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5° capítulo — O começo de uma história

[Erick]

Quando mostrei a minha barriga e vi que ela ficava mexida com isso. Há! Acho que já sei o que fazer... Fiquei provocando ela quando arrumava o cabelo no espelho. Ela olhava do cabelo para minha barriga alternadamente, enquanto eu segurava para não rir. De repente me empurrou na parede do elevador e… Não faz assim se não eu gamo! Depois me beijou.

Já sei o que fazer daqui pra frente pra ganhar um beijo...

Fomos para o parque, estávamos tomando sorvete e aquele garoto apareceu. Mas que papo é esse desse imbecil? Tive que rir quando ela jogou o sorvete na cabeça dele, ela sempre me surpreende.

Aqueles otários me seguraram e os dois estavam... Brigando? Era sério aquilo? Percebi que era quando vi os dois rolando na grama. Não é possível! Esse garoto deve ter sérios problemas. Me surpreendi quando ele deu um tapa nela. Que isso cara? Esse tapa foi pra valer! Desgraçado! Se me solto, mato ele.

Ela ficou no chão um tempo e logo o imbecil a levantou. Ele não sabe o que é cavalheirismo não? Fiquei para matar quando o vi empurrá-la na árvore. Mas não entendi quando ele levantou o braço para dar outro tapa e não deu. Eu não conseguia ver, ele estava na frente dela, que era pequena e ele um brutamontes!

Vi que os amiguinhos dele estavam distraídos olhando eles também e dei uma cotovelada na cara dos dois, que caíram no chão. Corri em direção a eles e empurrei o idiota, quando vi a Carol cheia de sangue no nariz, não sabia se matava o Wallace ou se ajudava ela.

Ela colocou uma das mãos na cabeça enquanto a outra estava debaixo do nariz segurando o sangue.

— Ele acertou seu nariz? — perguntei a ela que estava de olhos fechados.

— Não.

— O que é isso então?

Ela sabe me deixar louco!

— Não sei. Ai... Minha cabeça está doendo muito.

Filho da mãe! Fiz ela sentar no banco da praça enquanto limpava o sangue com o guardanapo do cara do cachorro quente. Ele deve trazer guardanapos extra, nunca se sabe quando ela vai aparecer na praça.

Ela pegou o papel da minha mão e ficou pressionado contra o nariz e olhou por cima do meu ombro. Eu estava sentado de lado no banco, logo, deveria ter alguém atrás de mim. Me virei e vi o Wallace. Caaara ele não deveria ter vindo aqui...

— O que você quer? — perguntei irritado e levantei, ficando de frente pra ele.

— Só quero saber se ela está bem.

Será que ele é doente?

— Graças a você, não! Agora some daqui porque não sei o quanto consigo me segurar!

Ele me olhou por uns segundos e foi embora. Boa escolha! Voltei a sentar de frente pra ela. Que me olhava tentando segurar um sorriso.

— Minha cabeça está doendo igual aquele dia.

Ai minha nossa! Ela ainda deve estar com aquele treco na cabeça e esse imbecil sacudindo ela. Eu vou ter que tomar uma providência. Vou sim.

— Vamos ao hospital então!

— Não.

— Por que não? — É louca mesmo.

— Pra que? Ele já me deu remédio e não vai fazer nada agora.

— Mas não para de sair sangue daí! — falei nervoso. Daqui a pouco o guardanapo do cara acaba de tanto que ela já o usou hoje.

— Me leva pra casa.

— Nem pensar! Vamos para o hospital.

— Eu não quero ir!

Teimosa! Cheguei perto dela e falei uma coisa em seu ouvido só de brincadeira.

— Acho que mudei de ideia então!

Tive que rir, achei que ela não ia querer...

Levei-a ao hospital, o médico colocou ela deitada na maca e colocou um pano úmido na testa dela e falou para ficar um tempo assim.

— Posso ir agora? — Caramba era a quinta vez que ela perguntava isso para o médico.

— Pode, agora pode!

— Até que enfim! — disse levantando as mãos para o céu. Ela não tem jeito mesmo.

Seguimos para a casa dela agora, chegando lá, Fabrício não estava em casa.

— Agora eu quero o que você prometeu.

Ta bom, ela está me assustando...

[Carol]

Ele é tão cuidadoso comigo, mesmo sabendo que não adianta, porque eu vou sempre me machucar. Isso é meu, se não acontece nada, não sou eu. Adorei ver ele me defendendo, me achei até importante! 

Ah, ir pra hospital pra que? Não vai adiantar nada mesmo. Mas quando ele falou no meu ouvido que eu poderia mexer na barriga dele o quanto eu quisesse. Há vou onde você quiser, amor!

Esperei uma eternidade com uma toalha gelada na testa enquanto sentia gosto de sangue. Ai que nojo! Por isso não queria ir, mas ganhei um super prêmio por isso.

Perturbei o médico até ele me liberar e finalmente ele me deixou ir pra casa. Erick me acompanhou até lá e quando chegamos, já queria o meu prêmio.

Fui em direção a ele e comecei a passar as mãos em sua barriga por baixo da blusa. Olhei para cima e ele estava com uma cara engraçada. Dei uma risadinha e ele sorriu de lado. Cheguei mais perto e o beijei, na hora que cheguei perto, ele já tinha colocado as mãos na minha cintura. Me separei dele e o olhei de novo, sem deixar de acariciar sua barriga. Ele se aproximou e me beijou. Opa! Que isso? Dei liberdade assim? Claro né!

A gente se beijou por um longo período depois que ele veio me beijar. Eu tinha passado minhas mãos para as costas dele e ele estava com uma mão no meu cabelo e a outra na minha cintura, me puxando e deixando nossos corpos coladinhos, logo começou a me conduzir para o sofá e deitou por cima de mim sem parar de me beijar. Quando ele colocou a mão na minha cintura por baixo da blusa, me assustei. Acho melhor intervir! Levantei rápido do sofá e ele caiu de quatro nele. Depois me olhou.

— Já está bom por hoje! Amanhã eu tiro mais uma casquinha...

Ele mordeu o lábio e abaixou a cabeça entre os braços, rindo.

— Vou ter que tomar um banho frio então!

Segurei pra não rir.

— O banheiro é ali — falei apontando para o banheiro e ele riu.

— Você vai me enlouquecer! 

— Quem mandou prometer?

Escutei um barulho na porta e o olhei assustada. Ainda bem que intervi bem na hora.

Fabrício entrou em casa com uma garota. Virei de costas ficando de frente para o Erick e revirei os olhos.  Erick sorriu.

— Não sabia que você ia estar em casa — disse Fabrício. Por isso que tem uma garota aqui com a gente, né?

— Não tem problema, eu saio de novo!  Você não vai ligar né? — Olhei pra ele que tinha cara de não, mas não podia dizer. Hilário!

— Pode ir.

Ri por dentro e olhei para o Erick, que levantou do sofá.

— Aonde você vai?

Já está querendo controlar antes de ter qualquer coisa comigo?

— Não sei, mas o Fabrício precisa de privacidade.

Erick segurou o riso quando eu falei isso, enquanto Fabrício ficou levemente vermelho.

— Sai fora daqui logo Carol!

— Já estou indo, apressadinho! — Me direcionei até a porta e o Erick me seguiu. Parei na frente do Fabrício. — Vê se não deixa calcinhas jogadas pela casa, por favor!

Fabrício me olhou com raiva e eu saí dali rápido para não apanhar.

— Você é louca. — Erick estava chorando de tanto rir.

— Por quê? Ele tem que me respeitar! Se não, vou acordar todo dia com uma calcinha na minha porta? Ele ia gostar se acordasse com cuecas na porta dele? Não ia.

Erick me olhava rindo e de repente ficou sério.

— Que foi?

— Não é nada.

— Então porque está me olhando?

— Não posso admirar? — Soltei uma gargalhada. — Qual a graça?

— Você tem um gosto muito estranho.

Ele me encarou e cruzou os braços.

— Você deveria parar de se crucificar!

— Não estou me crucificando, só acho que tem pessoas mais bonitas do que eu.

— Pois eu acho você perfeita.

— Ta bom... Acho que você que deve ter algo alojado na cabeça.

— Estou são!

— Então precisa de óculos!

— Enxergo muito bem!

— Então é doidinho!

— Sou completamente normal!

— Ahm…

Ele riu.

— Ganhei. 

Isso não é justo! 

— O que você vai fazer agora?

— Bem, não sei.

— Quer ir lá pra casa?

— Ahm... E sua mãe?

— Está no trabalho.

Seria isso seguro?

— Não sei.

— Prometo que não vou fazer nada. Que você não queira é claro...

Arregalei os olhos e ele riu. 

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