CAPÍTULO 21 Augusto Petrov A Camila anda estranha demais depois do casamento. Não parece ser a mesma pessoa, e tem me dado muitos problemas. Depois que consumamos o casamento, ela ficou oferecida, e não gosto dela assim, preferia aquela moça recatada que fugia de mim, pois me dava mais tesão, do que essa versão safada dela, achei que isso não fosse acontecer. Tudo isso tem me deixado com um ciúme louco por ela, e anda difícil de controlar. Não gosto nem de imaginar nada de maldade, que o meu sangue ferve, e perco o controle de tudo. Saí do escritório e fiquei tentado a usar a droga nova que eu trouxe do Paraguai. Escondi um pouco na minha sala, e acabei usando antes de ir embora. Eu ainda não conhecia os efeitos dela, pois dessa eu nunca usei, mas senti que fiquei irritado, e com uma vontade de fazer sexo absurda. Não via a hora de ir para casa e ficar com a minha mulher, hoje combinamos de ver um filme juntos. Mas, ao entrar em casa, a minha mãe veio mostr
Larissa Fernandez Me senti incomodada com o seu toque, mas precisei aguentar, não quero confusão, não agora! Ele tentou me beijar, mas eu não consegui, e virei o rosto. A cara dele não ficou brava e estranhei, achei que surtaria. — Voltou a ficar envergonhada, Cami? Adoro aquele seu jeito! Acho que até prefiro! Você solta demais eu não gosto muito, gosto da sua simplicidade, timidez... sei lá! Estranhei você depois que casamos, e isso está mexendo comigo. — falou enquanto mexia no meu cabelo. — Você prefere que eu seja como antes? — perguntei receosa. — Sim! Não precisa mudar porquê casamos, pode ser como antes! Eu amo o seu jeito de ser, meiga, tímida, delicada... Ele foi falando, e agora comecei a entender algumas coisas... o Augusto ama a Camila, e não eu! Ele ama a personalidade dela, e não a minha! Eu não vou viver em paz, pois ele não quer a Larissa, sim a Camila... Para a minha irmã, ela vivia um sonho encantado ao lado dele, pois pra ela ele é d
Larissa Fernandez Parece que tudo voltou ao normal, e eu e o Augusto estamos bem de novo, mas quanto à mãe dele eu nunca mais dirigi a palavra, aquela velha nojenta, naja perigosa, nem merece isso. Hoje o Augusto saiu para trabalhar, e eu vou na sorveteria, precisamos mostrar o local para um possível comprador que ligou para o Augusto agendando horário, e eu vou antes para limpar, e melhorar a venda. Fui com o motorista, pois o Augusto pediu para não andar sozinha na rua. Cheguei no lugar, e fui organizando e limpando conforme dava, estava bem empoeirado, já faz tempo que ninguém vem aqui, então preciso deixar bem limpo. Abri o ambiente para arejar, e tirar o cheiro de mofo que estava começando a cheirar. Mas fui surpreendida ao ver o Hélio na minha frente, e quase enfartei paralisada. — Meu Deus, Hélio vá embora! O que faz aqui? O Augusto vai matar nós dois! Aquele dia da ligação ele... aí! Vai embora, por favor! — comecei a implorar. — Não me diga que o filho d
Larissa Fernandez — Pode passar na casa da minha mãe? — perguntei ao Augusto. — Tudo bem! — era bem perto, então já estávamos chegando. — Sinto falta da época que eu buzinava para você abrir a porta dessa sala pra mim! — falou ele. — Bom... eu nunca mais recebi flores, também! — reclamei. — Vou trazer! Prometo! — falou me dando um selinho. Eu desci do carro, e fui para a casa da minha mãe, mas o Augusto chamou: — Querida, eu vou precisar dar uma saída, pode me esperar aqui? — perguntou. — Tudo bem! — se aproximou de mim e me deu um beijo casto. Entrei na casa, e a minha mãe veio me ver. — Olha, que milagre! Dois dias seguidos, veio ver a mãe! — me abraçou. — Não! Ontem eu não vim! — respondi. — Claro que veio! Estava diferente ontem, com aquele vestido curto, que não sei como o Augusto não reclama! — Vestido curto? — questionei. — Sim! — Vermelho? — É! O que foi filha? Você está mesmo bem? Parece pálida! Não engravidou já,
Larissa Fernandez Depois dos sustos na casa da minha mãe, tomei uma água, e fiquei ouvindo tudo o que ela falava, mas a minha cabeça estava em outros lugares, e não consegui raciocinar nada. Fui me aproximando dela aos poucos, e encostei na beira da pia aonde ele lavava a louça e então, falei: — Mãe! Não conta nada para o Augusto que eu passei mal, tá? Ele ficaria muito preocupado, e eu não quero deixar ele assim, por nada! — claro que eu tenho medo! Se aconteceu de eu engravidar, ele investigaria, pois quinze dias, seria bem difícil que seja dele. — Como, nada? E, se você estiver com alguma coisa? Pode estar doente, filha! — falou ela, com um olhar preocupado. — Não se preocupe, que se eu passar mal outra vez, eu vou no médico! — negociei. — Tudo bem, então! Mas, não me enrola dona Camila! — disse sorrindo. Ouvimos o som da buzina, e me lembrei da saudade dele que eu fosse abrir a porta, e eu fui para fazer um agrado. E, não é que ele apareceu com flores para mim? E,
Larissa Fernandez — Nossa! — Puxei uma cadeira para me sentar. — então as chances são grandes de ter sido ela, a estar me observando esses dias! Mas, se era... porquê foi embora sem pedir ajuda da minha mãe? Poderia ter contado tudo, e pedir ajuda! Que estranho! — Isso é estranho! Mas posso ver se descubro algo! — o Hélio respondeu. — Quanto quer para esse serviço? Não tenho muito dinheiro ainda! — expliquei. — Não preciso de dinheiro, está tudo bem! — ele afirmou, mas desconfiei... ele deve querer outra coisa. — Eu prefiro pagar em dinheiro, Hélio! Não vou mais trair o Augusto, só fiz isso aquele dia, porque eu havia prometido, mas quero fazer as coisas certas, agora! Estou tentando ser feliz de forma errada, e quero me sentir bem comigo mesma, entende? — falei, e ele puxou uma cadeira para perto de mim, e segurou as minhas mãos. — Larissa! Me desculpe por ter te tratado como tratei, não precisa fazer mais nada comigo por obrigação! Fui um cretino! Eu vou t
Augusto Petrov Eu consegui o perdão da minha mulher, e agora voltamos a ficar bem. Perto da sua mãe ainda a trato melhor, pois faz parte do acordo que eu fiz com o Isaque, então isso tenho que cumprir. Mas, a minha vida nunca está cem por cento, e ao sair para trabalhar pensei que teria mais um dia comum de trabalho, e voltaria para casa no final da tarde, para passar um tempo com a Camila, mas os meus planos mudaram. — Augusto? — falou o meu assistente. — O que foi? — perguntei, e o vi entrando na minha sala, onde eu trabalho com algumas coisas ilegais. — Vim perguntar se não testou a nova substância? Chegou ontem de manhã, parece que aperfeiçoaram, e agora ficou mais top! — ele falou, me despertando a curiosidade. — Não usei! Mas, aonde está? — perguntei. — Tem uma parte aqui, o resto a gente já levou para o galpão, é muito arriscado deixar a mostra! — falou me entregando uma parte. — Ok, vou testar, e depois de digo o que eu achei. — Tá bom! Vou trabal
Augusto — Eu sinto muito patrão! — ele falou, e precisei sair para respirar lá fora. Minha chance de ter um herdeiro acabou de ir pelo ralo, e a minha mulher pode me odiar. Quando respirei melhor, fui procurar o médico para maiores informações, e o primeiro de jaleco branco que eu avistei, o parei. — Eu gostaria de saber notícias da minha esposa, se chama Camila Petrov! — falei. — Ela já está indo para o quarto! Aguarde que o médico já vem falar com o senhor. — Ok! Esperei mais um tempo, até o médico vir. — Familiares de Camila Fernandez? — Perguntou o médico. — Camila Petrov! Ela é a minha esposa, e está casada! — falei bravo. — Ok! Pode entrar para vê-la, ela acabou de fazer uma curetagem, de um embrião com poucas semanas! O senhor viu quem foi que a assaltou, tem alguma informação sobre o ocorrido? — perguntou ele. — Não! Infelizmente eu estava em reunião, e apenas agora, conseguiram contato comigo! — menti. — Ok! Ela terá que cuida