~~CAPÍTULO 16~~
KATHERINEDepois de voltar de sua antiga casa para a cobertura com minhas coisas, eu me tranquei no quarto de hóspedes, verifiquei novamente a mensagem que meu acabara de enviar minutos atrás.Pai: Me ligue assim que puder.Segurei o telefone com força e mordi o lábio inferior ferozmente, disquei em ligar e esperei, meus pensamentos a mil com o que está por vir, eu não pensei nas consequências dos meus atos. Não pensei na minha família, quando fui embora, não pensei na Mona, Mona, moí os dentes meus pensamentos pulsando, não pensei em ninguém.— Você está bem?Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi a voz do meu pai atrás da linha, ele parece aliviado e perturbado em seu tom de voz.— Sim.Silêncio perturbador se instalou nos longos segundos.— O que o senhor sabe sobre o acidente que sofri no passado?— Por que está questionando isso?— Por que todo mundo sabe daPegando a arma da qual despojara o líder, Pablo atirou nele nos joelhos, nos dois, o som da arma alto no celeiro. Eu assisti em silêncio, engolindo os meus nervos, enquanto ele se sentava de bruços na frente do homem que sangrava e inclinava a cabeça para o lado casualmente, com as mãos preguiçosamente sobre os joelhos. — Onde está Doug?Pablo Romano perguntou novamente. O homem chorou de dor, amaldiçoando tudo ao inferno e voltando. — Não sei. Pablo empurrou a arma contra a ferida e o homem gritou tão alto que eu senti-me recuar. — Não sei, eu juro. O homem chorou. — Juro. Só sei que ele visita a sala dos fundos de bich free todos os sábados. Isso é tudo que eu sei. Eu juro. Era sábado. Pablo Romano o considerou por um segundo, depois assentiu, largando a arma ao lado do homem e se levantando. Sem se importar com o mundo, ele caminhou em direção à porta, a alguns passos de onde eu estava escondida, sangue bombeando e
Este jogo era como contar tiros, em vez de contar cartas. Eu era boa no último, mas não fazia ideia do primeiro. Olhando para Pablo, eu percebi pela maneira fácil como ele se sentou que, não era a primeira vez que ele participava de um jogo como esse. Inferno, eu ficaria surpresa se alguém realmente o questionasse. O fato de ele estar lá me disse que ele nunca havia perdido. Eu não queria jogar. Mas eu sabia que não havia melhor momento para obter informações de Pablo. Eu olhei para a arma no meio da mesa, carregada novamente com uma única bala, o coração batendo forte e me balancei. Porra, eu não era uma covarde. Preparando-me, inclinando-me para a frente e segurei a arma na mão, deixando a palma da mão se familiarizar com o peso, e apontou para o homem sentado à minha frente, completamente imóvel. A sala ficou completamente silenciosa tão silenciosa que eu podia ouvir um suspiro. Dizia a me o que eu suspeitava estar correta ninguém puxou a arma contr
Outro. E, de repente, o barulho alto a fez recuar. O meu coração parou. Bem diante de meus olhos se abrirem com uma respiração alta. Os meus dentes rangeram de dor quando o fogo queimou o comprimento de meu braço, as chamas lambendo minha carne enquanto a agonia a queimava. Eu olhei para o sangue encharcando o tecido do vestido, não sobre os seios, onde esperava vê-lo, mas do lado de fora do braço. Eu levei um tiro na parte externa do braço. Bem no local onde o machucado estivera. A bala nem estava em meu braço. Foi apenas um raspão. Ele não me matou. Nem me machucou gravemente. Os meus olhos voaram para ele, para encontrar algo completamente ilegível nos olhos dele, seu olhar pesado e intenso com algo que eu não tinha nome. Eu reconheci a fúria, o ódio, mas havia algo mais, algo tão vivo, algo que eu não reconheci. Ele pulsou entre eles, fazendo-me perceber o quanto ele estava totalmente controlado e, de repente, a represa
~~CAPÍTULO 18~~KATHERINEEu estava sangrando. Uma gota de sangue deslizou por seu braço. Eu virei a cabeça e assisti com um ligeiro fascínio, enquanto a gota rolava sobre a curva do cotovelo, deixando uma nova mancha vermelha sobre a pele. Seus olhos seguiram a gota solitária, que descia suavemente, pelas costas da mão, pelo dedo anelar vazio, até a ponta. Ele pairava na borda precária, oscilando, tremendo no ar condicionado levemente frio, lutando contra a gravidade com toda a minha força para se agarrar à minha pele. Perdeu. A queda perdeu a batalha com uma força que era muito mais forte do que eu própria, uma força que nem sequer entendia e caiu no chão limpo do elevador, respingando em derrota, estragando as linhas brancas e limpas com meu vermelho. Outra gota tomou meu lugar e se juntou à irmã no chão. E outra. Eu olhei para a gota de sangue por um momento e meu braço latejando onde o corte da bala estava aberto, a noite inteira e a consequência finalmente afunda
Essa voz tomou conta de meus sentidos, tão baixa que me fez querer revirar os olhos para dentro de minha cabeça e repentinamente me deitar no balcão. Suas palavras afundaram. Eu endireitei a coluna, o movimento aproximando infinitamente o rosto dele, os nossos corpos pressionados para fechar, eu podia sentir cada entalhe de seu abdômen em seu próprio corpo, sentir o corte dos músculos que ele estava usando para intimidar-me. Olhei para ele, estreitando os olhos, meu sangue esquentando de raiva e excitação. — Você quer me tocar? Eu falei em uma voz igualmente baixa. — Você me diz a verdade. Seu rosto se fechou tão rápido que eu teria perdido em um piscar de olhos. Toda a raiva, tudo de tudo o que esteve em seu rosto? Foi-se. Bem desse jeito. Os olhos dele permaneceram nos meus, o fogo contido, mas não se foi, enquanto os dedos dele se apertaram em minha mandíbula, puxando-me para cima até que eu tive que ficar na ponta dos pés para acomodar. Eu me inclinei, meus lábio
~~CAPÍTULO 19~~KATHERINEEu fui dormir mais tarde naquela noite, depois de cuidar do ferimento, deitei-me em silêncio, tentando entender o que havia acontecido, quando o telefone tocou. Era uma chamada do meu pai, eu olhei para tela por alguns segundos antes de segurar o telefone e clicar para atender. — Pai.Respirando fundo, incerta do que iria ouvir em seguida, apertando os olhos, eu aguardei esperando ouvir notícias ruim. — Antes de casar com o Francesco, você estava comprometida com Pablo Romano, ele esperou que realizasse todos os seus desejos, incluindo a faculdade para oficializar a união, ele esperou muito, longos anos.A minha respiração ficou presa. Com as mãos trêmulas, eu cliquei no ícone em desligar e descobri por que ele estava sangrando. Eu não conseguia parar de tremer. Algo me moveu dentro de me novamente, mudou, foi substituído, despertado e amortecido. Turbulência enrolou em minha barriga como uma fera faminta salivando por comida. Eu fechei a porta
O ar pesado entre nós, como se tivesse sido irritado demais, esfregou cru e tinha inchado de dor. Fechei a distância entre nós com as pernas trêmulas, até que eu fiquei ao lado dele, e olhei para o rosto dele, colocando uma mão no queixo desalinhado como ele segurou o meu apenas momentos atrás. Ele virou o rosto para me, uma lousa limpa de toda expressão, os olhos vazios, mortos, apenas olhando para mim. — É por isso que você me odeia, não é? Eu sussurrei no ar entre nós, minha voz tremendo levemente. — Porque eu me casei com seu melhor amigo.Seus lábios tremeram por uma fração de segundo antes de serem franzidos novamente, um movimento tão minúsculo, tão rápido, tão real que eu teria perdido se não estivesse tão perto dele. Sua mandíbula apertou. Eu soltei o queixo e olhei para baixo. — Como você consegue olhar para mim? Deus, como você pode me deixar ficar aqui quando você me odeia por...— Eu nunca te odiei por isso. Quase um sussurro, mas as palavras me alcançar
~~CAPÍTULO 20~~KATHERINEra um dia nubloso, o céu estava coberto de nuvens negras e luzes que rachavam o céu, aquele dia deveria ser normal como qualquer outro dia comum em uma bela mansão vivendo homens poderosos de ternos. Não. Aquela noite deveria ter sido como outro qualquer, silenciosa e alegre, crianças correndo pelos corredores enquanto almejavam alcançar um ao outro para que a brincadeira ficasse mais divertida.Katherine, que não aguentava mais correr e seguir os meninos pelos cantos da casa, freia seus pés descalços segurando uma parede com uma mão enquanto enchia de ar seus pequenos pulmões, bolas, ela precisava de mais ar para desacelerar os batimentos do seu coração.— Kati?Questionou feroz o menino dos cabelos negros e olhos azuis de paraíso, seus olhos se voltaram para atrás, notando que sua melhor amiga estava fora do seu alcance ocular. Recuando em passos apressados, ele a encontrou apoiada na parede com a mão no coração.— Kati?Ele questionou novamente, sem