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3 - A entrevista de Laura.

Laura Lopes

Passo a tarde toda cuidando de várias crianças em um abrigo, só de imaginar elas a pouco tempo em meus braços, eu às fazendo dormir, um grande sorriso aparece em meus lábios, mesmo estando cansada.

Abro a porta da minha humilde casa e me arrasto até o sofá. Toda criança dá trabalho, mas o cansaço vale a pena.

Eu adoro as crianças, elas tem uma energia contagiante, e sempre me dei bem com as crianças. A alegria delas me contagia.

Sorrio ao pensar nisso e me sento no sofá, fechando os olhos e suspirando fundo.

— Preciso de um banho. E depois, quem sabe uma soneca. — acabo soltando e me espreguiço mais no sofá, relaxando um pouco. — Vou fazer isso agora. — me levanto do sofá devagar e vou até o banheiro, já pegando um par de roupas, vou me trocar no banheiro mesmo.

Tiro as minhas roupas e entro debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer em meus cabelos curtos e no meu corpo, que precisava sentir essa água morna.

” Que delícia. ”

Tomo um banho demorado e me seco, coloco a roupa que escolhi, bem larga no corpo, me sinto mais à vontade agora. Renovada.

Vou até a cozinha, pensando no que fazer, talvez um sanduíche será uma boa, e um cappuccino.

— Perfeito! — começo a pegar o pão, queijo e outras coisas, e percebo que meu celular que está no sofá começa a tocar, bem alto.

Largo os itens na bancada e vou até o sofá, pegando meu telemóvel.

Olhando para o identificador de chamadas, vejo que se trata da empresa que presto serviços a ( Baby estrelinhas).

— Que estranho, eles não me ligam nesse horário, será que... aconteceu alguma coisa? — levo o dedo a boca, e me sento no sofá, decidindo atender para saber do que se trata.

— Alô, boa tarde. — falo em um tom calmo. Mesmo estando curiosa, me mantenho calma.

— Olá, Senhora Lopes, estou ligando a esse horário porque surgiu uma emergência, estamos selecionando as nossas melhores babás para uma entrevista na casa do Senhor Rodrigues, um CEO muito importante e conhecido aqui em São Paulo. — a mulher faz uma pausa e coça a garganta, continuando. — A Senhora Luiza, mãe do CEO nos ligou a pouco tempo, desesperada a procura das melhores babás, e estamos chamando a senhorita por ser a mais competente, e umas das melhores que temos, você pode comparecer a entrevista amanhã cedo? — ela pergunta, e fico atônita por um momento, arregalando os olhos.

Sei que essa é uma ótima oportunidade para mim, como sou curiosa, fico me perguntando...

“ Será que aconteceu algo sério para estarem à procura tão desesperadamente de uma babá?”

Balanço a cabeça, para não pensar mais nisso, e acabo respondendo.

— Claro, eu estarei lá. Com prazer. — falo sorrindo levemente, cruzando as pernas.

— Até amanhã, Laura Lopes, obrigada. — Me despeço da mulher e respiro profundamente, não acreditando no que me aconteceu...

— Talvez eu consiga esse emprego. — começo a sorrir pensando nisso.

Seria uma boa para mim, nunca trabalhei para alguém tão importante.

Me levanto e decido terminar meu sanduíche e meu cappuccino, amanhã seria um novo dia, e tenho que dormir cedo para acordar bem amanhã.

******

Acordo cedo, tomo um banho e me arrumo, vou até meu guarda-roupa colocando a roupa mais formal que possuo. Coloco minha calça social, e uma camiseta de manga comprida e arrumo meu cabelo, como são curtos consigo os pentear rápido.

Quando estou pronta, peço um Uber e ao chegar entro no veículo, fico olhando para a rua. Em breve estarei no endereço onde acontecerá a entrevista.

“ Nem comi direito, só uma vitamina, devia ter me alimentando melhor.” droga, estou um pouco ansiosa, mas preciso relaxar, vai dar certo.

Fico confiante e o carro estaciona.

Eu pago ao motorista, e saí do veículo.

Ao chegar em frente ao local, eu percebo que se trata de uma mansão gigante, repleta de seguranças.

“ Caraca... não acredito nisso.” meus olhos se arregalaram e minha boca se abre, não acreditando em como esse lugar é lindo. Os portões são enormes, de ferro reforçado.

Toco a campainha e fico à espera de ser atendida.

Os seguranças me vêem, e caminham rapidamente até os portões, um deles me pergunta.

— É uma das babás que veio para a entrevista? — eu assinto e digo o meu nome, ele abre a porta para mim e me mostra a direção até a porta principal da mansão. Eu agradeço e começo a caminhar pelo lindo jardim, todo gramado e com flores de várias cores. Caminho sobre um trilho de pedras brilhantes.

“ Uau, que lindo. ” começo a sorrir sem pensar, até chegar na sala da mansão.

Uma super sala...

Não vejo ninguém na enorme sala toda decorada, mas começo a escutar um choro, é de uma criança.

O choro parece ficar mais alto e agudo e começo a seguir o som do choro.

“ Será que está sozinha? ” começo a me perguntar e ficar preocupada com a criança.

Quando me aproximo mais do som, estou no segundo andar, em um corredor enorme, me aproximo mais e a porta de um quarto está aberta e vejo uma criança pequena de cabelos brancos ao lado de uma senhora, parece ser a avó dela, devido a idade.

A senhora se ajoelha e estende seus braços para o garotinho.

— Vem aqui, não precisa chorar. — mas o garotinho nega e se senta no chão, continuando a chorar.

A senhora parece não saber o que fazer. Eu me aproximo devagar, me apresentando a ela.

— Olá, bom dia. Desculpe chegar assim, mas ouvi o choro do garotinho, eu sou a Laura Lopes, umas da babás que veio para a entrevista. — falo mostrando um sorriso gentil a senhora, que se levanta a escutar minha voz e se apresenta.

— Eu sou Luiza Rodrigues, mãe do CEO Miguel Rodrigues, muito prazer Laura Lopes. — ela olha para o garoto que ainda chora e coça os seus olhos e diz com o semblante triste.

— Eu já tentei de tudo, mas ele não para, eu não sei o que ele quer. — olho para o garotinho e me aproximo dele.

— Se importa se eu...? — ela balança a cabeça e diz.

— Por favor, me ajude a descobrir o que houve com ele.

Eu assinto com a cabeça, e me abaixo e digo com a voz suave para criança.

— Oi garotinho, não precisa chorar, olha para a titia. — tento chamar a atenção dele tocando levemente em seu rostinho e ele se vira para mim, com os olhos molhados e o rosto triste. Ele me olha por um momento se acalmando e estende os seus braços pequenos.

Sorrio para ele, o pegando em meu colo, e ele devagar coloca sua cabeça em meu ombro.

Faço carinho em seus cabelos e digo.

— Calma, não precisa chorar, você quer dormir um pouquinho ou quer comer algo bem gostoso? Hum? — continuo a fazer carinho e escuto a sua voz baixinha e fina.

— Eu... quelu mimi titia... — ele funga o nariz e suas mãos macias e pequenas me abraçaram. Eu continuo a fazer carinho nele, transmitindo confiança no pequeno.

— Pode dormir no meu colo, tá bom? Quando quiser dormir é só falar tá bom? Quando você acordar podemos comer algo bem gostoso e brincar muito.

Sinto ele mexer a cabeça concordando e devagar a respiração dele fica mais lenta, e parece que devagar ele está se rendendo ao sono.

Começo a sorrir ao sentir o cheiro gostoso da criança, tem cheiro de amaciante infantil.

Crianças tem um cheiro tão gostoso.

Continuo a fazer o carinho, me sentindo feliz por ele ter se acalmado.

Olho para a avó da criança que me olha surpresa, e ao mesmo tempo feliz.

Ela parece ter gostado do garoto ter se acalmado e dormindo em meu colo. Devolvo o sorriso a ela, continuando com o carinho.

******

Passo o dia na casa do CEO junto as outras babás, sendo observava pela mãe do CEO e pelas câmeras de segurança.

Ela havia me dito que o seu filho é muito rico por trabalhar e dirigir o maior banco do estado, e por isso toma muito cuidado com quem deixa entrar em sua casa. E ela tem toda razão, todo cuidado é pouco.

Eu e o garotinho que se chama Hugo, brincamos bastante e consegui fazer ele sorrir, me senti feliz por ele não ter chorado mais, sempre me sinto mal quando alguma criança chora.

Quando era a vez de outras babás fazerem o teste com ele, para saber como seria a ração dele com as babás, Hugo não conversa muito com elas, não sorria e fica mais sério, não dando muito atenção, e percebo que a mãe do CEO fica pensativa sobre isso.

No fim do dia, quando todas nós terminamos, o nosso teste, o CEO chega, quando os meus olhos vão em direção a ele, eu sinto o meu coração palpitar, ele é um homem muito lindo e também sério, diferente do que eu imaginei, pois em minha cabeça eu imaginei um homem sem paciência e estressado.

Mas não, mesmo ele estando cansado, ele nos cumprimenta com um sorriso lindo, ele tem cabelos loiros escuros, físico forte, olhos cinzas, boca carnuda e sobrancelhas grossas.

Ele é um homem bastante atraente.

“ Preciso parar de olhar para ele assim.” desvio o olhar por um tempo, até a mãe dele dizer o meu nome, fazendo eu olhar em direção a eles.

— Essa é a Laura Lopes, uma das babás. Esse é o meu filho, Miguel Rodrigues. — Ao sorrir para ela, viro meu rosto para olhar para ele, que se aproxima de mim, fazendo meu coração acelerar mais uma vez.

Um sorriso curto aparece em seus lábios, e sua voz grossa eu ouço.

— É um prazer, Senhora Lopes. — ele diz formalmente e estende a sua mão. Devolvo um sorriso curto a ele e seguro em sua mão, sentindo um frio na minha barriga.

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