fazer para você ir embora sem que eu precise interfonar para o porteiro? — Lee negou. Seus olhos estavam dilatados e eu consegui ver pequenas manchas vermelhas entre o branco e castanho. — Estava chorando? A última pergunta fizemos em coro e ele abriu um doce sorriso cansado que me fez suspirar como sempre me ocorria quando expressava qualquer reação tão perto de mim daquela forma. — Não — ele disse e eu deixei um som anasalado escapar. — E você? — Sim. — Por quê? — Por que o pai do meu filho é um idiota e você é outro idiota por mentir para mim e é ainda mais idiota por estar aqui tentando se justificar. O grande homem revirou seus olhos e tentou aproximar seu rosto do meu. Porém, eu desviei e passei por baixo do seu braço direito para seguir em direção a cozinha. A gatinha persa de cor caramelo estava sentada no balcão que separava a cozinha e a sala, ela miou quando me viu caminhar em sua direção. O que me fez sorrir para ela. — Oi, linda — falei quan
— Lee… — eu o chamei fazendo-o parar de acariciar meus pés. Os olhos castanhos escuros do grande homem vieram até mim e ele esperou minhas palavras. — Você me acha interesseira?Ele me olhou confuso, mas aquela era uma pergunta que eu vinha me fazendo já tinha um bom tempo, pois todos que nos viam juntos sempre me davam um olhar de julgamento como se dissessem que eu estava fazendo aquilo por puro interesse. Júlia não foi a primeira a dizer que eu estava tentando dar o golpe do baú no grande homem e pensar que todos diriam isso pelo resto da minha vida, me fazia estremecer de raiva.Mas para ser franca, eu mesma não tinha uma explicação real para tudo aquilo. Eu não sabia dizer porque estava com o senhor Jung-suk, porque estava aceitando tudo aquilo que ele me oferecia e nem entendia nossa relação. Tudo tinha acontecido muito rápido ao nosso redor e quando dei por mim, tínhamos ido longe demais.— Não — ele respondeu de maneira séria. Seus olhos pareciam querer entender minha pergunta
O senhor Almeida me pediu para ajudá-lo nos gráficos para o jornal da emissora e isso tomou toda minha manhã. Notei que iríamos precisar de uma nova equipe de áudio e vídeo em breve, pois muitos estavam saindo, se promovendo e a equipe atual ficava cada vez menor. — Precisamos de alguém para tomar conta das admissões e desligamentos. Isso está uma bagunça. — Falei para o meu chefe de 1,45m de altura. O senhor Almeida não pareceu feliz com aquela observação embora não tivesse dito nada, sua cara era mais do que a prova para mim e eu sabia que ele não tinha gostado, pois quem cuidava dessa parte era sua ex-esposa. — Me desculpa por lembrá-lo disso. — Precisamos encontrar alguém para substituir aquela vaca — disse o senhor Almeida e eu segurei o riso. — Mas por enquanto está tudo certo, Lana. Obrigada por hoje. Você já almoçou? — Bem — senti minhas bochechas esquentarem naquele instante, pois eu não sabia como dizer sem sentir aquela sensação. — Vou encontrar meu… meu… — Seu namora
Acho que minha mente desligou durante alguns instantes e isso me fez entrar em modo automático. Cheguei nessa conclusão depois que um copo quebrou perto o suficiente de mim para me tirar do transe. Ao piscar meus olhos, percebi que estava sentada na mesa de um restaurante que não conhecia, havia um prato com uma massa bem apetitosa em minha frente, um garfo entre meus dedos e um garçom desesperado tentando recolher a sujeira que uma criança havia feito na mesa ao lado. Dedos estalaram na frente do meu rosto e minha visão se tornou ainda mais clara quando todos os sons ao meu redor inundaram minha mente. Lee estava olhando para mim com seus olhos curiosos.— Terra chamando, Lana. O que foi? — Ele disse e eu balancei a cabeça em uma tentativa de me conectar cem por cento na minha matéria física. — Você não está se sentindo bem? Ficou quieta o caminho todo e só afirmou para as comidas que eu sugeri.— Tudo bem, sim. Acho que pensei demais em tudo ao mesmo tempo e desliguei por algum tem
Recebi a ligação do laboratório depois de ter comido oito colheres enormes de brigadeiro. Lee não soube se conter até o dia seguinte, logo tomou o telefone da minha mão para pedir que a médica nos aguardasse no consultório, pois logo chegaríamos. — Sabe… Eu não posso acreditar em como as coisas mudaram em poucos dias —, falei enquanto o via dirigir pela cidade em direção ao consultório. — Semanas atrás eu estava me afogando em lágrimas por causa de um babaca e hoje estou indo ao obstetra saber sobre a paternidade do meu filho.Lee estava tão nervoso que eu conseguia ver suas mãos apertando firmemente o volante e a todo instante ele dizia com todas as letras que aquele era só mais um exame bobo e que não tinha dúvidas de ser o pai da criança que eu estava carregando, só que mesmo sabendo disso, ele também dizia que não estava preparado para o impacto emocional que a confirmação iria lhe trazer.— Eu não quero que isso mude nada entre nós —, disse ele finalmente quebrando seu silêncio
Alguns dias depois, os pais de Lee chegaram à cidade vindos da Coreia. Eles não ficaram nada contentes ao me ver morando com meu chefe, pareciam desaprovar a noiva do filho desde o início, e a notícia da minha gravidez só piorava ainda mais a situação. Nosso primeiro jantar não foi exatamente o que eu havia pensado. Claro que eu não tinha previsto um conto de fadas incrível, mas jamais cogitei que teríamos uma discussão em meio a troca de pratos.Lee estremecia enquanto seu pai seguia dizendo o quão irresponsável seu filho foi ao engravidar uma qualquer e eu acho que a forma como me chamara foi o que mais incomodou o senhor Jung-suk, pois a cada insulto direcionado a mim, eu via os punhos fechados do meu chefe se apertarem mais a ponto de esbranquiçar sua pele de forma medonha.Quando a mãe de Lee insinuou que eu estava tentando reter seu filho por meio de uma gravidez, Lee bateu suas mãos contra a mesa pesada e o som percorreu toda a casa junto com um calafrio enorme que me subiu do
A 19° semana de gestação estava me deixando fora de controle. O estresse foi o maior dominador do meu ser e a fome era sua companheira. Precisei parar de usar meus anéis favoritos, isso porque meus dedos passaram a inchar constantemente e às vezes as argolas sufocavam minha circulação. Com os pés não foi diferente. Eles chegavam ao final do dia tão inchados quanto duas bolas de futebol. Em uma bela mãe de café, antes de ir para o trabalho eu e os pais de Lee estávamos à mesa comendo em silêncio — Já tinha duas semanas que aqueles dois iam e vinham da Coreia e se hospedavam na casa de Lee… minha casa, sem que fossem convidados. — E foi com a presença deles que eu tive um momento lindo. Coloquei um pedaço do bolo de frutas vermelhas na boca e enquanto mastigava senti um movimento incomum bem no canto inferior da barriga. Isso me fez pular na cadeira e ao ouvir o som do arrastar da madeira no piso de mármore, se misturando ao meu anúncio, Lee surgiu na escada com seus olhos arregalado
Despertei sentindo uma pequena pressão no braço. A voz de Lee ao lado de fora tinha a mesma potência de raiva de quando ele discutia com algum patrocinador no escritório e isso me fez revirar os olhos. Observei o local onde estava e me vi em um quarto de hospital bem diferente dos que eu geralmente ia. A pressão no meu braço continuava e algo percorria minhas veias parecendo me dar mais vitamina. Olhei em direção ao meu braço direito para saber o que seria e vi o acesso ligado ao meu organismo. Acompanhei o longo caminho que a mangueira fazia, até meus olhos encontrarem o soro próximo da minha cabeça. Isso me fez suspirar. Eu realmente havia passado mal por ver uma cena besta de um traste qualquer. Sentei-me na cama para me certificar de que eu já estava melhor e não me senti tonta ou enjoada naquele momento, então ousei tocar meus pés no chão para tentar encontrar minhas coisas. Porém, não vi minha bolsa em lugar algum. Dei outro suspiro pensando que o estúpido pai da minha bebê