Larissa Fernandez Duas semanas depois Me olhando no espelho, vejo que agora já posso sair na rua, a maquiagem cobre o hematoma do rosto que faltou curar, e as mangas longas, e calças, cobrem o restante. Me sinto melhor, e já consigo andar sozinha, preciso ir com urgência ver a minha mãe, pois ela já não acredita nas minhas mentiras, e já veio aqui na casa algumas vezes e precisei me esconder, sempre dizendo que eu não estava. Ela não é boba, e sabe que tem alguma coisa errada. O pior é a insistência do Hélio, me manda frequentemente mensagem, e preciso estar sempre apagando, sem contar que vai na minha mãe de vez em quando para perguntar de mim, isso pode estragar todos os meus planos. O Augusto não teve mais surtos, graças a Deus, e nem sempre passa a noite em casa, deve estar indo com frequência na boate, mas é melhor assim, o meu nojo por ele só cresceu nesse tempo. Ele não me forçou a ter relações com ele, mas sempre tenta, principalmente me beij
CAPÍTULO 41 Larissa Fernandez Descemos as escadas, e tive bastante dificuldade, ainda tenho muitas dores, e trouxe os remédios para continuar o tratamento em qualquer lugar. Pedi um carro de aplicativo, e veio rápido, mas olhei muito bem pelas ruas antes de ir, para ter certeza que de que o idiota não estava por perto. A minha mãe é sempre muito bem decidida, e estou feliz de não estar sozinha. Entramos no carro e o motorista guardou as malas, e pedi para nos levar na rodoviária, vamos continuar na Argentina, mas vamos para uma cidade bem longe, levaremos nove horas de viagem de ônibus, serão quase setecentos quilômetros de Buenos Aires. Chegamos na rodoviária, e entreguei os meus documentos de Larissa Fernandez, e a minha mãe nem viu. Melhor dificultar um pouquinho a vida do idiota ao me procurar. Embora a minha mãe tenha entregado o seu documento com o nome verdadeiro, mas ainda assim é melhor. Acho que o primeiro lugar que ele irá pesquisar será no aeroport
Augusto Petrov Hoje o dia foi intenso, resolvi muitos problemas e dei corretivo em alguns idiotas que fui encaminhado para “cuidar” do caso. Fiquei psicologicamente esgotado, e agora tudo o que eu preciso é da minha mulher! Fui até a casa da minha sogra, e estranhei, pois, estava tudo fechado, nem o portão estava encostado, como de costume, mas tinha um cadeado gigantesco lá. Parei em frente do sobrado, fiquei olhando, cocei a cabeça... — Ué? Cadê a Camila? — falei comigo mesmo. “Ela deve ter cansado e ido para a casa, pois a mãe dela deve ter precisado sair!“ Pensei. Fui para a minha casa e comecei a procurar, e nada. Avistei a minha mãe, então decidi perguntar logo, né? — Mãe? A Camila já voltou? Não a encontrei aqui, e nem na mãe dela! — perguntei colocando a mão na cintura. — Não, filho! Desde cedo eu não a vejo, acho que não voltou de lá não! — respondeu, e agora comecei a ficar preocupado. Sentei na cadeira da sala de jantar, respirei fundo, e
Augusto Petrov Mais um dia inteiro, e sem notícias dela... Avião me garantiram que ela não foi, pois a mãe não tinha passaporte em dia para isto, e nas rodoviárias ninguém com o nome dela embarcou ontem ou hoje, então faremos buscas pela cidade. Minha cabeça está até quente, de tanto pensar, e tentar descobrir algo sobre ela, e tenho muito mais vontade de usar aquelas drogas agora, mas preciso me controlar para encontrar ela. O meu celular toca, e eu fico em choque quando vejo na tela, o rosto da Camila. A minha mente funciona em câmera lenta, e coloca na estante todas as possibilidades que eu poderia pensar em ter agora, tenho até a impressão de estar sonhando, mas ao continuar ouvindo o som do aparelho celular, saí do transe, e atendi. Ligação onn... — Camila? — perguntei preocupado. — Não... — Camila, aonde você tá? Porquê está me matando deste jeito, eu vou pirar, Camila! — respondi, aflito. — Matar? Você me matou, Augusto! Me matou, e quis me enterrar,
Larissa Fernandez Eu e a minha mãe, ficamos uns dias naquele local, e logo encontramos uma casa para alugar, então nos mudamos para lá. Uma cidade tranquila, poucas pessoas na rua, perfeito para morar, o problema seria escolher o comércio certo, mas logo daríamos um jeito. Eu precisava muito falar com o Augusto, muitas coisas estavam engasgadas na minha garganta, e eu precisava colocar para fora. Eu esperei muito por esse momento, e vai ser agora! Liguei no celular dele, e falei tudo o que eu queria para ele! O coloquei a par da situação e falei tudo o que eu queria falar, e não pude, enquanto estava lá. Eu quero é mais é que ele se foda, se meta a besta de procurar o Don, e ele o mande para o inferno, pois é um demônio, com certeza. Depois de desligar, me senti muito aliviada, e até respirava melhor! Nunca mais quero depender de homem nenhum, quero me virar como posso, e o Augusto eu duvido que venha atrás de mim, ele gosta é da Camila, e nem virá me proc
Augusto Petrov Não acredito que as coisas ficaram assim! Acho que não tem mais jeito, e preciso pensar num plano “B”. Organizei o plano perfeito, esperei o melhor momento para invadir, estava tudo certo mas o principal, deu errado! A Camila mudou muito! Não é mais a moça doce, e boba que acreditava em tudo o que eu falava, e agora está com muitas dúvidas. Don Pablo deve ter colocado muitas mentiras na cabeça dela, e por isso, não acredita mais em mim, e não quis me acompanhar! Perdi a minha paciência com ela! Se não vai ser minha, também não será do Don, esse é o meu lema! O filho da mãe tentou me matar, mas a esta hora, nem sei se ainda está vivo, e tomara que já tenha ido para o inferno, que é o seu lugar. Depois que confirmarem a sua morte, vou voltar lá, e levar a minha mulher comigo, e ela que se comporte, pois pelo visto, está ficando igual a sua irmã sem vergonha! Eu mesmo tirei a bala do meu braço, e enquanto as coisas esfriam aqui, eu v
CAPÍTULO 49 Larissa Fernandez — O que aconteceu aqui? — Don Pablo perguntou, com o mesmo jeito autoritário da primeira vez que o vi. — Eu estou vigiando a Larissa, e foi por pouco que esse infeliz não as machucou, cheguei bem na hora! Agora o prendi, pois ele trafica, então vou procurar pelo carro dele, pois deve ter drogas lá, e vou deixar aqui com ele. Denunciarei para a polícia, e ele vai preso, e com o tiro no joelho, nunca mais voltará a andar! — respondeu o Hélio, e eu mal conseguia falar. — Precisamos tirar elas daqui! Vão todas para a Itália, comigo! — ordenou o Don, e tive medo. — Larissa! Não quer vir comigo? Sei que já te chamei muitas vezes... — Hélio falou, mas o Don o cortou. — Agora não temos tempo pra isso! Vamos todos para a Itália, e depois veremos! Precisamos sair daqui. — Ok, eu te ajudo! — respondeu o Hélio e vi a minha mãe acordar, e fiquei sem saída, e precisarei me decidir. — Camila, minha filha! Que estranho... pense
Larissa Fernandez Quando chegamos na grande casa do Don e agora da minha irmã Camila, me senti bastante deslocada. Eu vejo que o tempo está passando e eu estou ficando cada vez pior, e mais machucada. Aqui não é o meu lugar, mas qual seria? Eu não tenho nenhuma das respostas para as minhas perguntas, e tenho muito medo. Sou uma uma mulher quebrada, e nem mesmo confio em mim mesma, e por mais que exista o Hélio que diz tantas coisas pra mim, eu não consigo sentir o mesmo por ele, e talvez nunca sinta... estou tão confusa! Me sinto envergonhada de tudo o que eu fiz, e estou me esforçando para me sentir bem, mas a verdade é que nem tenho coragem de olhar nos olhos das pessoas, principalmente a Camila. Quando elas entraram nos quartos, fiquei parada na sala, e me assustei com a voz do Don Pablo, que para mim sempre foi seca e arrogante. — Olha aqui garota! Vou falar só uma vez, e espero que você realmente entenda! Eu amo a Camila, e vo