Lucine encarava Aram perplexa.— Você só pode estar brincando!Ela disse, entre chocada e divertida.— Não estou! Obviamente eu não posso te manter aqui contra a sua vontade, mas se você for embora agora, saiba que estará condenando a todos aqui, a guerra irá reiniciar e dessa vez será muito mais sangrenta, espero que você consiga conviver com isso. A única forma disso não acontecer é se todos pensarem que o casamento vai bem e que estamos providenciando um herdeiro.A sugestão dele a havia pego de surpresa inicialmente, porém ela precisava admitir que ele estava certo, ela não se sentiria bem sendo responsável pelo início da guerra entre Lycans e Lobisomens. A proposta era um pouco absurda, mas totalmente compreensível. Ele amava aquelas pessoas, faria de tudo para protegê-las, até mesmo ter um filho com ela.Lucine ainda não estava certa se queria uma criança, mas dentro de si sabia com certeza que queria estar com ele. Queria experimentar mais daquelas sensações indescritíveis que
Aram achou incrivelmente provocante a forma como Lucine se despiu para ele, mesmo ela demonstrando não ter muita experiência naquilo. Na verdade, o fato dela estar parada nua na sua frente agora, apenas aguardando o próximo comando, era o suficiente para que seu pau se mantivesse duro igual a uma rocha. Algum tipo de instinto de Alpha havia aflorado dentro dele e Aram precisou se controlar para não soltar um uivo gutural e primitivo. Seus olhos passearam pelo corpo dela, admirando cada curva. Em um movimento quase involuntário, ele envolveu seu membro com a mão e começou a acariciá-lo. Afinal, não era o que todos queriam, que ele retomasse de vez a posição de comando de um Alfa? Era isso que ele faria a partir de agora, começando pela sua fêmea. Ele não queria apenas possuí-la, queria poder farejar o odor que ela exalava quando estava excitada. Queria sentir ela pronta para recebê-lo, quente e molhada. Queria provocá-la até que ela implorasse para que ele entrasse nela.Com esse pe
Aram e Lucine ficaram por alguns momentos, encarando o teto da cabana exaustos. Depois de um tempo, Aram se levantou nu como estava e foi para o banheiro tomar um banho. Aquilo havia sido incrível, ele pensou enquanto deixava a água escorrer pelo seu corpo.Nunca havia tido tanto prazer com uma fêmea antes, talvez fosse devido à ligação com a Luna. Tudo nela o atraía, o cheiro, maciez da pele. Os beijos eram viciantes, definitivamente não conseguia mais imaginar um mundo onde ele não pudesse beijá-la ou estar com ela. Só de pensar nisso, Aram já ficou duro novamente. Talvez fosse o momento de ir até o quarto convidar sua Luna para se juntar a ele no banho. Havia ainda uma infinidade de coisas que planejava fazer com ela.Quando voltou para o quarto com apenas uma toalha enrolada na cintura, viu que Lucine estava adormecida na cama. Mal havia se movido desde que ele foi para o banheiro, devia mesmo estar exausta. Ele a cobriu, vestiu uma cueca e se deitou ao lado dela. Com certeza ter
Na tarde do dia seguinte, Aram levou Lucine para a floresta para continuar com o treinamento. Lucine tentava se concentrar para transformar-se em lobo, mas por algum motivo naquele dia seu foco estava um pouco disperso. Talvez fossem as lembranças do que eles haviam feito na noite passada. Era sempre um pouco constrangedor encará-lo no dia seguinte, e ela não sabia bem como agir. Ele a havia ensinado a tocá-lo de uma forma que lhe dava prazer, além de ter dado prazer a ela também de várias formas diferentes. Outra vez foram dormir muito tarde, mas nenhum dos dois reclama da privação de sono. Aram foi trabalhar pela manhã e ela cuidou de seus afazeres em casa. Ele havia dito na noite do dia anterior que iriam novamente treinar na floresta, ela não se preocupou, pois julgou que já estava com seus dons bastante evoluídos.— Aram, eu não sei o que está acontecendo, a transformação está sendo mais difícil hoje.Aram esboça um sorriso irônico, afinal ele nem havia começado e seu plano já
Aram demorou mais do que o previsto e quando chegou em casa, Lucine estava na cozinha terminando o jantar. Ele se escorou de braços cruzados no arco que levava à cozinha e ficou a observando.— Ah, você já chegou, acho melhor jantar antes de ir tomar banho. Já está tudo pronto, se demorar vai esfriar.Lucine usava um dos suéteres que ele havia a cedido quando ela ainda não tinha muitas roupas. Aquela foi uma das peças que ela nunca devolveu, obviamente era uma de suas roupas favoritas, pela frequência com que ele a via vestindo. A peça ficava como um vestido nela, indo até quase a altura dos joelhos.Ela estava usando uma meia 7/8 preta grossa com a cara de um gatinho de orelhas rosadas no topo. Havia as comprado com o primeiro dinheiro que ganhou descascando nozes com Ruth e Rosina, um serviço que fazia esporadicamente. Quando ela percebeu a cara que ele fez para a peça na loja, justificou que era algo muito comum e bastante usado nas séries asiáticas que ela assistia.A combinação
O rugido de chamas ardentes e o tumulto da aldeia em pânico preencheram os sentidos de Lucine quando ela acordou abruptamente. O coração dela disparou ao ouvir os gritos desesperados de seus vizinhos ecoando pelas paredes de sua cabana. Ao lado dela, Aram já estava se levantando. Quando foram dormir, após a lição na pia da cozinha, tudo parecia normal, Lucine não entendia o que podia estar acontecendo.Rapidamente, eles se vestiram, Aram se aproximou da janela e espiou para fora. Seus olhos se estreitaram quando ele percebeu a terrível verdade: a aldeia estava sendo atacada! — Acho que estamos sendo atacados! Eu deveria ter previsto, depois dos fatos suspeitos que aconteceram durante o dia.Lucine pousou a mão sobre o braço dele, tentando tranquilizá-lo.— Você não tinha como saber, Alfa. Com passos rápidos, saíram pela porta de sua cabana e foram recebidos por uma cena aterradora. A aldeia estava mergulhada em trevas, com apenas o brilho sinistro das chamas que devoravam os galpões
Ela ainda estava em uma espécie de transe, e não percebeu quando Aram correu em sua direção, e tentava em vão falar com ela e chamar sua atenção. As chamas que já haviam consumido boa parte da aldeia, agora eram o único som que quebrava o silêncio da noite. A aldeia estava em ruínas, mas havia sido defendida graças à força inigualável da Alfa suprema. Lucine parecia destruída, e totalmente fora do ar. Olhou toda a destruição à sua volta, ignorava até mesmo os gritos de Aram. Até que ela de repente pareceu recuperar a razão e olhou ao redor, como se procurasse por algo.— Lucine, Lucine, você esta bem?Perguntava Aram preocupado, todo coberto de sangue. Até que os olhos dela encontraram os dele e ela finalmente falou. — E a Rosina? Você não a viu?Aram ficou mudo, pois não sabia o que dizer, às pessoas que estavam próximas olharam ao redor, como se houvessem se dado conta de procurar por sobreviventes em meio à carnificina que os cercava. Os sobreviventes começaram a vasculhar os esc
Os homens saíram e foram ajudar os demais com os abrigos improvisados, Lucine e Rosina ficaram sentadas no sofá, em silêncio, cada uma digerindo seu inferno particular. — Eu não consigo engolir e nem entender essa maldita guerra, todo esse ódio entre esses clãs. Lucine desabafou meio que para si mesma, pois tinha certeza que Rosina estava novamente em um mundo à parte, longe dali. Mas para sua surpresa, a amiga respondeu depois de um tempo.— Isso é algo mais antigo do que podemos imaginar, e vai além de tudo que achamos ter conhecimento. É um ódio tão antigo quanto os costumes, é o que aprendemos desde criança por aqui. Uma rixa indissolúvel, uma irá que não pode ser acalmada em aplacada por nada e nem ninguém. Eu costumava achar que tudo isso não passava de exagero, mas hoje tive provas de que não é. — Rosina virou lentamente a cabeça para olhar Lucine nos olhos antes de continuar falando. — Quando eu te conheci, pensei que tudo podia ficar bem, que você era um presente para todos