Dois uísques sem gelo. - Gabrielle lançou um olhar apelativo para Issa. Não imaginava que ele investisse algo tão forte, e quente. Aproveitou para olhar para a moça que saiu à passos concentrados para o bar que ficava logo atrás de onde estavam.
- O que foi? Nunca viu uma mulher bonita? - questionou com ar sarcástico.- Não é isso.... Ela não é japonesa, é?- Não. Tem cara de indiana. Mas, o que isto importa?- Que lugar é esse, Issa? Tráfico humano, é sério?Issa abriu um leve sorriso maltrapilho : - De mulheres pra ser mais exato. Se alguém quiser uma noite com uma delas, abrindo os bolsos terá...- Isto é asqueroso! - Gabrielle esbravejou.- As pessoas acham o que procuram.... Se elas estão aqui, é porque seguiram o caminho, o fato; é que nem todo atalho é seguro. - Piscou irônico.Gabrielle girou os olhos indignada. Óbvio que aquelas moças foram arrancadas de seus países de origem, ilQuanto vale a sua vida Saturno? - Impôs a reflexão.Gabrielle se calou por intensos segundos, até que se decidiu: - Talvez, mais que isso...- Pois então... A minha nem bilhões paga. - Fuzil ou a jovem. - Ainda é pouco. - Concluiu, se ajeitando no assento com orgulho de si mesmo.- Tem razão. Em que se baseia essa união?- Creio que isso vai além de uma simples união, ou compromisso. Estamos falando de interesses mútuos. Ou seja, pra mim não passa de um negócio lucrativo. Como disse; todos saem ganhando de acordo com a meta de cada um.Gabrielle ficou em silêncio. Voltou a aten&ccedi
Entrou no motel, fingiu ler uma revista na recepção e assim que o atendente se distraiu com um cliente correu para o quarto andar sem que ninguém notasse a sua presença.Chegou no quarto 406. Hesitou na porta. Bateria ou entraria de supetão? Que se dane! Forçou a maçaneta e entrou. Não tinha tempo para gestos de gentileza. Por sorte estava destrancada.A mulher e os filhos se assustaram com a presença desconhecida ali, arrombando seu dormitório.A matriarca abraçou os filhos para guarda-los em seus braços.- Quem é você?- Fiquem calmos! Não vou machuca-los. Vim ajudar. - Justifico
Algumas horas antes:- Ela está ali! - Disse um dos homens. Os dois estacionaram o carro e correram para alcançar Gabrielle. Ela olhava para um carro que saia depressa quando um dos homens a apunhalou com a arma em sua nuca. Gabrielle caiu zonza ao chão, quando de relance viu um dos homens a apontando a arma. Em câmera lenta ela o viu puxando o o gatilho quando um som extremamente alto tomou conta do momento. Gabrielle sentiu seus ouvidos doerem pelo agudo forte do estrondo.Somente viu a bala ricochetar na espada de um ser estranho que apareceu magicamente a sua frente. Era uma mulher com os olhos e os cabelos totalmente brancos. O que causou uma certa estranheza em Gabrielle, pois a mesma podia jurar que já tinha conhecido aquela mulher antes.A lutadora assistiu a mulher lutar com os homens, jurou até que em certo momento viu a mesma usando algum tipo de magia. Os socos e chutes que usava contra os tiranos era deveras
A voz suave da aeromoça despertou Gabrielle para a sua nova realidade. Ela espreguiçou; se remexendo na poltrona, depois passou as mãos pela face, e esfregou os olhos para só então abrir as pálpebras completamente.Seus músculos; tensos e doloridos, pareciam que tinham sidos esmagados por um moedor de carne. Terrivelmente moídos. Aquela foi a viagem mais longa de seus intensos dezoito anos de existência. No início, a ansiedade a impediu de adormecer, mas com o passar daquelas maçantes horas, foi vencida pelo cansaço e a extensa playlist foi sua companhia dentro do avião. Seu gosto pela musica era um tanto questionável, visto que a jovem lutadora apreciava os delirantes toques da música eletrônica. Aquelas que combinavam bem quando ela resolvia socar a parede enquanto treinava Muay thai .Desembarcar em solo japonês significava a realização d
- Saturno? - Chamou Lee, estalando os dedos.A lutadora voltou a sua realidade, mas mesmo assim assustada com aquela criatura. Ela andou em direção ao japonês, os dois seguiam subindo as escadas:- Para que dormir em um alojamento, se você tem uma belezinha dessas só para você? - ele saiu andando apontando, os cômodos com euforia. - Veja essa sala! A cozinha, seu quarto... -Gabrielle o seguia. E - ele abriu uma porta de vidro. - Sua academia particular.- Uau! - disse Gabrielle, boquiaberta.- Se você perder não vai ser por falta de treinamento.- Isso tudo é para mim? - Gabrielle se mantinha hipnotizada.
Até chegar na tal festa, Gabrielle ignorava o fato dos japoneses serem tão baladeiros. Um som de música eletrônica agitava o ambiente. Haviam mulheres dançando em gaiolas, todas cobertas de uma tinta dourada.Já outras pessoas dançavam com os seus parceiros. Era engraçado para a lutadora observar que ela imaginava que os japonêses eram um tanto duros para dançar, porém aquela festa mostrava totalmente o contrário :- E então? O que está achando? - perguntou Lee ao lado dela.- Quer sinceridade?- Claro...- Eu preferia estar dormindo.- E
Gabrielle conseguiu atravessar a rua, devido ao um senhor gentil que parou o carro para ela passar. A lutadora correu até a japonesa, e ao chegar perto do corpo ela agachou ajudando a mulher se sentar:- Meu Deus, você está bem? Quer que eu te leve pro hospital?- Eu estou bem - respondeu a japonesa, com dificuldade. Ela cuspira sangue ao lado.Gabrielle analisava os ferimentos dela. O lábio sangrava do lado direito, havia alguns roxos em seus braços, e um vermelhidão em sua bochecha:- Deixa eu te ajudar, pelo menos. Eu te levo para a sua casa.- Não! Para a minha casa não.- Então eu te levo para a minha. Precisamos limpar essas feridas e fazer alguns curativos. - dizendo isso firmemente, Gabrielle amparou a japonesa a ficar em pé.Enquanto a lutadora a sustentava pelo quadril, a japonesa mantinha o braço em torno do pescoço dela e elas foram caminhan
Era a primeira vez que ficava tão próxima de um corpo feminino que não fosse o seu próprio. Aquele era o patamar mais alto que conseguira atingir. Gabrielle só havia visto outras mulheres nuas quando tomava banho com as companheiras de luta nos vestiários das academias de treinamento. Não por falta de interesse do outro lado, muito pelo contrário, Gabrielle era o sonho de muitas garotas a quais esbarrou ao longo de sua vida.Ela arrancava suspiros por onde passava. Porém, seu foco sempre fora os ringues e nada além disso. Sim, era difícil de acreditar mas Gabrielle Saturno era virgem aos dezoito anos.No chuveiro ela evitava os olhares de desejo e fingia que nada estava acontecendo. Não dava muita bola para aquilo tudo. Porém, a tendência homossexual ficava guardada a sete chaves no fundo do oceano.A lutadora não gostava de rapazes, mas também tinha ve