Do shopping, eles partem para o estúdio.
Os profissionais já estão apostos, esperando pela dupla. Três jornalistas da revista, estão no meio deles. Olham com cara de que: "Não estamos por suas contas." Lee finge não perceber e procura um lugar para sentar, onde poderia observar tudo bem de perto.Primeiro, Gabrielle é preparada para a sessão de fotos. Fazem um penteado típico de lutadoras nela, e dá algumas roupas de ginástica, além do uniforme de Muay Thai, e luvas.
Ela fica completamente travada no início.
Os fotógrafos pedem para que relaxe e aja normalmente.Saturno bem que tenta, mas as primeiras cinquenta fotos saem péssimas.
Dois uísques sem gelo. - Gabrielle lançou um olhar apelativo para Issa. Não imaginava que ele investisse algo tão forte, e quente. Aproveitou para olhar para a moça que saiu à passos concentrados para o bar que ficava logo atrás de onde estavam. - O que foi? Nunca viu uma mulher bonita? - questionou com ar sarcástico. - Não é isso.... Ela não é japonesa, é? - Não. Tem cara de indiana. Mas, o que isto importa? - Que lugar é esse, Issa? Tráfico humano, é sério? Issa abriu um leve sorriso maltrapilho : - De mulheres pra ser mais exato. Se alguém quiser uma noite com uma delas, abrindo os bolsos terá... - Isto é asqueroso! - Gabrielle esbravejou. - As pessoas acham o que procuram.... Se elas estão aqui, é porque seguiram o caminho, o fato; é que nem todo atalho é seguro. - Piscou irônico. Gabrielle girou os olhos indignada. Óbvio que aquelas moças foram arrancadas de seus países de origem, il
Quanto vale a sua vida Saturno? - Impôs a reflexão.Gabrielle se calou por intensos segundos, até que se decidiu: - Talvez, mais que isso...- Pois então... A minha nem bilhões paga. - Fuzil ou a jovem. - Ainda é pouco. - Concluiu, se ajeitando no assento com orgulho de si mesmo.- Tem razão. Em que se baseia essa união?- Creio que isso vai além de uma simples união, ou compromisso. Estamos falando de interesses mútuos. Ou seja, pra mim não passa de um negócio lucrativo. Como disse; todos saem ganhando de acordo com a meta de cada um.Gabrielle ficou em silêncio. Voltou a aten&ccedi
Entrou no motel, fingiu ler uma revista na recepção e assim que o atendente se distraiu com um cliente correu para o quarto andar sem que ninguém notasse a sua presença.Chegou no quarto 406. Hesitou na porta. Bateria ou entraria de supetão? Que se dane! Forçou a maçaneta e entrou. Não tinha tempo para gestos de gentileza. Por sorte estava destrancada.A mulher e os filhos se assustaram com a presença desconhecida ali, arrombando seu dormitório.A matriarca abraçou os filhos para guarda-los em seus braços.- Quem é você?- Fiquem calmos! Não vou machuca-los. Vim ajudar. - Justifico
Algumas horas antes:- Ela está ali! - Disse um dos homens. Os dois estacionaram o carro e correram para alcançar Gabrielle. Ela olhava para um carro que saia depressa quando um dos homens a apunhalou com a arma em sua nuca. Gabrielle caiu zonza ao chão, quando de relance viu um dos homens a apontando a arma. Em câmera lenta ela o viu puxando o o gatilho quando um som extremamente alto tomou conta do momento. Gabrielle sentiu seus ouvidos doerem pelo agudo forte do estrondo.Somente viu a bala ricochetar na espada de um ser estranho que apareceu magicamente a sua frente. Era uma mulher com os olhos e os cabelos totalmente brancos. O que causou uma certa estranheza em Gabrielle, pois a mesma podia jurar que já tinha conhecido aquela mulher antes.A lutadora assistiu a mulher lutar com os homens, jurou até que em certo momento viu a mesma usando algum tipo de magia. Os socos e chutes que usava contra os tiranos era deveras
A voz suave da aeromoça despertou Gabrielle para a sua nova realidade. Ela espreguiçou; se remexendo na poltrona, depois passou as mãos pela face, e esfregou os olhos para só então abrir as pálpebras completamente.Seus músculos; tensos e doloridos, pareciam que tinham sidos esmagados por um moedor de carne. Terrivelmente moídos. Aquela foi a viagem mais longa de seus intensos dezoito anos de existência. No início, a ansiedade a impediu de adormecer, mas com o passar daquelas maçantes horas, foi vencida pelo cansaço e a extensa playlist foi sua companhia dentro do avião. Seu gosto pela musica era um tanto questionável, visto que a jovem lutadora apreciava os delirantes toques da música eletrônica. Aquelas que combinavam bem quando ela resolvia socar a parede enquanto treinava Muay thai .Desembarcar em solo japonês significava a realização d
- Saturno? - Chamou Lee, estalando os dedos.A lutadora voltou a sua realidade, mas mesmo assim assustada com aquela criatura. Ela andou em direção ao japonês, os dois seguiam subindo as escadas:- Para que dormir em um alojamento, se você tem uma belezinha dessas só para você? - ele saiu andando apontando, os cômodos com euforia. - Veja essa sala! A cozinha, seu quarto... -Gabrielle o seguia. E - ele abriu uma porta de vidro. - Sua academia particular.- Uau! - disse Gabrielle, boquiaberta.- Se você perder não vai ser por falta de treinamento.- Isso tudo é para mim? - Gabrielle se mantinha hipnotizada.
Até chegar na tal festa, Gabrielle ignorava o fato dos japoneses serem tão baladeiros. Um som de música eletrônica agitava o ambiente. Haviam mulheres dançando em gaiolas, todas cobertas de uma tinta dourada.Já outras pessoas dançavam com os seus parceiros. Era engraçado para a lutadora observar que ela imaginava que os japonêses eram um tanto duros para dançar, porém aquela festa mostrava totalmente o contrário :- E então? O que está achando? - perguntou Lee ao lado dela.- Quer sinceridade?- Claro...- Eu preferia estar dormindo.- E
Gabrielle conseguiu atravessar a rua, devido ao um senhor gentil que parou o carro para ela passar. A lutadora correu até a japonesa, e ao chegar perto do corpo ela agachou ajudando a mulher se sentar:- Meu Deus, você está bem? Quer que eu te leve pro hospital?- Eu estou bem - respondeu a japonesa, com dificuldade. Ela cuspira sangue ao lado.Gabrielle analisava os ferimentos dela. O lábio sangrava do lado direito, havia alguns roxos em seus braços, e um vermelhidão em sua bochecha:- Deixa eu te ajudar, pelo menos. Eu te levo para a sua casa.- Não! Para a minha casa não.- Então eu te levo para a minha. Precisamos limpar essas feridas e fazer alguns curativos. - dizendo isso firmemente, Gabrielle amparou a japonesa a ficar em pé.Enquanto a lutadora a sustentava pelo quadril, a japonesa mantinha o braço em torno do pescoço dela e elas foram caminhan