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- Está atrasada, senhorita D'onson. - disse Teman, encarando sua aluna.
- Me desculpe professor Teman, eu não dormi muito bem durante a noite.. - Respondeu Rhea, sem graça.
- Sente-se bem ali, ao chão. - ele apontou. Rhea sentou-se abraçando os joelhos, totalmente confortável naquela posição. Teman à olhou, desaprovando.
- Não... Sente-se cruzando as penas. Direita em baixo e esquerda em cima.
- Assim? -Perguntou ela, mostrando a posição.
- Exatamente assim.
- E agora, professor?
- Silêncio! - respondeu Teman - Feche os olhos e respire fundo. Inspira pelo nariz e solte o ar, pela boca. Repita isso até sentir seu coração bater mais devagar.
- Si...
- Shiuuuuu! - Teman disse, cortando-a - Não diga uma palavra sequer. Só se concentre em minha voz.
Rhea assentiu com a cabeça e
Naquela mesma noite, para a surpresa de todos, o Celestial aparecera em uma luz no meio do alvoroço do jantar no refeitório. O que era raro de se acontecer. Os alunos do monastério assim que notaram a presença de Azkan, ficaram em silêncio. Alguns em choque por nunca o tê-lo visto pessoalmente. Outros em sinal de respeito pela divindade. Azkan era como o Deus de todo o monastério, mesmo não sendo um de fato:- Boa noite, meus filhos. - Ele dizia, sereno - Venho dizer a todos para terem forças para o que está por vir. Creio que é chegada a hora de provarem quem são um para os outros. A força que cada um tem dentro de si. Em um entardecer o monastério cairá, a filha voltara no ponto crítico de seu futuro. A morte será inevitável e o sangue escorrera pela lâmina de uma espada. A traição sucumbira e a máscara irá cair. Ser&a
Os sons dos passarinhos cantando, acordaram Rhea de seu longo sono profundo. Seu corpo estava relaxado e sua mente em paz.Ao abrir os olhos, viu Kinsey arrumando a cama só lado:- Bom dia. - sorriu Rhea a ela.- Bom dia! - Disse Kinsey sorrindo, a ela. Ela parecia estar feliz e de muito bom humor. - Dormiu bem?- Sim e você?- Muito bem, obrigada. - Rhea levantou da cama, esfregando os olhos. A mesma pegava uma escova de dentes e o seu uniforme que ficara dobrado ao lado da cama.- Eu já tenho aula agora de manhã. Preciso sair . Você já sabe onde fica tudo por aqui?- Eu me resolvo, vai lá! - Exclamou Kinsey. - Eu vou para a biblioteca.- Até mais tarde, então!- Até! - disse Kinsey, abraçando Rhea - Você é legal, Rhea. Não se esqueça disso.No corredor, inúmeras pessoas passavam para lá e para c&aa
Ao voltar para o salão do monastério, a garota, viajante do tempo, se deparou com o monge Jehtró andando de um lado para o outro. Inquieto. Rhea estranhou a situação e se aproximou dele para tentar entender o que estava acontecendo :- Mestre? - Chamou Rhea, atraindo a atenção do monge para ela.- D'onson!! - Exclamou ele.- O que o senhor tem? Parece preocupado.- E estou... Acabei de falar com os outros Monges .- Sobre o que eu lhe contei, senhor? -Perguntou Rhea. - Não quero parecer intrometida.- Exatamente... Um informante nosso, um ancião, nos revelou que as coisas são bem piores do que pensávamos. Estamos em desvantagem. Muita desvantagem. Monges de outros monastérios estão também apreensivos, com o desaparecimento de pisiccos e místicos.- Há outros monastérios que cuidam de nós?- Sim, temos al
A cidade era maravilhosa. Morelli nunca estivera à passeio em San Francisco. A única vez que esteve ali, foi para resgatar Rhea do perigo eminente, e ainda por apenas dez segundos.A loira se deliciava com a paisagem maravilhosa, em posse da potente moto a qual ela estava na garupa.Abraçada involuntariamente em D'onson, ela quase se esquecera de sua missão tão importante. Era libertadora aquela sensação. E se sentiu viva por estar ali com alguém que ela tanto gostava.O sentimento era mútuo para Rhea, também. Pois as mãos de Morelli em sua cintura lhe trazia uma enorme satisfação. Era como estar no céu.Ao chegarem no destino, em uma rua movimentada, Rhea estacionou em frente a um prédio de um hospital muito bem recomendado.Com profissionais e estruturas de primeiro mundo. A motoqueira se lembrou muito bem de como é se sentir dentro daq
Ouviu-se um grito de dor após retornarem ao monastério. O grito ecoava para dentro do saguão e invadia todos os cômodos. Preocupados os Monges correram até onde Morelli estava estirada ao chão, urrando.A garota se contorcia, levando suas mãos a cabeça. Uma dor a invadia. Rhea se desesperou ao ver aquela cena, parecia que alguém ou algo tentava se apossar de Morelli. Pois as veias de seu corpo pulsavam a cada grito que ela dava.Rhea tentava acalmar a loira o máximo que podia mas parecia impossível naquele momento tão agoniante:- Calmar, eu estou aqui com você. - Rhea se ajoelhava ao lado do corpo de Morelli - Respira, por favor.- O que está acontecendo? - perguntou Prexton, assustado.- Precisam manter a calma - disse Jehtró, correndo em suas direções.- Mestre, ajude-a! - suplicou Rhea, desesperada. O monge se abaixou, enc
Ainda ouvia-se os gritos estrondosos que ecoavam por todo o lado. Morelli se debatia na maca, com os olhos esbugalhados e totalmente negros por completo.Dois Monges seguravam, um de cada lado, os braços da loira enquanto Jehtró tentava se comunicar com o "ser" infiltrado no corpo da garota.Jehtró se manteve fixado no chakra que via emanar do coro da cabeça de Morelli. Em transe ele viu uma sombra escura se alastrando por todo o lado. A forma que ele muito bem.A sombra tornou-se um corvo enorme que grunhia em direção do monge. Jehtró naquele momento teve a certeza absoluta dê quem se tratava. Era Bear em sua forma espiritual. Seu ex aluno brilhante:- O que quer aqui? -Perguntou o monge, para aquela figura. O corvo se desfez, transformando-se em humano, novamente. Bear sorria de canto enquanto encarava seu antigo professor. - Diga-me, logo.- Você sabe o que eu quero, Jéhtro. N&a
- Precisamos falar com o Jéhtro! - Disse Rhea, com raiva em seus olhos, ao ouvir que Florence poderia trair o monastério.- E o que? Começaríamos uma guerra nós mesmos? Não sabemos do que Florence é capaz. - respondeu Philip.- E devemos ficar parados, então? Por que nunca contou o que viu para ninguém?O vidente suspirou fundo, olhando dentro dos olhos de Rhea. Algo em seu interior fazia com que ele "instintivamente" protege-se sua velha amiga. E isso estava na cara :- Uma coisa que aprendi sendo vidente é que podemos mudar o futuro. Sempre torci para que Florence muda-se. - respondeu Philip.- Eu prometo que não irei dizer nada. Mas você deveria repensar sobre. Acho que os monges deveriam saber.- Vou pensar. Mas agradeço se você não falasse nada por enquanto.- Obrigada! - agradeceu Rhea. - Pode confiar em sobre isso.Os d
Nada era tão amedrontador do que a maldade estampada na alma de Gazu Wong. Seus olhos eram fundos, com marcas negras ao redor, eram tristes e odiosos ao mesmo tempo.Transparecendo o pior que existia dentro de mim. Seu corpo era frio, assim como o coração que batia tão devagar dentro de seu peito. Expressão que que carregada era de dor e sofrimento.Há quem dissesse que estar na presença daquele homem era como perder parte de toda a felicidade que existia. Era como se o mundo todo estivesse em pura agonia. A energia era pesada demais. A sensação era de total desespero e terror.Gazu bufava sentado em uma espécie de trono, todo banhado a ouro, no saguão de sua casa. Nervoso, ele bateu no rosto, com força, em uma de suas gueixas que lhe sérvia champanhe, ajoelhada. A moça no chão ficou, engolindo seco o seu choro de dor.- Tragam-no aqui! - ele ordenou.