[Carol]
Quando eu vi no celular do Fabrício uma mensagem da Sara… Ai que raiva que me deu! Falei tanto para ele não mexer com ela, será difícil entender? Virei o bicho! Peguei o sapato mais alto que eu tenho, que eu não uso é claro e fui atrás dele, que estava saindo para encontrar ela! Quando cheguei ao corredor, joguei o sapato para acertar ele e acertei o Erick. Não sei como ele ainda anda comigo. Gostaria de saber o motivo.
Chamei-o pra ficar comigo em casa. Ainda bem que fiz isso porque começou a chover e eu tenho pavor de trovões.
Estávamos vendo um filme quando a luz resolveu acabar.
— Que ótimo! — falei irritada. Estava começando a escurecer! Sabe-se lá a hora que o Fabrício vai voltar.
— Vou ver se tem luz lá em casa.
Mas como teria? O prédio
[Carol]Wallace me ajudou a levantar. Agradeci e ia embora, mas ele segurou meu braço.— Me solta!— Espera, não quero briga. Quero falar com você.Se quer falar solta meu braço né! Acho que leu meu pensamento porque soltou.— Conversar o quê?— Queria te explicar porque implico tanto com você.— Isso é óbvio! Você me odeia!— Pelo contrário.— Como assim?Ele está me deixando nervosa.— Eu sempre gostei de você, mas não sabia como dizer isso. Brigar foi uma forma de ter um contato. — Eu estava de boca aberta. — Mas depois que o Erick chegou, você nem brigar comigo quis mais. Porque ele não deixava.— Claro né! Onde já se viu um garoto brigar com uma garota?
[Erick]Estava parado no mesmo lugar e senti uma mão no meu ombro. Olhei pra trás e o Edgar e a Sara estavam ali.— O que aconteceu? — ela perguntou chorando vendo a Carol no chão.— Eles estavam brigando e ela saiu correndo...Eu estava chorando e não ligava se estivessem vendo.A ambulância chegou e a socorreu.Eu, Edgar e Sara fomos atrás dela com o carro de Edgar. Fabrício estava na ambulância. Quando chegamos ao hospital, os médicos falaram para esperarmos na sala de espera. Fabrício estava sentado no sofá com as mãos na cabeça chorando muito, me aproximei e sentei do lado dele.— Fabrício...Ele levantou a cabeça e me olhou. Estava bêbado?— O que aconteceu?Ele não respondeu, só abaixou a cabeça de novo.Ficamos
[Carol]Depois que o Erick me abandonou e o Fabrício começou a encher a cara, minha vida virou um verdadeiro inferno! Ele não me deixava sair. Eu estava entrando em depressão! Não queria nem sair da cama mais. Fabrício chegava mamado da rua e vinha descontar suas coisas em mim. Eu tinha que trancar a porta do quarto pra ele parar. Ele estava ficando louco e eu não tinha ninguém pra me ajudar.Os dias que chegava mais bêbado do que nunca, quebrava tudo dentro de casa, não tínhamos mais televisão, micro-ondas, telefone, pratos, copos e nem meu celular ele deixou escapar, estava me vendo louca na minha própria casa e quando ia falar com ele para parar, me machucava. Era muito triste o que estava acontecendo e eu não sabia como ajudá-lo.Um dia desses, ele chegou tão ruim, mais tão ruim que não conseguia ficar em
[Erick]Depois de pegar as coisas na casa dela, voltamos para a minha casa, Carol foi dormir um pouco e eu fiquei jogando vídeo game. Ela deve ter dormido por umas 2 horas. Olhei para a porta do meu quarto e ela estava parada lá, me olhando. E depois veio jogar vídeo game e me ganhou bonito! Que mico!Aquele jeito sapeca dela me encantava, ela pulava igual criança porque me ganhou. Ver ela desse jeito me deixou feliz. A puxei pra sentir ela mais perto de mim e a senti tensa. Do que tinha medo exatamente? Quando me disse que tinha medo que eu enjoasse dela por não “ir até o fim”, fiquei surpreso.— Eu nunca enjoaria de você! — falei olhando nos olhos dela.— Mesmo eu fazendo isso?— Você não é obrigada a fazer nada, Carol. — Ela me olhava um pouco nervosa. — E longe de mim forçar qualquer coisa. Ai
[Erick]Após visitar o Fabrício, estávamos indo para o ponto de ônibus para ir embora para casa. Ela andava na minha frente quieta. Apertei o passo e a segurei pela cintura fazendo-a parar e virar para mim.— Porque a pressa?— Porque eu quero ir embora!— Só isso?— Uhum... — Continuou andando na minha frente e parou quando chegou ao ponto. Parei na frente dela que olhava a rua.— O que foi?Ela respirou fundo. O que eu fiz?— Não é nada.— Fala, Carol! Você está estranha.— Você estava olhando aquela menina. — disse nervosa e me fez rir. Carol cruzou os braços olhando a rua.— Está com ciúme é? — A segurei pela cintura, ela continuou olhando a rua de braços cruzados e não respond
[Erick]Estava pensando na vida deitado na cama quando ela deitou em cima de mim. Nunca pensei que ia gostar tanto de uma pessoa como gosto dela.Começamos a nos beijar. Depois de ver ela só de toalha, não consegui me controlar e coloquei a mão por baixo da roupa dela e me arrependi quando me chamou, pensei que ia brigar feio comigo, mas não e ainda disse que queria continuar depois do médico, fiquei surpreso, mas gostei da ideia!Fomos ao médico e quando voltamos, ela foi beber água e eu troquei de roupa, estava com muito calor. Depois fui para varanda olhar a rua. Ela se aproximou de mim, já disse que ela estava me deixando doido?Carol me levou para dentro do quarto e começou a passar a mão no meu corpo, assim eu não consigo... Depois de acariciar bastante ela, perguntei se queria mesmo isso que a gente estava prestes a fazer. Ela qu
[Carol]Fui para a clínica encontrar o Fabrício. Cheguei lá e falei com um desses homens de branco. Fiquei com medo, claro, mas segui ele até onde o Fabrício estava.Ele veio até mim e me abraçou, me sufocando.— Ai Fabrício!Ele riu e me soltou.— Saiu cedo?— Er... — Sorri falsamente.— O que você fez? — perguntou com as mãos na cintura.— Nada. Só defendi o que é meu!— Como assim? — Cruzou os braços. Estou ferrada mesmo...— É que tinha uma piriguete dando em cima do Erick.— Ahm... — Está batendo o pezinho, está ficando nervoso...— Eu só dei uma bolada na cara dela.— E por que saiu cedo?— Porque levei uma suspensão.— Mas vo
[Carol]Acordei às nove da manhã. Mas por quê? Poderia ter acordado uma da tarde! Não consegui dormir mais e me levantei irritada por isso. Fiquei vendo TV um tempo e depois comecei a olhar as paredes da casa. Já disse que não gosto de ficar sozinha em casa? Que começo a ver as paredes fechando? Ai não! Preciso sair daqui! Levantei apavorada e saí do apartamento, apoiei as mãos na sacada e respirei fundo.— Só posso estar ficando louca! — Com certeza, falando sozinha...— Está falando de que?— Fabrício! — Briguei com ele e olhei para a rua de novo e depois me toquei. — Fabrício! — falei agora surpresa e abracei ele, que riu de mim.— Por que você está sozinha aqui fora?— Porque eu precisei pegar um ar. Você vai dormir em casa?&m