Lucine não dormiu bem naquela noite, sentia ondas de calor e frio cada vez mais fortes. Alguns arrepios e tremores percorriam seu corpo a fazendo ter uma péssima noite de sono. Aram saiu cedo para trabalhar na madeireira, ela acabou dormindo pela manhã e se atrasou um pouco com o almoço. Optou por fazer alguns sanduíches de carne para levar para o almoço dele. A cara dela quando foi até a madeireira denunciava que não estava bem e ele notou.
— Nossa, você está com uma cara péssima, parece que não dormiu nada.— E não dormi. Eu não sei, acho que estou ficando doente, pelo visto vai ser um resfriado daqueles. Isso foi tudo o que eu consegui fazer, acabei dormindo demais pela manhã e me atrasei.Ele pegou a sacola que ela lhe oferecia.— Está ótimo, da proxima vez me avisa que eu mesmo trago algo comigo para comer. Melhor vocêLucine caminhou as quadras que separavam a cabana de Aram da casa de Ruth, refletindo sobre como estava sua vida. Ela estava empolgada com o treinamento, se sentia cada vez mais poderosa e feliz por estar aprendendo a controlar seu poder. Ela e o Alfa estavam em um bom momento, conversavam e às vezes até riam juntos. Se o cio fosse tão intenso como Ruth estava prevendo, isso destruiria todo o avanço entre eles. Lucine não era tão ingênua, sabia que havia algo errado com ela, seu corpo e seus sentidos estavam diferentes. Quando farejou o Szafir, sentiu o cheiro dele extremamente forte e de certa forma atrativo, o que era estranho. Fazia dias que também estava muito consciente da presença de Aram, o cheiro dele estava mais intenso e cada vez que ele se aproximava algo parecia tremer em seu interior. No dia em que treinaram o combate corpo a corpo, ela podia sentir uma energia diferente no ar, uma tensão quase palpável. Ela não costumava se sentir atraída
Lucine voltou a se curvar em sofrimento enquanto Aram tentava lidar com o próprio incômodo. Se ele estava sendo afetado daquela forma pela energia, ele podia ter uma ideia do quanto ela estava ferrada. Pouco a pouco a sensação de dor foi dando espaço a uma necessidade que começava no corpo de Lucine e parecia acabar no corpo de Aram. Ela sentia uma sensação de calor em seu ventre e só desejava sentir dentro de si todo o alívio que aquele macho podia oferecer. Te-lo dentro dela agora já era quase inevitável. Em um gesto quase inconsciente e desajeitado, Lucine se lançou para cima de Aram caindo sentada em seu colo. Ela ainda estava delirante por conta da febre e todas as novas sensações que se apresentavam. Aram percebendo que ela, como ele, precisava muito daquilo, decidiu tomar a frente e se entregar de vez. Ele a puxou e a deitou mais para cima na cama, tentando acomodar o melhor possível sua cabeça nos travesseiros. Ele a despiu da calcinha com cuidado, se livrou rapidamente de
Aram deu sorte de ter conseguido pegar esse turno extra de última hora, não saberia o que fazer se tivesse que ficar em casa tendo que encarar Lucine. A noite anterior havia bagunçado um pouco seus sentimentos. Como esperava que fosse acontecer, Yasmina voltou aos seus pensamentos imediatamente quando acordou com Lucine em seus braços. Ao contrário do que pensava, não se sentiu um traidor, talvez fosse porque estivesse deixando-a ir, finalmente ela poderia descansar em paz. Ele não podia negar a si mesmo que havia feito aquilo não apenas para ajudar Lucine, mas também porque ele quis tê-la. Ele a queria em seus braços, queria que ela fosse sua, queria estar em seu corpo, o cio apenas acelerou o processo e os colocou naquele beco sem saída.Ainda assim a culpa o corroía um pouco, não por Yasmina, mas por Lucine. Ele sempre a havia considerado muito jovem e ingênua, e não sabia dizer ao certo em que momento passou a vê-la como uma mulher. Talvez fosse o tempo que estavam passando jun
Não me olhe assim Lucine, essa é uma vila pequena, em uma cidade pequena. Nosso clã ainda é bastante tradicional, como você pode notar. E independente de qualquer coisa, eu nunca tive nem um namorado, nada que fosse realmente tentador. Rosina se justificou a Lucine, que tratou de deixar claro que compreendia a amiga.— Aqui as coisas são diferentes de como eram no meu clã. Lá todos eram tão liberais…faziam coisas que às vezes me revoltava o estômago. Eu também nunca tive um namorado, estava sempre ocupada demais sendo a mãe dos meus pais, então não tenho muito com o que comparar. Mas eu li alguns livros da esposa do Alfa, em que as mulheres gostavam muito de serem tocadas. Eu não entendia, mas agora eu entendo.Rosina lhe deu um sorriso tímido ao falar.— Bem, então isso é bom não é? Visto que ele é seu marido, é ótimo que você goste quando ele te toca.— Mas não é tão simples, você sabe que nenhum de nós queria realmente esse casamento, e nem achamos que iria durar. Estávamos começ
Aram estava sentado no balcão do bar bebendo sozinho, ele já deveria ter ido embora a umas cinco doses atrás. Na verdade ele sabia que nem deveria ter entrado por aquela porta. Havia prometido a si mesmo que não voltaria a beber, por ela, para poder cuidar dela, como era sua obrigação. Mas agora ela estava a um passo de ir embora e ele não poderia impedi-la. Faltava muito pouco para ela dominar completamente seus poderes, se tornando assim mais poderosa que seu clã inteiro, inclusive mais poderosa que ele próprio. Bebeu o último gole do copo e pediu mais uma dose, talvez o seu destino fosse mesmo o fundo da garrafa.Alguém ocupou a cadeira vazia ao seu lado no bar, era Szafir. Ele sabia que o amigo não era frequentador de bares, por isso seria capaz de apostar que alguém o havia informado que o Alfa da matilha havia novamente se entregue ao alcoolismo.— Que surpresa ver você por aqui, o meu Beta favorito!— Eu poderia dizer o mesmo, estou surpreso em vê-lo outra vez por aqui. Mas nã
Quando Aram chegou na cabana, Lucine estava sentada no sofá com a sala iluminada apenas pela luz da tv. Estava coberta até as orelhas com um edredom, assistindo a um filme. Aram havia bebido várias doses mas sentia-se apenas levemente influenciado pelo álcool. Achou melhor começar a falar de uma vez, antes que perdesse a coragem.— Lucine, eu acho que precisamos conversar.Ele disse, escorado com os braços cruzados no arco da porta que separava a sala da cozinha.Lucine não desviou os olhos da TV mas respondeu depois de alguns instantes. — Você acha? Eu achava isso pela manhã quando eu acordei e você não estava, agora já não tenho certeza.O tom que ela usou fez com que Aram sentisse sua resposta como uma bofetada, ela soava fria e distante.— Eu precisava de um tempo para absorver as coisas.— Eu sei, já que você não tinha trabalho hoje ficou bem óbvio que estava querendo me evitar. Mas não tem problema Aram, eu entendi a mensagem.Ela seguia falando, sem encará-lo. Aquilo o irritou
Lucine encarava Aram perplexa.— Você só pode estar brincando!Ela disse, entre chocada e divertida.— Não estou! Obviamente eu não posso te manter aqui contra a sua vontade, mas se você for embora agora, saiba que estará condenando a todos aqui, a guerra irá reiniciar e dessa vez será muito mais sangrenta, espero que você consiga conviver com isso. A única forma disso não acontecer é se todos pensarem que o casamento vai bem e que estamos providenciando um herdeiro.A sugestão dele a havia pego de surpresa inicialmente, porém ela precisava admitir que ele estava certo, ela não se sentiria bem sendo responsável pelo início da guerra entre Lycans e Lobisomens. A proposta era um pouco absurda, mas totalmente compreensível. Ele amava aquelas pessoas, faria de tudo para protegê-las, até mesmo ter um filho com ela.Lucine ainda não estava certa se queria uma criança, mas dentro de si sabia com certeza que queria estar com ele. Queria experimentar mais daquelas sensações indescritíveis que
Aram achou incrivelmente provocante a forma como Lucine se despiu para ele, mesmo ela demonstrando não ter muita experiência naquilo. Na verdade, o fato dela estar parada nua na sua frente agora, apenas aguardando o próximo comando, era o suficiente para que seu pau se mantivesse duro igual a uma rocha. Algum tipo de instinto de Alpha havia aflorado dentro dele e Aram precisou se controlar para não soltar um uivo gutural e primitivo. Seus olhos passearam pelo corpo dela, admirando cada curva. Em um movimento quase involuntário, ele envolveu seu membro com a mão e começou a acariciá-lo. Afinal, não era o que todos queriam, que ele retomasse de vez a posição de comando de um Alfa? Era isso que ele faria a partir de agora, começando pela sua fêmea. Ele não queria apenas possuí-la, queria poder farejar o odor que ela exalava quando estava excitada. Queria sentir ela pronta para recebê-lo, quente e molhada. Queria provocá-la até que ela implorasse para que ele entrasse nela.Com esse pe