Laura Lopes SEMANAS DEPOIS... Ainda me lembro de cada detalhe do casamento, como se fosse ontem. Já se passaram alguns dias, desde a data do casamento, os dias no Caribe foram perfeitos, mas fiquei preocupada com Hugo e também com outra coisa... Eu já tinha os resultados do exame que havia feito antes do casamento, e mesmo que tudo foi uma correria, até o dia do casamento e da volta da lua de mel, não tive tempo de falar com Miguel.Ainda estava corrido para mim, e eu preciso me organizar. Vou falar com Miguel mais tarde. Devido a correria não tive tempo, e também, como ele sempre fazia surpresas para mim, eu também queria fazer uma surpresa para Miguel, e faria em breve. Estou na escola agora e preciso focar em orientar e cuidar dos alunos, preciso organizar os meus pensamentos agora, respiro fundo e olho para cada criança ali, em especial Hugo, que já tem quatro anos e precisa muito disso, do ambiente da escola, brincar com outras crianças e se divertir um pouco, ainda mais que e
Laura Lopes. Depois de alguns meses de gravidez, Miguel tem se mostrado um pai maravilhoso. Ele está me mimando muito, me deixando sem graça, mas confesso que estou amando esse lado dele, isso faz com que eu me apaixone mais por ele. Estou na etapa final da gravidez, pelas contas do meu médico, vou dar a luz no final do ano, perto do aniversário de 5 anos do Hugo, então vai ser perfeito. Estou afastada da minha escola, porém contratei uma diretora temporária para cuidar de tudo para mim, é claro que foi indicação do meu marido. Fico a maior parte do tempo sentada ou deitada, a minha barriga está muito grande, mas consigo brincar um pouco com Hugo, que está carente esses dias, mas quando falo do bebê, seu irmãozinho, ele fica todo alegre. — Meu irmãozinho está nascendo, mamãe? — ele me pergunta, passando a mão na minha barriga. Olho para seu lindo rostinho e aliso seus cabelos lisos, que tem crescido um pouco, acho que tem que cortar depois. Quem sabe. Sorrio para ele as
MESES DEPOIS... MIGUEL RODRIGUES. O dia no banco é sempre corrido. Hoje não foi diferente. Entre reuniões, análises de contratos e clientes, me vi cercado de prazos e decisões importantes. Passo a mão sobre meus cabelos, que cresceu um pouco com o passar dos meses. Ainda não acredito que meu filho nasceu, passou tão rápido. Um sorriso surgiu em meus lábios e me levanto da minha cadeira, está na hora de ir para casa. Enquanto pego as minhas coisas, penso por um momento... Eu gosto do meu trabalho, sempre gostei, desde que comecei a faculdade sonhava em ser o dono de um banco, e eu consegui realizar esse sonho..., mas nada se compara à sensação de saber que, ao final do dia corrido e puxado, minha família me espera em casa. Já estou pensando nisso enquanto pego as minhas coisas, saindo da minha sala e me despeço dos colegas. — Nos vemos amanhã. — aceno para eles e os demais dependem de mim. Ando apressado e deixo o prédio, sentindo o peso de mais um dia se dissipar aos poucos.
Miguel Rodrigues Sou acordado pelo despertador antes do nascer do sol e me preparo para mais um dia no Horizon Banco — Investimentos, uma das instituições financeiras que está crescendo em São Paulo. Desligo o despertador, me sento na cama, bocejando e começo a me arrumar, após terminar fico impecável como sempre, ajusto o meu terno antes de ir até à cozinha. Cumprimento a Rita, minha empregada de confiança, e ela me deseja um bom dia.— Bom dia, senhor. Tome um pouco de café e coma o sanduíche que preparei para o senhor.Ela me serve o café e agradeço enquanto tomo um gole. Está uma delícia, como sempre.— Está ótimo, Rita. Por favor, coloque em uma vasilha para mim, eu como na empresa.Ela pega o (sanduíche), coloca rapidamente em um pote com tampa e me entrega, desejando um ótimo dia.— Você também. — aceno para ela e vou até o estacionamento, onde meu motorista me espera. Entro no meu carro e ele me cumprimenta.— Bom dia. Senhor.Assinto com a cabeça e seguimos até o banco. Hoj
Miguel Rodrigues O menino não para de chorar, chamando a sua mãe. Ele engasga à medida que fala, e suas lágrimas não param de molhar o seu rosto pequeno. — Mama… mama… — ele repete sem parar, e começa a coçar os seus olhos. “ Droga… em que situação eu fui me meter… como esse garoto pode ser o meu filho?” Penso enquanto olho para ele. — Rita, o leite dele está pronto? — olho para os lados, esperando que ela se aproxime.Seus passos vêm ligeiramente até a sala, e ela me estende o copo azul dele, com tampa e um canudo que vem instalado no copo, próprio para crianças da idade dele. Assim, será fácil para ele ingerir o leite mais rápido. Pego o copo agradecendo.— Obrigado. — Ela apenas assente sorrindo para mim, mas sorrindo de nervoso, consigo ver isso claro em seu rosto. Me viro para a criança e a coloco sentada em meu colo, a chamo e mostro o leite a ele. — Olha… por favor, não chora. Aqui, tem um leite bem gostoso para você. Então, pare de chorar, hum? Mostro o copo de leite
Laura Lopes Passo a tarde toda cuidando de várias crianças em um abrigo, só de imaginar elas a pouco tempo em meus braços, eu às fazendo dormir, um grande sorriso aparece em meus lábios, mesmo estando cansada. Abro a porta da minha humilde casa e me arrasto até o sofá. Toda criança dá trabalho, mas o cansaço vale a pena. Eu adoro as crianças, elas tem uma energia contagiante, e sempre me dei bem com as crianças. A alegria delas me contagia. Sorrio ao pensar nisso e me sento no sofá, fechando os olhos e suspirando fundo. — Preciso de um banho. E depois, quem sabe uma soneca. — acabo soltando e me espreguiço mais no sofá, relaxando um pouco. — Vou fazer isso agora. — me levanto do sofá devagar e vou até o banheiro, já pegando um par de roupas, vou me trocar no banheiro mesmo. Tiro as minhas roupas e entro debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer em meus cabelos curtos e no meu corpo, que precisava sentir essa água morna. ” Que delícia. ” Tomo um banho demorado e me seco, co
Miguel Rodrigues Ao chegar em casa, bem cansado do trabalho exaustivo, suspiro fundo e deixo minha maleta em uma mesa perto da sala de visitas. Caminho até a sala de estar, e ao passar pela porta, eu vejo várias mulheres vestindo roupa social. Todos sorriem para mim e devolvo o sorriso, sendo educado, como sempre. Quando meus olhos pousam em uma jovem, percebo que ela me olha de um modo diferente, parece se sentir envergonhada, e logo após me olhar com atenção, seus olhos se abaixam, parecendo sem graça. Franzo a sobrancelha não entendendo o porquê dela ter agido assim, e minha mãe chama a minha atenção. — Meu filho, seja bem vindo, você chegou em uma boa hora. Acabou a entrevista. — ela puxa o meu braço, falando bem baixinho em meu ouvido. — Vou te apresentar a todas, mas em especial, gostei de uma e quero que a contrate, vi o jeito que ela tratou Hugo, ela tem um dom meu filho, ela o acalmou em um instante, fez ele dormir duas vezes hoje, tão rápido que até me surpreendeu. — qua
Laura Lopes Chego em minha casa e antes de dormir já começo a arrumar minha mala, não tenho muitas coisas, decido colocar na minha mala as melhores roupas e mais casuais e simples. Coloco alguns livros para poder ler nos intervalos do sonho da criança, meus objetos pessoais, e deixo quase pronta duas malas.Após jantar me deito na cama e tento dormir, amanhã é um novo dia.“ Não acredito que o emprego é meu, a criança gostou de mim, e vou morar naquela linda mansão, realmente parece um sonho. Continuo a sorrir, enquanto me cubro e tento dormir, enquanto escuto o som acelerado do meu coração. **** Meu celular desperta e me sento, me sentindo um pouco sonolenta, devagar eu me levanto e começo a me arrumar. Coloco uma roupa confortável e um casaco por cima e o meu tênis. Trabalhar cuidando de crianças, é aconselhável usar tênis, por conta do vai e vem, babás nunca ficam paradas. Como ceral com leite e depois vou para o banheiro fazer minhas higiene e pentear os meus cabelos. Termi