Larissa Fernandez Uma semana depois... Demorei uns dois dias para me recuperar do ocorrido. O Hélio tem sido muito bacana comigo, e me ajudado bastante, inclusive a entender eu mesma, algumas coisas que ainda não entendia. Ele é paciente, e divertido, me trazendo experiências boas! Tenho conversado bastante com a minha mãe, e a minha irmã, elas dizem que já se acostumaram comigo, e é pra mim voltar para Roma, mas mesmo sendo liberada pela polícia Argentina, eu estou me sentindo mais em casa aqui com o Hélio, e enquanto esse pensamento existir, não vou sair daqui, principalmente agora que ouvi dizer que a naja da minha ex sogra, voltou para a Rússia com o seu outro filho Mateo. O Hélio tem aberto a sorveteria, e eu gosto de ficar lá com ele, e até ajudo a atender a clientela, que sempre me chamava de Camila, mas de tanto eu explicar, já estão ficando mais acostumados, que somos duas, e não uma! O problema é o custo que estou causando para o Hélio, pois estou acabando com os estoqu
CAPÍTULO 53 Hélio (sobre a morte do Augusto) Eu não permiti que aquele infeliz morresse tão rápido. Assim que voltei lá para cima fiz questão de esfolar a cara dele na parede, e lhe dar uns belos socos, porque pra mim, homem que faz o que ele fez, não pode ser considerado homem. Fui batendo nele, até cair totalmente no chão, então pisei com o sapato na sua garganta, mas ele já estava agonizando, e só esperei a vida dele ir embora, enquanto olhava com satisfação. . . Depois que a Larissa chegou, sinto que minha vida voltou a ter sentido, e mesmo com essa confusão toda desse traste, dois dias depois, tudo começou a melhorar. Estamos convivendo bem, e de vez em quando vejo que o Isaque está rodeando aqui, mas como na maioria das vezes que ele vem, não entra na sorveteria, eu acabo nem contando para a Larissa que ele apareceu, ou ficou olhando de longe, só quero que ela fique em paz. Júlia Estou feliz de conv
Larissa Fernandez (meses depois) Já faz um tempo que eu estou morando na mesma casa que o Hélio. Muitas coisas em nós foram ajustadas, e tiveram momentos e eu quis matá-lo mas conversando a gente conseguiu se entender, e a cada dia vejo que evoluímos em algo. Hoje posso dizer que o amor nem sempre nasce de um dia para o outro. Alguns dizem que sim, e que se apaixonaram à primeira vista, mas no meu caso e do Hélio, não foi assim... nos apaixonamos com as dificuldades, com a parceria, os problemas, e também a vida cotidiana. Eu nem sei qual o status do nosso relacionamento, mas hoje estamos chegando juntos na Itália, pois é o chá revelação da minha irmã, e fizemos questão de estarmos presente. Vamos passar uns dias aqui, o Hélio não deu muitos detalhes, mas me falou que tinha umas coisas para fazer em Roma, e isso levaria pelo menos uma semana. No aeroporto... — Larissa! — Meu Deus! Olha o tamanho dessa barriga... tem cert
Larissa Fernandez Eu fiquei muito ansiosa, andando de um lado para o outro depois que terminei de me arrumar. Coloquei a roupa que ele deixou com a minha mãe e me maqueei, porque provavelmente o lugar em que iremos é bonito. Estranhei quando todos começaram a aparecer na sala junto comigo, estavam com roupas bonitas e chamativas, que a uma meia hora atrás não estavam vestidas. — O que houve? Também vão sair? — perguntei. — O Victor me pediu para sair com ele, dar uma volta! — a minha mãe comentou. — Hum... — E, eu vou sair com o Pablo e a dona Isaura! — Camila falou também, pegando um casaco que a Elizabeth a alcançava. — Entendi... estão lindas! Olhei pela janela e vi dois carros entrando pelo jardim. Assim que o Hélio desceu eu já fui saindo me encaminhando até ele, e a minha irmã e a minha mãe também junto com a dona Isaura. O Hélio me cumprimentou com um beijo e um olhar diferente. — F
CAPÍTULO 57 Julia Foi horrível precisar aguentar o Isaque no chá revelação da Camila, mesmo tentando o evitar de todo o jeito, eu o peguei algumas vezes me olhando, é fingi que não vi, pois não quero arrumar confusão. Quando saí e fui no quarto buscar um casaco, senti algo ruim, e com a má impressão, resolvi me virar no corredor, dando de cara com ele. Olhei para todos os lados e não vi ninguém, me senti com medo outra vez, estava sozinha com aquele verme e não tinha nada para que eu me defendesse dele. — Porque está fugindo de mim, Júlia? — se aproximou querendo me encurralar, mas eu não deixei, e desviei. — Não estou fugindo de ninguém! A verdade é que nem me importa o que você faz, deixa de fazer, o que pensa, nada... viva a tua vida, como vivo a minha! — virei ficando de costas pra ele, e senti o seu braço asqueroso me puxar. — Você mente muito mal, Júlia! Eu sei muito bem que nunca me esqueceu, nunca arrumou ninguém, aposto que sente
CAPÍTULO 58 Larissa Fernandez Agora enfim entendi o motivo do Hélio passar essa semana toda em Roma. Ele está organizando a nossa casa nova e as coisas para o casamento, que inclusive agora eu também o ajudei a organizar. Deixamos o básico tudo em ordem e voltamos para a Argentina resolver as pendências, só fiquei preocupada que aquele velho Isaque ficava o tempo todo rodeando a Camila e de olho na minha mãe, eu o conheço bem e tenho medo do que ele possa estar aprontando algo, certamente ele a quer de novo, já havia me dito algo à respeito disso, mas eu não levei a sério. Na Argentina... — Conseguiu resolver as coisas? — perguntei para o Hélio, que voltava de uma possível negociação da sorveteria. — Sim, vendida! Já tenho dois compradores para o carro, combinei de ir à tarde, você vem comigo? — me deu um beijo e sorriu. — está cheia de pó... — Eu não vou poder ir, acredita que tem um porão aqui, e tinha muita poei
Júlia Foi bom poder aproveitar o fim de semana com as minhas duas filhas juntas, e estou muito empolgada com o fato da Larissa vir morar para cá, enfim poderemos ser uma família agora que aquele verme do Isaque se afastou. Fico feliz que o Hélio esteja sendo uma pessoa boa para ela, mas mesmo assim eu sempre fico de olho porque já passamos por isso duas vezes, eu uma, e ela outra, e não vou permitir que aconteça de novo. . Hoje marquei com o Victor de conhecer um dos lugares abertos aqui da cidade, e já andamos o dia todo e agora que começou a escurecer veio uma chuva bem forte. — Vem! Vamos pra minha casa, é bem perto daqui... — falou ele, me chamando. — Tá! — entrei no carro, e estranhei o fato de acompanhar um homem até a sua casa e ficar sozinha com ele, mas como o Don já me disse que posso confiar nele, eu resolvi ir com ele, eu também não posso me esconder a vida toda, já não sou uma garotinha. Quando entramos ele j
CAPÍTULO 60 Don Pablo Strondda (cenas fortes de tortura) Eu e a minha ragazza estamos cada vez melhor. A vinda do nosso bambino tem nos alegrando ainda mais que antes, é uma alegria que não cabe no peito. Com a vinda de um futuro Don, tenho conversado bastante com a Camila sobre o futuro do pequeno, que certamente será parecido com o nosso, pois na máfia italiana não temos muita escolha, e ele sendo o primogênito certamente assumirá o meu cargo, e tem a possibilidade de precisarmos fazer algum acordo, e ela é bem grande, inclusive! Para não entrarmos em conflitos desnecessários, decidimos deixar isso para resolver depois, afinal a criança ainda nem nasceu, e se passarão muitos anos até que ele chegue na idade certa de assumir o meu legado, então vamos deixar para ver isso quando realmente não tivermos mais escolha, e o tempo houver chegado. . . Estávamos descansando na área do jardim, quando recebi uma ligação do Hélio que