Carmen MartínezTRÊS ANOS ATRÁS. Nos dias seguintes… Continuo ligando para Miguel, e ele não atende, e isso me deixa nervosa. Nesses dias, eu mal comi direito, não estou indo ao trabalho, por conta dele.Ele simplesmente está ignorando as minhas mensagens há dias, e isso está me enlouquecendo." O que está acontecendo com Miguel? Eu tenho certeza de que não fiz nada de errado." Penso enquanto continuo a caminhar em direção à empresa dele. " Droga, esses saltos estão me atrapalhando." Tento caminhar mais depressa, pelo canto da rua. Ao avistar a enorme empresa, entro rapidamente e vou até a recepção, eufórica." Droga, eu soei, andei bastante debaixo desse sol." — Preciso falar com o Miguel, é urgente. — olho para a loira que me olha, com atenção. — A senhoria tem horário marcado com o CEO? — Não, mas é sério, eu sou a sócia dele, preciso falar com ele. A loira abaixa os olhos, falando em um tom firme. — Sei quem é a senhora, Carmen Martínez, mas a senhora não poderá subir,
Laura Lopes. Uma semana se passou, e tento a todo custo focar no meu trabalho. Enquanto dou atenção a Hugo, minha mente começa a pensar na cena que ocorreu há dias atrás. Dos lábios de Miguel aos meus, ainda não conversamos depois daquele dia. E sempre, quando passamos pelo mesmo corredor, apenas o cumprimento e me afasto dele. Tento não ficar sozinha por muito tempo com ele, fico nervosa sobre o que pode acontecer. " Eu sei que meu chefe desperta algo em mim, me sinto nervosa na presença dele, sem falar que ele é muito lindo." Mas... não posso permitir que aquilo se repita. Estou aqui para trabalhar, sem falar que não posso olhar e pensar nele desse modo. Isso não é profissional. " Ele é meu chefe, nada mais." Penso decidida. E percebo que Hugo começa a coçar seus olhos, me aproximo dele, o pegando em meu colo, perguntando. — Está com sono? Você quer dormir um pouco? Que tal um leite? Hugo balança a cabeça e mostra um curto sorriso, com apenas alguns dentes em sua boca.
Laura Lopes Dei às sete horas o jantar para Hugo, mas na última colherada, ele não quis mais comer, levou a mão no prato dele, derramando em minha blusa e calça. Arregalo os olhos, chocada com o que houve, e começo a sorrir, não acreditando que não prestei atenção. Hugo olha para a sujeira em que me encontro e seus olhos se arregalam, talvez com medo de que eu brigue com ele, ele desce do meu colo e tenta tirar a comida em minha roupa, dizendo com a voz baixinha. — Dicupa titia, ee... a comida caiu. — ele olha para o prato e depois para minha roupa suja. Isso faz com que eu sorria mais, vendo o quão fofo ele ficou. — Não se preocupa Hugo, foi sem querer, essas coisas acontecem. Bom, vamos lavar o seu rostinho, escovar os seus dentes e vamos dormir, hum? Eu vou limpar aqui depois. Hugo apenas balança a cabeça, e juntos vamos ao banheiro, tento limpar um pouco a calça que sujou e minha blusa, e depois ajudo H
Miguel Rodrigues Ao prestar atenção em Laura, percebo que ela está um pouco sem graça. Não quero que seja assim, só preciso conhecer mais ela e resolver o mal-entendido.Tenho pensado bastante sobre o nosso beijo, sobre o que senti, que foi diferente. Ela é completamente diferente das mulheres que me envolvi. Laura é uma mulher doce, alegre, e temos um gosto em comum, o que é interessante. Ao perceber que ela olha para os lados, um pouco perdida em seus pensamentos, me levanto indo até a minha mesa pegando uma bebida em meu frigobar. Estendo em sua direção um suco, e ela pega a garrafa, a levando em seu colo. Abro a lata de refrigerante, o bebendo, com meus olhos fixos nos delas, que retribui o olhar e mostra um sorriso nervoso, e começa a abrir a tampa da garrafinha. — Tenho uma certa curiosidade sobre você, Laura. Eu li o seu currículo, me disseram ser uma das melhores da agência, e eu vi também como Hugo já se apegou a você, mas estou curioso em saber como uma garota de 22 a
Miguel Rodrigues Alguns dias passam. Estou terminando uma reunião com todos os funcionários do banco, precisamos de uma nova estratégia para atrair mais clientes. — Precisamos investir em Marketing, por isso, conto com vocês. — olho para o gerente de marketing que elabora e implementa as estratégias de marketing para promover os produtos e serviços do banco, ele cuidará de tudo isso e de toda a sua equipe. Ele e os demais assentem e começam a elaborar um melhor método para conseguirmos um bom resultado.Olho para todos que estão presentes e concluo.— Vou conversar com nossos sócios também, para fazermos uma reunião em breve, assim iremos resolver tudo para que nossa empresa cresça mais. — Claro, CEO. Posso cuidar dessa parte para o senhor e marcarmos uma melhor data para a reunião. — diz um funcionário. — Certo, combinado. Dispensados, voltem ao serviço. Todos começam a sair após se despedirem, e fico na sala de reunião, um pouco pensativo. Preciso organizar mais algumas coisas
LAURA LOPES Ao entrar em meu quarto apressadamente, procuro por um par de roupa confortável, pego um vestido, assim vou me sentir mais fresca, eu soei muito. Vou até o banheiro, lavar o meu rosto e passar uma água em meu pescoço, me seco e vou até o guarda-roupa, pegar uma tiara para colocar em meu cabelo. Em seguida, troco de roupa, rapidamente. Ao terminar e finalizar com um creme em meus braços e no pescoço, saio do quarto, indo em direção ao andar debaixo. Me aproximando da sala, escuto vozes do CEO com seu filho. — Então você e a babá compraram muitas coisas? Foi isso? — O tom de voz de Miguel parece até mais calma, mas suave. Um sorriso aparece em meus lábios ao ver como Hugo está a vontade com ele. Sempre falo ao garotinho que Miguel é um bom pai, que ele trabalha muito para cuidar dele. É impressionante como os dois se parecem, olhando bem agora consigo perceber, os olhos dos dois se parecem, até o nariz, o que de certa forma é fofo. Me aproximo mais dos dois, e M
Miguel Rodrigues. As horas passam e passo um tempo com Hugo, que começa a mostrar que quer atenção. As compras que Laura fez chegam e ajudo a colocar os brinquedos, roupa e outras coisas no quarto de Hugo. Tentamos ajeitar o quarto com os itens novos e Hugo agradece, sorrindo para Laura e para mim. — Obigadu papai e Laula, agola posso bincar muito. — Ele pega um robô pequeno e começa a brincar com ele, em cima da cama. Olhando para ele assim, sinto uma alegria imensa, esse garoto é meu filho e Laura está falando de mim para ele, quando estou no trabalho, que sou dedicado e afins. Preciso me dedicar mais o meu tempo a ele, fico o dia todo no banco, preciso ser um pai mais presente do que ausente. Me sento ao seu lado, acariciando sua cabeça. — Fico feliz que gostou, Hugo, eu só quero que você seja um bom menino e que se sinta amado por todos nós, por mim, o papai, a Laura e as outras pessoas aqui da casa, tá bom? — Tá baum. — ele sorri para mim, e Laura toma a frente agora, se
Laura Lopes — Está bem, Miguel. — falar o nome dele assim, é um pouco diferente. Quando digo o seu nome, Miguel sorri para mim. Ele começa a colocar o seu terno e fico apenas observando. Tento evitar não olhar muito, mas é impossível. Meus olhos fitam os braços fortes dele, seus músculos me deixa paralisada… Como ele tem braços tão fortes assim?Assim fica impossível não ver. Ao desviar um pouco, meus olhos pousam em seus ombros largos." Não está adiantando muito. Preciso parar de olhar para ele assim." Olho para o chão por um momento, engolindo a seco e quando volto meu olhar para cima, Miguel está terminando de vestir o terno, e seu olhar está fixo nos meus." Será que ele notou que estava olhando para ele daquela forma? Espero que não." Mordo o lábio um pouco nervosa, mas tento relaxar um pouco. Meu chefe não pode nem perceber que estava o secando, desse jeito. Miguel se afasta de mim, erguendo a sobrancelha. — Até mais tarde, Laura. — Apenas balanço a cabeça, e ele com