MESES DEPOIS...
MIGUEL RODRIGUES. O dia no banco é sempre corrido. Hoje não foi diferente. Entre reuniões, análises de contratos e clientes, me vi cercado de prazos e decisões importantes. Passo a mão sobre meus cabelos, que cresceu um pouco com o passar dos meses. Ainda não acredito que meu filho nasceu, passou tão rápido. Um sorriso surgiu em meus lábios e me levanto da minha cadeira, está na hora de ir para casa. Enquanto pego as minhas coisas, penso por um momento... Eu gosto do meu trabalho, sempre gostei, desde que comecei a faculdade sonhava em ser o dono de um banco, e eu consegui realizar esse sonho..., mas nada se compara à sensação de saber que, ao final do dia corrido e puxado, minha família me espera em casa. Já estou pensando nisso enquanto pego as minhas coisas, saindo da minha sala e me despeço dos colegas. — Nos vemos amanhã. — aceno para eles e os demais dependem de mim. Ando apressado e deixo o prédio, sentindo o peso de mais um dia se dissipar aos poucos. Quando chego em casa, o sol já está começando a se pôr, lançando um brilho suave sobre a fachada. Entro pela porta e, como sempre, minha primeira reação é procurar por Laura e pelas crianças. E lá está ela, sentada no sofá com Mateus no colo, o embalo suave dela parece hipnotizante, enquanto Hugo brinca com seus carrinhos no tapete. A visão deles juntos sempre me arranca um sorriso, por mais cansado que eu esteja. Assim que Hugo me vê, seus olhinhos brilham e ele corre até mim com os bracinhos estendidos. Pego-o no colo sem hesitar, abraçando-o forte. — Como foi o seu dia, Hugo? — pergunto, beijando a testa dele. Seus olhos claros continuam brilhando para mim, ele sorri e começa a falar. — Eu brinquei muito e ajudei a mamãe com o imaozinho! — Ele responde, orgulhoso, com um sorriso que me faz esquecer qualquer preocupação. Hugo está falando as palavras corretas agora, algumas ainda saem atrapalhadas, mas ele está se desenvolvendo bem na escola e isso me deixa feliz. Ainda me lembro de como ele era, choroso, não gostava muito de falar. Os pesadelos... como esquecer? Mas agora... ele está melhor, ele tem pesados de vez em quando, mas eu e Laura sempre ficamos com ele, até passar o seu susto. Tenho certeza que esse pesadelos, vão passar. — Que bom, filho. Temos que cuidar bem do Mateus, não é? — ele assente com a cabeça, sorrindo. Coloco ele no chão que corre até Laura, as sentando ao lado dela. Eu caminho até eles e me agacho perto de Laura, dou um beijo suave nos lábios dela, sentindo a familiaridade e o conforto que só ela me proporciona. Passo a mão pelo rosto dela, vendo um cansaço disfarçado por trás do sorriso que ela me dá, mas também uma felicidade que reconheço. — E como estão meus dois amores? — pergunto, olhando para Mateus, que dorme tranquilamente nos braços dela. — Estamos bem, só um pouco cansados. — Ela diz, sorrindo, mas sem esconder o peso das responsabilidades. — Ele está crescendo tão rápido, nem acredito que já tem dois meses, Miguel. Olho para o rostinho tranquilo de Mateus, e meu coração se aquece de imediato. Dou um beijo na testa dele, sentindo a suavidade da pele do nosso pequeno. Eu me sinto completamente grato por esses momentos, e por tudo que construímos juntos. Mateus se parece tanto com Laura, ele puxou os traços coreanos dela, tem os olhos puxados e castanhos. O rosto bem redondinho e os fios lisos como o dela. — Obrigado por tudo, meu amor. — sussurro, nossos olhares se encontram, e eu sei que ela entende o quanto sou grato por ela estar ao meu lado em todos os momentos. Laura sorri, aquele sorriso que me fez me apaixonar por ela desde o início. Abraço todos eles de uma vez, cercando minha família em um abraço apertado. Laura, Hugo, Mateus... neste momento, tenho tudo o que preciso. Sinto uma paz que só eles conseguem me trazer. É como se o mundo lá fora não importasse, apenas o que temos aqui, juntos. — Amo vocês. — digo baixinho, minha voz cheia de emoção. Com minha família reunida, sei que, apesar de qualquer dificuldade, temos algo inquebrável. Essa sensação de completude é tudo para mim, e estou disposto a fazer qualquer coisa para proteger e nutrir esse amor. E, assim, deixo que o cansaço do dia vá embora, me concentrando apenas neles, aproveitando cada segundo desse momento de tranquilidade que compartilhamos. E ESSE FOI O FIM.... DESCULPEM O ATRASO. TIVE UNS PROBLEMAS PESSOAIS. SE QUISEREM O LIVRO 2 COM OS DOIS IRMÃOS, MATEUS E HUGO EU ESCREVO PRA VOCÊS.... OBRIGADA POR TEREM LIDO ESSE LIVRO 😍😍Miguel Rodrigues Sou acordado pelo despertador antes do nascer do sol e me preparo para mais um dia no Horizon Banco — Investimentos, uma das instituições financeiras que está crescendo em São Paulo. Desligo o despertador, me sento na cama, bocejando e começo a me arrumar, após terminar fico impecável como sempre, ajusto o meu terno antes de ir até à cozinha. Cumprimento a Rita, minha empregada de confiança, e ela me deseja um bom dia.— Bom dia, senhor. Tome um pouco de café e coma o sanduíche que preparei para o senhor.Ela me serve o café e agradeço enquanto tomo um gole. Está uma delícia, como sempre.— Está ótimo, Rita. Por favor, coloque em uma vasilha para mim, eu como na empresa.Ela pega o (sanduíche), coloca rapidamente em um pote com tampa e me entrega, desejando um ótimo dia.— Você também. — aceno para ela e vou até o estacionamento, onde meu motorista me espera. Entro no meu carro e ele me cumprimenta.— Bom dia. Senhor.Assinto com a cabeça e seguimos até o banco. Hoj
Miguel Rodrigues O menino não para de chorar, chamando a sua mãe. Ele engasga à medida que fala, e suas lágrimas não param de molhar o seu rosto pequeno. — Mama… mama… — ele repete sem parar, e começa a coçar os seus olhos. “ Droga… em que situação eu fui me meter… como esse garoto pode ser o meu filho?” Penso enquanto olho para ele. — Rita, o leite dele está pronto? — olho para os lados, esperando que ela se aproxime.Seus passos vêm ligeiramente até a sala, e ela me estende o copo azul dele, com tampa e um canudo que vem instalado no copo, próprio para crianças da idade dele. Assim, será fácil para ele ingerir o leite mais rápido. Pego o copo agradecendo.— Obrigado. — Ela apenas assente sorrindo para mim, mas sorrindo de nervoso, consigo ver isso claro em seu rosto. Me viro para a criança e a coloco sentada em meu colo, a chamo e mostro o leite a ele. — Olha… por favor, não chora. Aqui, tem um leite bem gostoso para você. Então, pare de chorar, hum? Mostro o copo de leite
Laura Lopes Passo a tarde toda cuidando de várias crianças em um abrigo, só de imaginar elas a pouco tempo em meus braços, eu às fazendo dormir, um grande sorriso aparece em meus lábios, mesmo estando cansada. Abro a porta da minha humilde casa e me arrasto até o sofá. Toda criança dá trabalho, mas o cansaço vale a pena. Eu adoro as crianças, elas tem uma energia contagiante, e sempre me dei bem com as crianças. A alegria delas me contagia. Sorrio ao pensar nisso e me sento no sofá, fechando os olhos e suspirando fundo. — Preciso de um banho. E depois, quem sabe uma soneca. — acabo soltando e me espreguiço mais no sofá, relaxando um pouco. — Vou fazer isso agora. — me levanto do sofá devagar e vou até o banheiro, já pegando um par de roupas, vou me trocar no banheiro mesmo. Tiro as minhas roupas e entro debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer em meus cabelos curtos e no meu corpo, que precisava sentir essa água morna. ” Que delícia. ” Tomo um banho demorado e me seco, co
Miguel Rodrigues Ao chegar em casa, bem cansado do trabalho exaustivo, suspiro fundo e deixo minha maleta em uma mesa perto da sala de visitas. Caminho até a sala de estar, e ao passar pela porta, eu vejo várias mulheres vestindo roupa social. Todos sorriem para mim e devolvo o sorriso, sendo educado, como sempre. Quando meus olhos pousam em uma jovem, percebo que ela me olha de um modo diferente, parece se sentir envergonhada, e logo após me olhar com atenção, seus olhos se abaixam, parecendo sem graça. Franzo a sobrancelha não entendendo o porquê dela ter agido assim, e minha mãe chama a minha atenção. — Meu filho, seja bem vindo, você chegou em uma boa hora. Acabou a entrevista. — ela puxa o meu braço, falando bem baixinho em meu ouvido. — Vou te apresentar a todas, mas em especial, gostei de uma e quero que a contrate, vi o jeito que ela tratou Hugo, ela tem um dom meu filho, ela o acalmou em um instante, fez ele dormir duas vezes hoje, tão rápido que até me surpreendeu. — qua
Laura Lopes Chego em minha casa e antes de dormir já começo a arrumar minha mala, não tenho muitas coisas, decido colocar na minha mala as melhores roupas e mais casuais e simples. Coloco alguns livros para poder ler nos intervalos do sonho da criança, meus objetos pessoais, e deixo quase pronta duas malas.Após jantar me deito na cama e tento dormir, amanhã é um novo dia.“ Não acredito que o emprego é meu, a criança gostou de mim, e vou morar naquela linda mansão, realmente parece um sonho. Continuo a sorrir, enquanto me cubro e tento dormir, enquanto escuto o som acelerado do meu coração. **** Meu celular desperta e me sento, me sentindo um pouco sonolenta, devagar eu me levanto e começo a me arrumar. Coloco uma roupa confortável e um casaco por cima e o meu tênis. Trabalhar cuidando de crianças, é aconselhável usar tênis, por conta do vai e vem, babás nunca ficam paradas. Como ceral com leite e depois vou para o banheiro fazer minhas higiene e pentear os meus cabelos. Termi
Laura Lopes. Sigo atrás do Senhor Rodrigues, e ao descer as escadas, chegamos na cozinha. — Pode se sentar, eu vou fazer algo quente para você. O que prefere? — Ele parece bastante atencioso, não imaginava que ele poderia agir assim.Fico um pouco sem graça, mas me sento e respondo, ao me acomodar na cadeira. — Pode ser chocolate quente, obrigada. — fico olhando para ele, que apenas balança a cabeça e pega o copo, o leite, achocolatado e começa a preparar.Fico apenas o observando, e ele parece levar jeito com o preparo, ele parece bastante focado.Ao ficar olhando para ele assim, acabo sorrindo sem pensar, percebendo isso, fecho os meus lábios, tentando parar de sorrir feito uma boba. Cruzo as minhas mãos acima da bancada, aguardando, olhando para os lados. Em alguns minutos ele se aproxima com uma caneca grande e de cor escura em minha direção, seus olhos se encontram com os meus e ele sorri para mim. Minha mão se aproxima devagar da caneca e sem querer nossos dedos se tocam, s
Miguel Rodrigues Ao olhar para aquele rosto meigo e delicado, não consigo me conter. Há muito tempo que não fico tão perto de uma mulher assim, o trabalho me consome. E estar perto dela assim, faz com que minha mente não raciocine antes de agir, simplesmente sou tomado por esse instinto, de tomar os seus lábios. Minhas mãos alisam o seu rosto enquanto toco em seus lábios, doces e gentis aos meus. Nunca beijei assim na vida, de um modo calmo, sem desespero. Ela move sua boca na minha e o beijo começa a ficar intenso. Encontro a sua língua, o que me faz querer mais, sentir mais sua boca na minha. Meu coração começa acelerar em um ritmo que não conheço. Não consigo parar, desejo mais de Laura. Porém, sinto que suas mãos pequenas e delicadas me afastar um pouco. Nossos lábios se afastam, e meus olhos se abrem. Vejo os seus lindos olhos puxados me olhando, ela parece assustada, como se tivesse feito algo errado. “ Por que ela está assim? Somos dois adultos, isso não foi nada errad
Laura Lopes Os dias seguintes se passam e tento a todo custo evitar me esbarrar com Miguel. Realmente não sei o que dizer a ele quando nos vermos." O que poderia dizer? Eu nem sei como olharia para ele." É melhor assim, mas eu sei que esse momento chegará a qualquer momento. — Hugo, vem aqui, hora de tomar banho. - chamo o garotinho que não para de coçar os seus olhos. Ele estende os seus pequenos braços até mim e o seguro contra o meu corpo. Vou com ele até o banheiro e já coloco ele devagar na banheira que já está com água morna e com os brinquedos que ele gosta. Fico de olho nele, enquanto ele brinca com os brinquedos e tento dar a atenção a ele. Mas, a minha mente volta naquele dia. Naquela cena que não consigo tirar da cabeça... os seus lábios macios aos meus. Consigo ainda sentir o gosto da bebida forte da sua boca misturado com o chocolate quente da minha boca. — Droga! — digo sussurrando, não acreditando que eu estou pensando nele desse jeito. Depois de terminar o ba