Augusto Petrov Não acredito que as coisas ficaram assim! Acho que não tem mais jeito, e preciso pensar num plano “B”. Organizei o plano perfeito, esperei o melhor momento para invadir, estava tudo certo mas o principal, deu errado! A Camila mudou muito! Não é mais a moça doce, e boba que acreditava em tudo o que eu falava, e agora está com muitas dúvidas. Don Pablo deve ter colocado muitas mentiras na cabeça dela, e por isso, não acredita mais em mim, e não quis me acompanhar! Perdi a minha paciência com ela! Se não vai ser minha, também não será do Don, esse é o meu lema! O filho da mãe tentou me matar, mas a esta hora, nem sei se ainda está vivo, e tomara que já tenha ido para o inferno, que é o seu lugar. Depois que confirmarem a sua morte, vou voltar lá, e levar a minha mulher comigo, e ela que se comporte, pois pelo visto, está ficando igual a sua irmã sem vergonha! Eu mesmo tirei a bala do meu braço, e enquanto as coisas esfriam aqui, eu v
CAPÍTULO 49 Larissa Fernandez — O que aconteceu aqui? — Don Pablo perguntou, com o mesmo jeito autoritário da primeira vez que o vi. — Eu estou vigiando a Larissa, e foi por pouco que esse infeliz não as machucou, cheguei bem na hora! Agora o prendi, pois ele trafica, então vou procurar pelo carro dele, pois deve ter drogas lá, e vou deixar aqui com ele. Denunciarei para a polícia, e ele vai preso, e com o tiro no joelho, nunca mais voltará a andar! — respondeu o Hélio, e eu mal conseguia falar. — Precisamos tirar elas daqui! Vão todas para a Itália, comigo! — ordenou o Don, e tive medo. — Larissa! Não quer vir comigo? Sei que já te chamei muitas vezes... — Hélio falou, mas o Don o cortou. — Agora não temos tempo pra isso! Vamos todos para a Itália, e depois veremos! Precisamos sair daqui. — Ok, eu te ajudo! — respondeu o Hélio e vi a minha mãe acordar, e fiquei sem saída, e precisarei me decidir. — Camila, minha filha! Que estranho... pense
Larissa Fernandez Quando chegamos na grande casa do Don e agora da minha irmã Camila, me senti bastante deslocada. Eu vejo que o tempo está passando e eu estou ficando cada vez pior, e mais machucada. Aqui não é o meu lugar, mas qual seria? Eu não tenho nenhuma das respostas para as minhas perguntas, e tenho muito medo. Sou uma uma mulher quebrada, e nem mesmo confio em mim mesma, e por mais que exista o Hélio que diz tantas coisas pra mim, eu não consigo sentir o mesmo por ele, e talvez nunca sinta... estou tão confusa! Me sinto envergonhada de tudo o que eu fiz, e estou me esforçando para me sentir bem, mas a verdade é que nem tenho coragem de olhar nos olhos das pessoas, principalmente a Camila. Quando elas entraram nos quartos, fiquei parada na sala, e me assustei com a voz do Don Pablo, que para mim sempre foi seca e arrogante. — Olha aqui garota! Vou falar só uma vez, e espero que você realmente entenda! Eu amo a Camila, e vo
Larissa Fernandez Um mês se passou desde que estou em Roma, na Itália, eu gostei daqui é um lugar tranquilo para se morar e tem estado muito melhor longe daquele traste do Augusto, já estou acostumada com a presença do Don, e amo estar com a minha irmã e com a minha mãe aqui. Eu nunca imaginei que me daria tão bem com a Camila, hoje vejo como fui burra ao armar aquele plano. Tenho conversado com o Hélio constantemente, e tem sido muito divertido, combinei com ele de ir passear uns dias na Argentina, agora que o Augusto está preso não tem motivos para evitar o país. Nunca foi tão divertido esse negócio de mandar mensagens, mas essa semana percebi que ele diminuiu muito, e então perguntei: Enviando mensagem... —”Hélio... está acontecendo alguma coisa?Notei você meio ausente...“ Hélio digitando... —”Eu conheci uma moça, e ela tem me ligado bastante, disse que quer me conhecer... eu a trato com respeito, nos vimos duas vezes, mas apenas conversamos...“
CAPÍTULO 55 Augusto Petrov Chegamos em casa, e me deu uma raiva enorme, em saber que a escolhi para viver feliz com a Camila, e tudo foi jogado pelos ares! Entrar naquele quarto, e saber que a mulher que estava ali, era apenas a cópia da minha Cami, e uma cópia completamente falsificada, as lembranças mexeram comigo... Me lembrei de quando a conheci, o trabalho que me deu conquistar ela, os nossos momentos bons... e pensar que nem foi com ela que eu me casei! Um casamento tão planejado, e ela nem foi... Isso me deixa com ainda mais raiva da Larissa, e a sede de me vingar dela, só aumenta. Peguei o meu carro, que a minha mãe trouxe do local aonde eu fui preso, e fui parar no escritório, pois, eu precisava de uma droga daquelas. Não tenho boas experiências com ela, mas eu precisava muito usar, e não me aguentei. Saí de lá, e na volta passei pela rua da antiga casa da minha sogra, e me lembrei que o Don havia levado elas para Roma, mas parei o carro com uma cer
Larissa Fernandez Uma semana depois... Demorei uns dois dias para me recuperar do ocorrido. O Hélio tem sido muito bacana comigo, e me ajudado bastante, inclusive a entender eu mesma, algumas coisas que ainda não entendia. Ele é paciente, e divertido, me trazendo experiências boas! Tenho conversado bastante com a minha mãe, e a minha irmã, elas dizem que já se acostumaram comigo, e é pra mim voltar para Roma, mas mesmo sendo liberada pela polícia Argentina, eu estou me sentindo mais em casa aqui com o Hélio, e enquanto esse pensamento existir, não vou sair daqui, principalmente agora que ouvi dizer que a naja da minha ex sogra, voltou para a Rússia com o seu outro filho Mateo. O Hélio tem aberto a sorveteria, e eu gosto de ficar lá com ele, e até ajudo a atender a clientela, que sempre me chamava de Camila, mas de tanto eu explicar, já estão ficando mais acostumados, que somos duas, e não uma! O problema é o custo que estou causando para o Hélio, pois estou acabando com os estoqu
CAPÍTULO 53 Hélio (sobre a morte do Augusto) Eu não permiti que aquele infeliz morresse tão rápido. Assim que voltei lá para cima fiz questão de esfolar a cara dele na parede, e lhe dar uns belos socos, porque pra mim, homem que faz o que ele fez, não pode ser considerado homem. Fui batendo nele, até cair totalmente no chão, então pisei com o sapato na sua garganta, mas ele já estava agonizando, e só esperei a vida dele ir embora, enquanto olhava com satisfação. . . Depois que a Larissa chegou, sinto que minha vida voltou a ter sentido, e mesmo com essa confusão toda desse traste, dois dias depois, tudo começou a melhorar. Estamos convivendo bem, e de vez em quando vejo que o Isaque está rodeando aqui, mas como na maioria das vezes que ele vem, não entra na sorveteria, eu acabo nem contando para a Larissa que ele apareceu, ou ficou olhando de longe, só quero que ela fique em paz. Júlia Estou feliz de conv
Larissa Fernandez (meses depois) Já faz um tempo que eu estou morando na mesma casa que o Hélio. Muitas coisas em nós foram ajustadas, e tiveram momentos e eu quis matá-lo mas conversando a gente conseguiu se entender, e a cada dia vejo que evoluímos em algo. Hoje posso dizer que o amor nem sempre nasce de um dia para o outro. Alguns dizem que sim, e que se apaixonaram à primeira vista, mas no meu caso e do Hélio, não foi assim... nos apaixonamos com as dificuldades, com a parceria, os problemas, e também a vida cotidiana. Eu nem sei qual o status do nosso relacionamento, mas hoje estamos chegando juntos na Itália, pois é o chá revelação da minha irmã, e fizemos questão de estarmos presente. Vamos passar uns dias aqui, o Hélio não deu muitos detalhes, mas me falou que tinha umas coisas para fazer em Roma, e isso levaria pelo menos uma semana. No aeroporto... — Larissa! — Meu Deus! Olha o tamanho dessa barriga... tem cert