Qualquer verdade

— Lee… — eu o chamei fazendo-o parar de acariciar meus pés. Os olhos castanhos escuros do grande homem vieram até mim e ele esperou minhas palavras. — Você me acha interesseira?

Ele me olhou confuso, mas aquela era uma pergunta que eu vinha me fazendo já tinha um bom tempo, pois todos que nos viam juntos sempre me davam um olhar de julgamento como se dissessem que eu estava fazendo aquilo por puro interesse. Júlia não foi a primeira a dizer que eu estava tentando dar o golpe do baú no grande homem e pensar que todos diriam isso pelo resto da minha vida, me fazia estremecer de raiva.

Mas para ser franca, eu mesma não tinha uma explicação real para tudo aquilo. Eu não sabia dizer porque estava com o senhor Jung-suk, porque estava aceitando tudo aquilo que ele me oferecia e nem entendia nossa relação. Tudo tinha acontecido muito rápido ao nosso redor e quando dei por mim, tínhamos ido longe demais.

— Não — ele respondeu de maneira séria. Seus olhos pareciam querer entender minha pergunta
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