Momentos depois, o médico de Andrew estava prestea chegar, e Andrew, meio desconfortável, perguntou: "Você quer ficar comigo ver o que ele vai dizer?"
Sem pensar, Nora respondeu rapidamente: "Acho melhor não... estou sem nada por baixo dessa roupa, me sinto um pouco desconfortável." Assim que as palavras saíram, ela corou imediatamente, percebendo o que havia acabado de dizer. Andrew, por sua vez, imaginou Nora por baixo do conjunto de moletom, sua mente traindo-o com imagens que ele tentou controlar, mas que o deixaram um pouco excitado. Antes que a situação pudesse se prolongar, a campainha tocou. "Vou subir," Nora disse rapidamente, fugindo da tensão. Andrew foi até a porta, e, após o médico entrar, eles se sentaram para conversar. O médico não perdeu tempo e deu uma bronca em Andrew, preocupado com sua saúde precária. "Você precisa de alguém para cuidar de você, Andrew. Não pode continuar me chamando sempre que desmaiar. Isso é sério." Enquanto o médico estava com Andrew, Nora, tentando se distrair ao apagar as fotos antigas dela com Victor no celular. Cada imagem deletada a fazia sentir que estava se libertando de algo que não fazia mais parte dela. O coração batia um pouco mais forte, como se o peso de suas decisões recentes estivesse começando a se manifestar. Ela largou o celular na cama, tentando ignorar o turbilhão de pensamentos. Andrew entrou no quarto logo depois, batendo suavemente na porta. "Posso entrar?" Nora, sem olhar diretamente para ele, respondeu: "Sim, claro." Ele se aproximou devagar, sentando-se ao lado dela na cama. A proximidade entre eles era palpável, o leve toque de seus braços criando uma tensão que ambos fingiam não sentir. Andrew suspirou, como se estivesse tentando aliviá-la. "O médico quer que eu arrume uma babá," disse, tentando soar casual. "Acredita nisso?" Ela se virou para ele, os olhos mais intensos do que antes. "Eu concordo com ele." Andrew olhou para Nora, intrigado, sentindo algo mais na forma como ela o encarava. "Eu não confio em ninguém... prefiro ficar só." Sua voz soava um pouco mais rouca, talvez por causa da proximidade, talvez pela tensão crescente. Nora inclinou-se levemente para frente, a proximidade dos corpos tornando o ar ao redor deles mais denso. "Mas você confiou em mim. Por que, Senhor Andrew?" Ele passou a mão pelos cabelos, ainda um pouco úmidos, enquanto a olhava diretamente nos olhos, quase como se quisesse entender a profundidade daquela conexão. "Eu senti que podia confiar em você... desde o primeiro momento." Ele deu um leve sorriso. "E você provou isso... me salvando." A respiração de Nora ficou um pouco mais pesada. Ela sabia que algo havia mudado entre eles, algo que ambos tentavam ignorar, mas que estava ficando mais difícil de controlar. "Então eu vou me mudar para cá. Vou cuidar de você." Andrew sentiu o impacto daquelas palavras como um soco, mas também havia algo de excitante na ideia de tê-la ali, tão próxima, tão presente. "Eu não quero ser um fardo para você, Nora," disse, com a voz carregada de uma mistura de vulnerabilidade e desejo. "Logo eu vou morrer." Ela se aproximou ainda mais, o calor de seus corpos quase se tocando. "Você está vivo agora, e é isso que importa. Eu vou cuidar de você até o fim, Andrew." Sua voz tinha um tom firme, mas também suave, quase como uma promessa que ela não podia mais voltar atrás. Andrew a olhou, o desejo pulsando sob a superfície. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo, mas não podia negar o que sentia. As palavras dela ecoavam em sua mente, e por um instante ele esqueceu a doença, a dor, o tempo que restava. Tudo o que ele conseguia focar era o olhar intenso de Nora, a proximidade, o fato de que, ali naquele quarto, com ela ao seu lado, ele ainda se sentia vivo. A tensão entre eles era inegável, e a linha entre o desejo e a responsabilidade estava começando a se desfazer. Nora e Andrew estavam sentados lado a lado, mas o espaço entre eles parecia diminuir a cada segundo, como se o ambiente ao redor conspirasse para uni-los. As mãos deles se tocaram, primeiro de forma casual, quase sem intenção, mas logo perceberam que seus corpos ja estavam virados um para o outro. Seus olhares se cruzaram profundos e carregados de algo mais, algo que ambos tentavam evitar nomear. tensão no ar era palpavel, e antes que pudessem pensar, seus labios se encontraram em um beijo carregado de urgência. As mãos de Nora, quase instintivamente, percorreram pescoço de Andrew, sentindo a pele quente e os músculos tensos sob seus dedos. Era como se todo o controle tivesse sido perdido. Ela o puxou mais para perto, suas mãos deslizando pela nuca dele, enquanto o desejo aumentava com cada segundo que passava. No meio daquela intensidade, Nora quebrou o beijo por um breve instante respirando fundo, seus olhos ainda fixos nos de Andrew. "Eu vim aqui a trabalho," ela murmurou, a voz rouca de desejo e conflito. "Isso é extremamente anti profissional." Andrew, sem tirar os olhos dela, deslizou a mão por debaixo do moletom que ela usava, o calor de seus toques provocando arrepios por todo o corpo de Nora. "Então você esta demitida,"' ele sussurrou contra seus labios, com um sorriso malicioso. "Eu te contrato de novo depois." Um sorriso brincou nos labios de Nora, um misto de rendição e ousadia, "Assim eu concordo," ela respondeu, antes de puxa-lo para outro beijo, ainda mais intenso que o primeiro. A partir daquele momento, as palavras se perderam. O desejo entre eles crescia a cada toque, cada beijo, suas respiraçỗes se misturando enquanto as coisas esquentavam, deixando de lado qualquer pretensão de profissionalismo ou controle. Tudo o que existia naquele instante eram os dois, juntos entregues naquele momento incontrolavel. Mais tarde naquele dia.... O vapor do banho preenchia o ambiente, criando uma atmosfera quente e íntima. Nora, ainda com um sorriso no rosto, sentiu o toque de Andrew em sua pele, quente como a agua que escorria por eles. Ela se virou levemente, deixando que seus olhos encontrassem os dele por um momento, o brilho no olhar de ambos entregando o desejo que ainda os consumia. "Você é impossivel, Andrew," ela sussurrou, seu tom meio brincalhão. Ele respondeu com um sorriso provocador, aproximando-se mais, os corpos quase colados 'Impossivel resistir a você," disse ele, sua voz baixa e rouca, enquanto suas mãos exploravam o corpo de Nora com delicadeza, sentindo a textura molhada da sua pele. Ela riu, um riso leve e suave, inclinando a cabeça para dar-lhe mais espaço no pescoço, onde ele ja havia marcado sua presença com uma mordida suave. O barulho da agua caindo preenchia o silêncio entre eles, mas a eletricidade no ar era palpavel. Andrew se juntou a ela sob o chuveiro, seus movimentos fluindo com uma sintonia natural, como se soubessem exatamente o que o outro queria. Cada toque era mais intenso que o anterior, cada suspiro mais profundo, enquanto o desejo crescia. Nora fechou os olhos, sentindo a combinaçấo de agua e calor enquanto as mãos de Andrew deslizavam pela sua cintura, puxando-a mais perto.A luz suave da manhã iluminava o quarto quando Nora acordou. O silêncio era tranquilo, e ela se virou lentamente, vendo Andrew ainda dormindo ao seu lado. Um sorriso involuntário apareceu em seus lábios ao observar os traços relaxados dele. Com cuidado, ela passou os dedos pelos cabelos dele, acariciando suavemente, e inclinou-se para dar um beijo carinhoso na sua cabeça. Andrew suspirou levemente, mas continuou dormindo. Levantando-se, Nora pegou uma das camisas de Andrew jogadas na cadeira e a vestiu, a camisa larga caindo até a metade das suas coxas. Ela saiu do quarto silenciosamente, descendo as escadas e indo direto para a cozinha. Lá, começou a preparar o café da manhã. Cortou algumas frutas frescas e fez um ovo mexido. O aroma do café recém-passado logo se espalhou pela casa, criando uma atmosfera acolhedora. Andrew, ainda no quarto, despertou lentamente, puxado pelo cheiro do café. Ele abriu os olhos, percebendo a ausência de Nora ao seu lado, e estendeu a mão automatic
O motorista de Andrew, estacionou o carro em frente à casa de Nora, sentindo o peso da tensão em seus ombros. Andrew saiu ao seu lado. Ela caminhou em direção à porta, respirando fundo antes de destrancá-la. Assim que abriu, gesticulou para Andrew entrar. “Pode entrar,” disse ela, com a voz um pouco hesitante, mas mantendo a postura firme. Ao dar os primeiros passos para dentro da sala, Nora foi imediatamente confrontada com uma cena que jamais imaginaria ver. No sofá da sala, seu ex, Victor, estava aos beijos e carícias com uma mulher, ambos seminus, completamente alheios ao fato de que não estavam sozinhos. Nora parou, o choque estampado em seu rosto. Seu estômago revirou, e sua voz saiu gelada e cheia de incredulidade. “Victor, o que você pensa que está fazendo?” Sua voz cortou o ar, seca e firme, enquanto o silêncio tomou conta da sala. Victor e a amante congelaram, o rosto dele imediatamente ficando pálido ao ver Nora na porta. Andrew, percebendo a situação, virou o rosto
Nora ficou em silêncio por alguns instantes, apoiada no ombro de Andrew, enquanto seus pensamentos a levavam de volta ao passado. Ela fechou os olhos, tentando segurar as lágrimas que teimavam em cair de novo. Victor havia sido seu primeiro amor, e isso era algo que não se apagava facilmente. Os últimos anos de relacionamento tinham sido cada vez mais complicados, com o trabalho afastando-os e a rotina drenando o que antes era paixão e cumplicidade. O tempo e a distância tinham esgotado seus sentimentos aos poucos, mas mesmo assim, ela jamais imaginou que ele seria capaz de trai-la. A dor não vinha apenas da traição física; era o golpe emocional de saber que o homem que ela havia amado tanto, com quem sonhou construir uma vida, havia rompido a confiança de maneira tão cruel. Ela sempre acreditou que, mesmo com as dificuldades, eles ainda tinham algo para salvar. Mas ver Victor com outra mulher em seu próprio sofá foi como um tapa que a trouxe de volta à realidade. Andrew, sentindo
Alguns dias haviam se passado desde que Nora decidiu se mudar para a casa de Andrew. Ela estava determinada a deixar o passado para trás, especialmente as memórias dolorosas com Victor. Viver com Andrew parecia uma chance de começar de novo, e ela precisava disso mais do que nunca. Naquela manhã, eles chegaram juntos à empresa de Andrew, mas desta vez seria diferente. Ele queria mostrar mais do que os corredores e os escritórios. Andrew queria que Nora conhecesse cada detalhe da corporação que ele havia construído. Não era apenas um passeio pelo império dele, era uma introdução aos bastidores de sua vida, algo que seria crucial para a biografia que ela escreveria sobre ele. “Eu sei que você já esteve aqui, mas hoje eu vou te mostrar o que faz tudo isso funcionar de verdade,” disse Andrew, com um sorriso de confiança enquanto eles atravessavam o lobby luxuoso. Nora o seguiu, sentindo a familiaridade daquele ambiente, mas ao mesmo tempo curiosa sobre o que ele tinha preparado para a
Nora olhava para Andrew enquanto ele tomava o remédio, perdida em seus próprios pensamentos. Será que ele realmente prefere viver assim? A preocupação a consumia. Se ao menos eu pudesse convencê-lo a se tratar de forma adequada... Mas, antes que sua mente fosse longe demais, ela interrompeu os próprios pensamentos. "Andrew, você está melhor?" perguntou, com a voz suave, mas cheia de cuidado. Ele sorriu para ela, sua expressão relaxando. "Estou sim. Acho que é melhor a gente continuar com a biografia antes que eu morra e não dê tempo de terminarmos." Nora, surpresa pela leveza com que ele falava da própria condição, deu um leve tapa no ombro dele. "Não seja bobo! Pare de falar o tempo todo que vai morrer." Andrew soltou uma risada sincera, seus olhos brilhando com aquele humor característico que sempre trazia um alívio inesperado. "Eu não falei nenhuma mentira," ele disse, ainda sorrindo. Nora suspirou, sabendo que por trás daquela atitude despreocupada havia uma realidade di
Nora se sentou, mantendo uma expressão neutra, e falou com uma calma controlada: "Andrew, você não me deve satisfações sobre seus relacionamentos. E, sinceramente, não quero ser envolvida neles. Acho melhor a gente manter tudo estritamente profissional daqui para frente." Andrew ficou tenso, percebendo que a situação havia se complicado mais do que ele imaginava. Mesmo assim, ele sentiu a necessidade de se explicar. "Nora, a Michelle... foi só uma noite. Uma única vez. Depois disso, ela ficou obcecada, começou a aparecer sem aviso e a criar essas... cenas. Eu juro, não há mais nada entre nós." Embora Nora acreditasse nas palavras de Andrew, ela não deixou transparecer. Preferiu manter uma postura fria e distante, protegendo-se emocionalmente. "Eu entendo, Andrew. Mas não muda o fato de que essa situação é complicada, e eu não quero me envolver. Vamos focar no trabalho, por favor." Andrew suspirou, sentindo o distanciamento dela como um golpe. Ele sabia que tinha que lidar com Mi
Andrew observava a cena com um misto de frustração e incredulidade. "Eu não faço ideia de como você entrou aqui, Michelle," ele disse, a voz carregada de exasperação. "Amor, eu só queria te fazer uma surpresa," respondeu Michelle com um sorriso provocador, ignorando a tensão no ar. Nora, já no limite de suas emoções, não conseguia suportar aquilo por mais um segundo. Silenciosamente, ela se afastou e foi até a cozinha. Sentou-se à mesa, colocando as mãos na cabeça e abaixando-a, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam escapar. O caos emocional que sentia a estava consumindo, e o peso da situação parecia esmagá-la. Enquanto isso, Andrew lidava com Michelle, já sem paciência. Pegou o celular e, sem hesitar, ligou para a polícia. Quando Michelle percebeu que a situação havia se tornado séria, entrou em pânico e correu para fora da casa antes que as autoridades chegassem. Pouco depois, a polícia chegou. Fizeram algumas perguntas a Andrew, e ele, ainda transtornado, mostrou uma
Um novo dia começou, e Nora acordou sentindo o peso das últimas horas em seus olhos, que ainda ardiam por causa das lágrimas da noite anterior. Ela se virou lentamente na cama e olhou para Andrew, que ainda dormia. Havia algo vulnerável na forma como ele estava deitado, o rosto relaxado, mas marcado pelo cansaço e pela dor. Ela sabia que ele estava lutando contra mais do que apenas o câncer – ele estava lutando para manter a normalidade de sua vida, enquanto o tempo parecia escapar pelos seus dedos.Nora se levantou, tentando não fazer barulho, e foi até o banheiro. Fez suas higienes matinais enquanto se olhava no espelho. Seu rosto estava abatido, as olheiras mais profundas do que o habitual. Por mais que ela tentasse ser forte, as emoções a estavam desgastando. Ela respirou fundo, lavou o rosto com água fria, e decidiu se concentrar no que poderia fazer de prático. Andrew precisava comer. Ele não havia se alimentado direito no dia anterior, e a última coisa que ele precisava era pio