Gelado por todo o corpo mesmo submersa continua a cair como de um penhasco a baixo, sente como por dentro de algo molhado, viscoso, gelado e sujo, muito sujo, continua cair até sentir sua perna esquerda sair por baixo, como se ja estive chegado ao fim, sua perna sente o vento abaixo, sem conseguir respirar continua a se mexer para baixo para libertar, com a outra perna chuta pelo o mesmo rasgo que a outra perna e ao rasgar como uma pele fina desce o resto e só então sentada no chão observa que estava aprofundada em lama, a mesma lama estranha que sonhou, ao olhar para cima nota que a onde estava dentro da lama era uma verdadeira pele, que há veias e se remexia como um orgão vivo, ela sentada ao chão, em volta não há paredes apenas um céu estranho com cores verdes e roxas, ela se vê em uma plataforma no ar, mas nota agora em volta dela que há homens, todos sorriem, fitão-a, confusa e sonol
Após uma leve turbulencia, as aero moças voltaram a circular dentro do avião, o piloto alerta para que todos os passageiros verifiquem os cintos de segurança e observem pelas janelas, o procedimento padrão em viagens aéreas, Ricardo vê sua esposa acordando e observando o resto da paisagem antes que pousassem, ele prefere prestar atenção ao semblante delicado, os cabelos longos, ondulados e escuros como a noite que abraça a abóbada celeste, uma mulher jovem de trinta e dois anos, sempre se veste com roupas confortáveis e elegantes, em seguida ela vira para ele com um sorriso e lhe dizendo enquanto arrumava o cabelo. - Finalmente chegamos, foi muito bom, mas saudades de casa, não é? – E ele responde com convicção. - Com toda certeza meu amor, foi lindo, mas tenho a saudade do cotidiano. Depois que o avião pousou, a longa fila para saída e a dificuldade para pegar as malas na esteira, no colo tinha apenas a bolsa pessoal de braço de Júlia, e acima no bagageiro d
De manhã as crianças vão à escola na hora, enquanto Júlia está se arrumando para o trabalho e Ricardo havia acabado de chegar de uma corrida a pé, estava caminhando direto para o banheiro até que sua esposa chama sua atenção.- Ricardo, pare de moleza e depois desse banho você vai ter que arrumar todas essas malas.- Mas eu não gosto disso! Ninguém ama fazer, olha eu tenho que ir vai tomar banho e faz isso logo.- Ah isso me lembra algo.Ricardo se aproxima do guarda roupa e abre o armário e na parte de cima puxa uma caixa de sapatos, Júlia ao ver ele fazendo isso o diz.- Amor vai mexer com isso agora?- Júlia eu preciso saber se está tudo certo, não finja que não mexe com isso, sabendo cuidar não fica perigoso.- Eu sei meu pai me ensinou tudo, tá bem, mas eu não quero
No outro dia, Julia acorda cedo e ora ajoelhada antes do sol nascer em seu quarto antes de sair para trabalhar, Ricardo se levanta e acorda as crianças para tomarem café, ele diz que ele pode levar as crianças até a escola, ela agradece se despede e sai para o trabalho mais cedo. Ao final do dia, Júlia está chegando em casa depois de um dia quente e cansativo, as nuvens se amontoavam e o vento ficava mais forte e os cabelos negros dela se bagunçam ao vento enquanto saia do carro e caminhava até sua casa, algo desperta sua atenção, a casa está apagada e as janelas fechadas, ao passar pela porta, tudo está apagado menos a lâmpada da escada, ao entrar sente um receio e ela chama.- Amor, acenda as luzes por favor, você sabe que odeio ficar no escuro, espero que não seja uma brincadeira.Ninguém responde, ela então caminha até
Na manhã seguinte o vento do sul passa pela cidade, os fios se bagunçam ao vento e Júlia está organizando as malas de seus filhos, para levá-los a casa de sua mãe, Lucas e Priscila estão comendo na mesa, mas Priscila está comendo demais, ela se aproxima para corrigir.- Minha querida não coma tanto, se lembra?- Ah mãe, hoje eu acordei com tanta fome, só mais um pouco.- Tá bem, mas vai logo, temos que ir rápido.Júlia ao se virar se depara com Ricardo.- Malas? Aonde vão?Julia olha para as crianças e volta a ele dizendo.- Olha não se preocupe, elas irão apenas ficar fora por alguns dias.Ricardo não fica nada contente e sua expressão é de medo.- Lá não será seguro, devemos ficar aqui, comigo eles estarão bem e salvos.Ela avan&ccedi
Júlia acorda com algo viscoso e quente em seu peito, assustada com o que pudesse ser isso, coloca as mãos em cima e estava bem quente e fedia demais, ao tocar em sua filha que estava dormindo com a cabeça em cima dela, estava da mesma forma, suja e sua boca estava o mesmo viscoso e um forte cheiro fétido, antes de ligar a luz, Júlia já sabia que sua filha havia vomitado, e assim com a luz revelando que assim como ela sua filha também encharcada e suja de vômito, estavam as cobertas, tapete e o chão. Júlia estranhava, era uma quantidade grande e de muita comida remoída, a primeira coisa que faz é acordar sua filha, que desperta com medo e dores na barriga, ela explica a Priscila que tinha vomitado em tudo enquanto dormia, diz sua filha que não acordou enquanto fazia isso, Júlia desce as escadas para pegar um balde e uma toalha, enquanto estava limpando o vomito que tinha escorrido ao ch&a
Chegando no consultório, é uma casa a moda antiga com apenas uma placa prateada com os dizeres, Instituto Morais, todo o resto é pintado de branco e detalhes em relevo feito em gesso e com um lago bem na entrada, não há portões apenas a porta, ao entrar é recebida por uma recepcionista.- Pois não, boa tarde! marcou um horário?Desorientada e não conseguindo fixar o olhar para a recepcionista.- Bem, não, mas preciso mesmo falar com a doutora Alessandra!- Desculpe, mas não pode vir sem marcar hora, terei que pedir para marcar uma hora por telefone e assim poderá falar com ela.- Não irei!Julia grita, com a moça, na mesma hora muitos funcionários param e a observam e para diminuir a preocupação dos que envolta a olham.- Desculpe, eu não precisava gritar, mas eu preciso da ajuda dela, ela é
O dia nasce com fortes raios de sol, que entram pela janela e desperta Júlia, ela se levanta espreguiçando, se sente bem melhor, precisava descansar já tinha mais de dois dias sem deitar a cabeça direito, tudo estava sujo o chão e as paredes empoeiradas por tudo o que Ricardo tinha pregado nas paredes, Júlia do sofá se levantou para tomar café, ao terminar conferiu a hora e então notou que seus filhos não tinham descido para comer e grita o nome deles, mas nada é respondido, o medo do que Ricardo poderia ter feito durante a noite.- Aquele desgraçado, por que eu não tranquei a porta do meu quarto.Começa a subir as escadas e primeiramente vai até o seu quarto, e além da bagunça e sujeira, nada e nem ninguém, isso a faz ficar mais assustada e corre para o quarto de sua filha que fica ao lado, empurra a porta e Priscila está enlame
Três dias se passaram, a casa estava mais controlada, Julia ainda estranhava seus filhos terem melhorado derrepente, mas Ricardo não havia voltado para casa ainda, ela aprontava algumas malas para levar seus filhos para a casa de sua mãe, Lucas estava terminando uma tigela de cereais.- Filho, está pronto para ir?- Meu filho, vamos será melhor vocês ficarem por lá, até isso acabar.Ele não muito contente, mas limpa a mesa e aceita.- Ei leve isso no carro para a mamãe.Julia entrega uma mochila cheia de roupas para seu filho e Priscila o ajuda, contrária da decisão de ficar em sua vó a diz enquanto coloca as coisas no carro.- Mãe por que temos que ficar na vovó de novo, aliás estamos querendo achar o papai também.- Filha, encontrar seu pai é meu papel, vocês dois precisam ficar bem, para que assim eu pos