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A babá do filho do CEO
A babá do filho do CEO
Por: Bell J. Rodrigues
1 - Um bebê em minha porta.

Miguel Rodrigues 

Sou acordado pelo despertador antes do nascer do sol e me preparo para mais um dia no Horizon Banco — Investimentos, uma das instituições financeiras que está crescendo em São Paulo. 

Desligo o despertador, me sento na cama, bocejando e começo a me arrumar, após terminar fico impecável como sempre, ajusto o meu terno antes de ir até à cozinha. Cumprimento a Rita, minha empregada de confiança, e ela me deseja um bom dia.

— Bom dia, senhor. Tome um pouco de café e coma o sanduíche que preparei para o senhor.

Ela me serve o café e agradeço enquanto tomo um gole. Está uma delícia, como sempre.

— Está ótimo, Rita. Por favor, coloque em uma vasilha para mim, eu como na empresa.

Ela pega o (sanduíche), coloca rapidamente em um pote com tampa e me entrega, desejando um ótimo dia.

— Você também. — aceno para ela e vou até o estacionamento, onde meu motorista me espera. Entro no meu carro e ele me cumprimenta.

— Bom dia. Senhor.

Assinto com a cabeça e seguimos até o banco. Hoje será um dia longo.

Ao chegar à sede do banco, caminho pelo corredor e sou recebido pelos funcionários.

— Bom dia, senhor! — vários deles me desejam um bom dia e apenas balanço a cabeça, tentando ser educado, como diariamente.

Após passar por todos os membros da minha equipe, caminho para minha sala, coloco minha maleta em cima da mesa e começo a organizar minha mesa para trabalhar, ligo o meu notebook e começo o meu dia.

Enquanto trabalho incansavelmente ao longo do dia, fico analisando os números, revisando relatórios financeiros. Isso demanda tempo, e sinto minha cabeça começar a doer. Coloco a mão na cabeça e suspiro profundamente, tentando pensar em tudo, menos nessa pontada em minha cabeça.

— Droga! De novo isso. — solto, fazendo uma careta ao tentar massagear minha testa, pensando que isso vai aliviar a minha dor. 

Após uns segundos, faço uma pausa, peço à minha secretária para me trazer um café forte e como o sanduíche que Rita fez para mim. Ao comer alguns pedaços, percebo que está bom, termino de comer rapidamente meu lanche e suspiro, descansando meu corpo em minha cadeira.

******

Após finalizar um dia de trabalho, chego em casa e vou direto para o banheiro, tomo um banho quente e demorado. Seco os meus cabelos, que estavam molhados, e coloco uma roupa casual. Apenas jogo as minhas mechas para trás e saí do meu quarto. Ando pela minha mansão e, chegando à cozinha, pedi para que minha fiel empregada Rita preparasse algo para mim.

— Já vou fazer, senhor. Enquanto isso, coma essas frutas, eu as cortei agora.

Ela me estendeu um pote com as frutas, agradeci e fui até o sofá, comendo-as, estavam mesmo gostosas.

Está começando a ficar tarde e eu preciso descansar para uma importante reunião que terá no dia seguinte.

— Vou comer logo isso. — falo enquanto termino de comer as frutas, estão saborosas.

Depois que Rita termina a janta e me chama, vou até a cozinha e começo a comer despreocupado. Está uma delícia, nunca vou me cansar das comidas de Rita. Quando termino de comer, um dos meus seguranças vem alarmado até mim. Ele chega na cozinha ofegante e com os olhos arregalados.

Olho para ele preocupado, só espero que não tenha acontecido nada grave, agora não.

Rita se assusta e comenta.

— O que aconteceu? — sua voz carregada de preocupação.

Percebi pela reação do meu segurança que algo sério está mesmo acontecendo.

— Senhor, peço desculpas por entrar assim, mas tem policiais aqui e funcionários do governo, e estão com uma criança. 

‘’Uma criança? Eu ouvi direito? Os policiais aqui? O que está havendo?’’

Meu segurança não disse mais detalhes, e fico mais preocupado. Levanto-me e vou imediatamente verificar o que está acontecendo.

Chegando à porta, me deparo com uma pequena criança, que deve ter cerca de três anos, aproximadamente, e está com rosto vermelho de tanto chorar. Seus olhos são redondos e levemente puxados, seus cabelos são loiros bem claros, quase chegando a ser branco. É uma criança bonita, admito. Ele está no colo de uma das pessoas à minha frente. Vejo os policiais e os funcionários que trabalham para o governo.

— Boa noite, o que está havendo aqui? — pergunto, olhando para eles sem entender nada que está de fato acontecendo.

— Senhor Miguel Rodrigues, desculpe não termos ligado, porém, o assunto é sério e pessoal. Essa criança que está em meus braços é o seu filho. — meus olhos piscam sem parar e minha boca se abre, em choque. ‘’Aquele garotinho, é o meu filho?’’

Eu não me lembro de ter engravidado ninguém. O que significa isso? Uma brincadeira? Isso é impossível, eu não tenho uma relação há muito tempo.

— Eu não tenho um filho, você deve ter se enganado, senhora. Quem é a mãe dessa criança?

Os policiais balançam a cabeça e me respondem, se aproximando de mim.

— Não podemos falar sobre isso, a mulher está sob sigilo judicial, enquanto as investigações não acabarem, não podemos dar mais detalhes. Mas temos a certeza que o garoto é seu filho.

A mulher que segura a criança chama a minha atenção.

— Por hora, a criança está sob os seus cuidados. Um funcionário do conselho tutelar irá marcar um dia com o senhor para ver o desenvolvimento entre vocês. Iremos sempre entrar em contato. — ela diz se aproximando mais, querendo me entregar a criança, mas eu me recuso, dou um passo para trás e digo sério.

— Eu não tenho condições, nem tempo para cuidar dessa criança.

Os policiais apenas acenaram e saíram dali, me desejando boa noite. Os outros que trabalham para o governo se distanciam e a mulher que segura a criança, que ainda chora um pouco e soluça, se aproxima de mim, querendo me entregar a criança que fecha os olhos, gemendo baixo.

— Entraremos em contato, Senhor Rodrigues. — a mulher repete me entregando a criança e ergo as minhas mãos, a segurando em meu colo. A mulher sai dali, sem deixar eu falar mais nada.

‘’Eu não acredito nisso, como fizeram isso? Como podem ter certeza que esse filho é meu?’’

Olho para a criança que continua a chorar, suas lágrimas molham a minha blusa.

— Ah, droga! — reclamo, segurando a criança que agarra os meus braços choramingando, chamando por alguém que não consigo entender, por conta do seu choro.

Vou para dentro depressa e quando me sento no sofá, pego o meu celular e ligo para a minha mãe. Rita se aproxima de mim, olhando para mim e a criança. Sei bem o que ela vai falar, olho para ela comentando.

— Vou te contar, Rita, só preciso ligar para minha mãe primeiro. Por favor, prepare um leite para o menino dormir e… — quando vou completar, meu segurança me chama.

— Senhor, quando fui acompanhar eles até a saída, me entregaram essa mochila do menino.

‘’ Ótimo, espero que tenha um copo com tampa para ele tomar leite, algo assim.’’

— Veja se tem algumas roupas e um copo com tampa para ele tomar o leite, não sei como ele se alimenta.

Meu segurança assentiu e começa a procurar. Estou com o celular ainda na orelha e até que enfim minha mãe atende. 

— Oi! meu filho, por que está me ligando a essa hora? Não me diga que aconteceu algo... 

— Mãe, preciso da sua ajuda, aconteceu sim, e uma coisa literalmente louca. — começo a contar a ela tudo que aconteceu, e pelo tom da voz de minha mãe, ela está em choque, assim como eu. 

Após contar tudo a ela, espero que chegue, ela irá me ajudar essa noite, eu não sei o que fazer com essa criança. Estou literalmente ferrado agora.

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