Oi pessoal! Só queria dizer que não abandonei essa história. Estão acontecendo muitas coisas comigo e por isso não deu para postar antes, mas estou de volta e estou pensando em montar um grupo no zap para ir situando vocês das coisas. O que vocês acham? Se quiserem mesmo eu organizo e aviso vocês por aqui, ok? Até logo!
Estava se tornando desafiador ficar na casa de Ana. Embora tivéssemos tido muitos anos de convivência, a chegada de um bebê mudou as coisas. Antes, Ana saia e volta com seus parceiros, sem me incomodar. No entanto, a gravidez despertava o dom da queixa em mim. Já o tinha antes, mas agora me via chorona, cansada, inchada e irritada.Além dos gemidos noturnos, passei a enfrentar o barulho da obra no apartamento acima, inclusive aos sábados, pois alguém comprara os últimos andares na intuição de unificar os apartamentos. Para mim, parecia exagero, dado que o prédio originalmente tinha apartamentos únicos por andar, espaçosos o suficiente para uma família.Naquela manhã, os trabalhadores começaram cedo, às 7h30, interrompendo meu sono. A preguiça de levantar era tanta que recorri aos fones, abafando o barulho com música alta.Com a segunda-feira sendo feriado, teria três dias em casa para refletir antes de voltar à rotina de trabalho, sem a presença do senhor Jung-suk, uma boa notícia. Le
— Gosta mesmo dele —Ana disse assim que entrei. Meus pés foram acariciados pela pequena quantidade de água que já invadia nosso apartamento e eu pensei em como iríamos tirar aquela bagunça dali. — Acho que sim — confessei. — Então porque está tentando mantê-lo distante? — questionou-me ela e tudo o que fiz foi dar de ombros. — Lana, você sabe que aquela palhaça armou aquele beijo. Sabe que ele está louco por você e tem certeza que ele não sente mais nada pela ex. Então pra que lutar?— Nada disso importa, Ana — joguei as mãos no ar em um pedido para que ela parasse de falar naquilo e peguei o rodo para começar a tirar a água que tentava criar uma piscina em nosso apartamento. — Por que não?— Porque o beijo aconteceu mesmo com todas essas coisas e ver ele beijando outra doeu como se fosse extremamente importante para mim. Ana suspirou, me observando enquanto eu tentava lidar com a água que se infiltrava pelo nosso espaço. O silêncio entre nós foi interrompido apenas pelo som da á
Os gestos de Júlia durante sua conversa com Lee, eram capturados pela transparência da janela de vidro que formavam uma discussão silenciosa. A curiosidade me impelia a decifrar o que estava sendo dito naquele escritório, enquanto a tensão no ar sugeria que a reunião não era apenas uma formalidade rotineira.Cada movimento, cada expressão, traçava linhas invisíveis de qualquer coisa que escapavam à minha audição, mas que, de alguma forma, ecoavam em minha percepção. O escritório, antes um espaço familiar, transformava-se em um palco de intriga, com a conversa entre eles evocando questionamentos que se multiplicavam em minha mente.Enquanto a situação ia além, a sensação de estar à margem de algo crucial me envolvia. E tudo o que eu tinha era uma janela de vidro, em seu papel de silenciosa, como minha a única fronteira entre o que era dito naquele escritório e minha necessidade incessante de saber.A troca de olhares entre Lee e eu através do vidro da sala dele criava uma briga silenci
Quando nosso contato acabou e abri meus olhos, vi os orbes de Lee se deliciarem com cada detalhe do meu rosto e isso me enfureceu. Abri a mão direita em um enorme leque que se chocou contra a bochecha dele enquanto eu cobria minha boca com a mão livre. A tensão no ar era palpável enquanto nossos olhares se encontravam novamente. O impacto do meu tapa contra a bochecha de Lee ecoou no silêncio, mostrando-lhe a intensidade da minha fúria contida.— Lana...— Não, Lee! — o interrompi. Respirei fundo para poder ter meu ar de volta mesmo que a raiva quisesse me sufocar. — Você não pode achar que vai resolver todos os nossos problemas com um simples beijo. A firmeza em minha voz cortou o ar tenso entre nós. As palavras ecoaram pelo pequeno espaço, carregadas de frustração e desapontamento. Lee se colocou em silêncio constante, enquanto seu olhar parecia buscar respostas nas linhas do meu rosto.A respiração dele estava irregular, e eu via que seus olhos buscavam as palavras certas para q
Lee esperou que eu terminasse de comer e ele até tentou disfarçar sua impaciência, mas seus olhos o traíam constantemente me mostrando sua ansiedade. Enquanto eu saboreava cada mordida, ele agitava as pernas, tornando-se vítima de minha pequena provocação. A tensão no ar era palpável, e eu não pude deixar de sorrir, prolongando ainda mais seu tormento.— Eu sei o que está fazendo — disse ele enquanto eu ria. — Não sei do que está falando. Estou apenas aproveitando minha refeição — respondi, mantendo o sorriso, mas meus olhos entregavam a travessura. Lee franziu a testa, tentando decifrar meu jogo enquanto eu mastigava. — Lana, por tudo o que é mais sagrado… — iniciou ele com um ar desesperado na voz.— Tá bom. Tá bom. — o interrompi. — Vamos então, eu nem estava com tanta fome mesmo. Cedi, divertida com a rendição repentina de Lee, e ambos rimos de forma aliviada, deixando a tensão desaparecer.Saímos do restaurante, e a alegria de Lee era evidente. Enquanto caminhávamos pela calçad
Enquanto minha barriga crescia, a ansiedade e a emoção se misturavam em meu coração. Cada pontapé da bebê me lembrava da maravilha e da responsabilidade que estava por vir. No entanto, junto com a excitação, surgiam também algumas preocupações.À medida que a data de chegada se aproximava, eu me enchia de curiosidade para saber como seria o rostinho da minha pequena. Admirava as roupinhas que comprava, e fazia uma enorme lista de nomes em minha cabeça. Eu pensava constantemente em todos os momentos especiais que estavam por vir.Enquanto isso, as mudanças em meu corpo eram evidentes. As noites se tornaram batalhas para encontrar posições confortáveis para dormir e não importava o quanto eu comesse ao decorrer do dia, minha barriga parecia nunca estar satisfeita.A gravidez avançava rapidamente e eu sentia a minha conexão com meu bebê se fortalecendo. Eu sentia seu movimento, suas cambalhotas e descobri que os bebês acabam soluçando diversas vezes dentro do nosso ventre enquanto seu d
A porta do quarto abriu abruptamente, fazendo-me dar um pulo na cama e olhar na direção da invasora. Ana tinha uma expressão exausta e os olhos cheios de raiva estavam prontos para invadirem o quarto junto de sua energia furiosa. Eu poderia dizer que aquilo era minha culpa, se ela não fosse rápida o suficiente para me gritar.— Lana! — Sua voz saiu estridente, levando meus ombros a se encolherem. — Você não tem esse direito!Eu não tinha ideia do que ela poderia estar falando, mas deveria ser algo de muito ruim, mesmo que eu tentasse não errar em nada para que não precisasse ver aquele tipo de reação. Pensar nisso me levou a apenas suspirar.— Você pode usar mais as palavras e me explicar — falei por fim, desistindo de descobrir o que aquela doida estava querendo.— Eu te convidei para ir à balada e você me disse que não poderia, pois voltaria para à casa dos seus pais essa semana. — Ela caminhou pelo quarto falando de maneira nervosa enquanto suas mãos se agitavam no ar. — Eu super e
Depois de muito tempo, eu finalmente entendi o motivo da minha mãe ter pequenos ataques cardíacos em todas as vezes que alguém da nossa família vinha com a frase “e os namoradinhos, Lana?”. Para ser franca eu havia entendido todos os ataques dela, pois todos se resumiam a mim, acordando seminua ao lado de um desconhecido e posso dizer que isso é algo desesperador para qualquer um que pense nas suas filhas nessa situação.Mas ao menos eu havia entendido finalmente os surtos dela e os conselhos me implorando para jamais deixar que aquilo ocorresse comigo. Eu deveria ter ouvido ela.No entanto, já era tarde demais e enquanto eu abria os meus olhos para me deparar com um homem de peito exposto e olhos pesados de sono, eu também pensava em como aquilo ocorreu. Cheguei à conclusão quando a minha própria mente resolveu mostrar-me os fatos da noite anterior e tudo o que fiz foi deixar um gemido curto de culpa escapar.— Mas que… — antes que eu terminasse a frase, os olhos pequenos e escuros a