Larissa Fernandez Enfermeiros vieram no quarto, e começaram a me fazer perguntas, então precisei responder sobre o meu estado de saúde, e os procedimentos utilizados, então uma médica quis conversar no particular, e o Augusto teve que sair. Claro que ela queria me perguntar quem me fez isso, e desconfiaram do Augusto, mas como tenho a intenção de ir embora, e não tenho todos os documentos da Camila, e nem como provar por digitais que é ela, também não posso denunciar, então o melhor foi me calar, e juntar todas as minhas energias para sumir da Argentina, ir o mais longe possível do Augusto, e do Don Pablo. A mulher não ficou nada convencida com as informações que eu passei, mas como era a minha palavra contra a dela, ela acatou. O problema é que não consegui me levantar sozinha, e não posso viajar sem me recuperar, e sem contar que tem o meu rosto que deve estar horrível, e ainda não tive coragem de me olhar no espelho, estou me destruindo, e continuar ao lado deste monstr
Larissa Fernandez Agora vi o Augusto sorrir, e nem sei do que, tudo me assusta nele, é um psicopata, um maluco! Demorou umas duas horas, ainda para eu sair do hospital, e fui numa cadeira de rodas, que me emprestaram até eu me recuperar. Precisei aceitar a ajuda daquele cretino, e isso me enchia cada vez mais de ódio. Ele me ajudou entrar no carro, e fomos em total silêncio para casa. Ao chegar, abriu a porta, e me ajudou a descer. Fui para a cadeira de rodas, e encontrei com a naja na sala, que arregalou os olhos ao me ver. — Meu Deus! — colocou as mãos no rosto. — o que aconteceu com você? — perguntou, e eu olhei para o Augusto, que bufou. — Agora não, mãe! — respondeu, e seguiu empurrando a cadeira até o nosso quarto, e foi me dando um arrepio ao entrar, aquele lugar se tornou sombrio para mim. Me ajudou a ir para a cama, e me cobriu, eu não dei uma palavra, e nem ele. Foi tudo muito estranho, e não vejo a hora de estar bem! — Vou sair, agor
Larissa Fernandez Não consigo acreditar que acabei caindo na mesma armadilha da minha irmã, e de nada adiantou eu ter fugido de lá. Quem sabe eu até não estivesse melhor, se tivesse ido com aquele folgado, mas sempre achei que eu teria o direito de escolha, e seria feliz! Aquele velho sempre pensando só nele, nunca se importou com a gente, até a Camila que ele não tinha contato, deu um jeito de vender, é egoísmo demais para uma pessoa só. E, a burra aqui, pensando que a Camila tinha a vida perfeita, o noivo perfeito... mas agora eu sei, que perfeição passava é muito longe da vida dela, e eu acabei me ferrando do mesmo jeito. Voando nos meus receios, tristezas e pensamentos, fui praticamente acordada de um transe, pela naja que ainda estava na minha frente, e balançava o meu ombro: — Ei! Tá tudo bem? Camila! — falava, me despertando para a realidade. — Oi... eu não sabia! Tem certeza do que está falando? — perguntei. — Claro! Mas eu sei que você não pretende continuar
Larissa Fernandez Duas semanas depois Me olhando no espelho, vejo que agora já posso sair na rua, a maquiagem cobre o hematoma do rosto que faltou curar, e as mangas longas, e calças, cobrem o restante. Me sinto melhor, e já consigo andar sozinha, preciso ir com urgência ver a minha mãe, pois ela já não acredita nas minhas mentiras, e já veio aqui na casa algumas vezes e precisei me esconder, sempre dizendo que eu não estava. Ela não é boba, e sabe que tem alguma coisa errada. O pior é a insistência do Hélio, me manda frequentemente mensagem, e preciso estar sempre apagando, sem contar que vai na minha mãe de vez em quando para perguntar de mim, isso pode estragar todos os meus planos. O Augusto não teve mais surtos, graças a Deus, e nem sempre passa a noite em casa, deve estar indo com frequência na boate, mas é melhor assim, o meu nojo por ele só cresceu nesse tempo. Ele não me forçou a ter relações com ele, mas sempre tenta, principalmente me beij
CAPÍTULO 41 Larissa Fernandez Descemos as escadas, e tive bastante dificuldade, ainda tenho muitas dores, e trouxe os remédios para continuar o tratamento em qualquer lugar. Pedi um carro de aplicativo, e veio rápido, mas olhei muito bem pelas ruas antes de ir, para ter certeza que de que o idiota não estava por perto. A minha mãe é sempre muito bem decidida, e estou feliz de não estar sozinha. Entramos no carro e o motorista guardou as malas, e pedi para nos levar na rodoviária, vamos continuar na Argentina, mas vamos para uma cidade bem longe, levaremos nove horas de viagem de ônibus, serão quase setecentos quilômetros de Buenos Aires. Chegamos na rodoviária, e entreguei os meus documentos de Larissa Fernandez, e a minha mãe nem viu. Melhor dificultar um pouquinho a vida do idiota ao me procurar. Embora a minha mãe tenha entregado o seu documento com o nome verdadeiro, mas ainda assim é melhor. Acho que o primeiro lugar que ele irá pesquisar será no aeroport
Augusto Petrov Hoje o dia foi intenso, resolvi muitos problemas e dei corretivo em alguns idiotas que fui encaminhado para “cuidar” do caso. Fiquei psicologicamente esgotado, e agora tudo o que eu preciso é da minha mulher! Fui até a casa da minha sogra, e estranhei, pois, estava tudo fechado, nem o portão estava encostado, como de costume, mas tinha um cadeado gigantesco lá. Parei em frente do sobrado, fiquei olhando, cocei a cabeça... — Ué? Cadê a Camila? — falei comigo mesmo. “Ela deve ter cansado e ido para a casa, pois a mãe dela deve ter precisado sair!“ Pensei. Fui para a minha casa e comecei a procurar, e nada. Avistei a minha mãe, então decidi perguntar logo, né? — Mãe? A Camila já voltou? Não a encontrei aqui, e nem na mãe dela! — perguntei colocando a mão na cintura. — Não, filho! Desde cedo eu não a vejo, acho que não voltou de lá não! — respondeu, e agora comecei a ficar preocupado. Sentei na cadeira da sala de jantar, respirei fundo, e
Augusto Petrov Mais um dia inteiro, e sem notícias dela... Avião me garantiram que ela não foi, pois a mãe não tinha passaporte em dia para isto, e nas rodoviárias ninguém com o nome dela embarcou ontem ou hoje, então faremos buscas pela cidade. Minha cabeça está até quente, de tanto pensar, e tentar descobrir algo sobre ela, e tenho muito mais vontade de usar aquelas drogas agora, mas preciso me controlar para encontrar ela. O meu celular toca, e eu fico em choque quando vejo na tela, o rosto da Camila. A minha mente funciona em câmera lenta, e coloca na estante todas as possibilidades que eu poderia pensar em ter agora, tenho até a impressão de estar sonhando, mas ao continuar ouvindo o som do aparelho celular, saí do transe, e atendi. Ligação onn... — Camila? — perguntei preocupado. — Não... — Camila, aonde você tá? Porquê está me matando deste jeito, eu vou pirar, Camila! — respondi, aflito. — Matar? Você me matou, Augusto! Me matou, e quis me enterrar,
Larissa Fernandez Eu e a minha mãe, ficamos uns dias naquele local, e logo encontramos uma casa para alugar, então nos mudamos para lá. Uma cidade tranquila, poucas pessoas na rua, perfeito para morar, o problema seria escolher o comércio certo, mas logo daríamos um jeito. Eu precisava muito falar com o Augusto, muitas coisas estavam engasgadas na minha garganta, e eu precisava colocar para fora. Eu esperei muito por esse momento, e vai ser agora! Liguei no celular dele, e falei tudo o que eu queria para ele! O coloquei a par da situação e falei tudo o que eu queria falar, e não pude, enquanto estava lá. Eu quero é mais é que ele se foda, se meta a besta de procurar o Don, e ele o mande para o inferno, pois é um demônio, com certeza. Depois de desligar, me senti muito aliviada, e até respirava melhor! Nunca mais quero depender de homem nenhum, quero me virar como posso, e o Augusto eu duvido que venha atrás de mim, ele gosta é da Camila, e nem virá me proc