06

Cah Narrando

Acredito que eu já estou aqui à 3 dias, já estou ficando louca nesse lugar, pelo menos agora tenho uma toalha para me secar depois do banho e roupas para  trocar e uma coberta, pelo menos frio eu não passo mais. Mas já cheguei a conclusão que eles querem me matar de fome e sede , estou faz um dia sem comer. E o único jeito que estou tendo noção se é dia ou noite e de uma pequeno buraco na parede redondo que acredito que seja algo de ventilação que ilumina o quarto quando é dia e quando é noite só ajuda ele a escurecer mais.

Henrique narrando

- Diogo mandou as fotos dela machucada para o papai dela? - Digo imaginando como Lucas deve estar com raiva.

- Agora ele deve estar te caçando por todo o canto.

- Ela está dormindo? - Diogo liga a Tv que dá nas câmeras e conseguimos ver ela sentada com a cabeça nos joelhos dela e chorando. - Chama a Marina e diz pra ela levar uma roupa quente pra ela, que vamos ir para a fazenda agora.

- Você não acha que está cedo Henrique? - Ele me olha.

- Não ,  Lucas já está com um vídeo e uma foto da filha, daqui a pouco ele começa ligar os pontos. E eu quero que ele sofra muito. - Digo pensando que uma hora eu teria que matar, mas antes tenho tantas coisas que eu possa fazer com ela.

Cah narrando

Estava perdida em meus pensamentos quando Marina entra pela porta.

- Veste isso menina! E rápido,  que não temos muito tempo. -Ela diz grossa, para a onde será que eles vão me levar?

Pego a sacola e vou em direção ao banheiro, dentro tinha uma calça jeans, uma blusa de manga comprida e um moletom preto, um tênis e uma meia. Eles devem ter pensado em todos os detalhes desse sequestro, porque eles sabiam o tamanho das minhas roupas e do meu calçado. 

Lavo o meu rosto e visto a roupa e o calçado. Quando abro a porta do banheiro, dou de cara com ele, me esperando, ele está com uma jaqueta preta, uma calça jeans e um tênis.

Ficamos nos encarando ali por alguns segundos.

- O negócio é o seguinte garota, você tem duas escolhas, você vai acordada e se comporta, ou tá vendo essa agulha aqui? - Ele diz apontando a seringa na mesa. - Ali tem dose para derrubar cavalo. Ou você vai acordada ou você vai dormindo?

- Eu eu eu vou queta. - Digo gaguejando e com os olhos regalados.

- Boa menina, é assim que eu gosto. - Ele diz sarcástico.  - Vamos Diogo, amarra as mãos dela e leva ela para o carro.

Diogo amarra as minhas mãos, e me leva em direção ao estacionamento da casa, consigo ver que são mais de 6 carros posicionados para sair, e 5 deles com 5 caras armados, eles também são blindados, Diogo me leva até um carro ele era de 7 lugares , me coloca em um banco e prende o cinto com uma chave.

- Nada de gracinha menina, todos esses homens estão com ordem de te meter bala á qualquer momento se você tentar fugir. - Ele diz sentando na minha frente, logo entrou Marina e se sentou ao meu lado e colocou um pano em minha boca , ao lado dela um outro segurança, e na frente o Henrique, e tinha mais o motorista na frente e outro segurança. 

- Aproveita Camila a paisagem são 10h de viagem,  tem certeza que não quer dormir um pouco? - Henrique diz me mostrando uma maleta a onde estava a seringa. Eu estava começando a entrar em desespero, eu estava amarrada, amordaçada,  em um carro durante 10h, indo sei lá para a onde.

Eu não estava entrando em desespero, eu já estou desesperada. O que eles vão fazer comigo? E para a onde eles estão me levando?

Estamos  há algumas horas já na estrada , eu tentava o máximo não olhar para eles, apenas para a janela, mas sentia o olhar  de Henrique em mim.

- Chef, na entrada de Minas esta com um congestionamento de 25km, é perigoso irmos até lá agora.  - O motorista fala. Pera aai, Minas? Eles estão me levando para Minas Gerais.

- Estamos perto de Itajaqui? - Diogo fala. - Tenho uma casa ali, é pequena, mas conseguimos nos acomodar lá sem chamar muita atenção.

- Sim estamos sim. - O motorista fala.

- Então vamos para a casa do Diogo Fred. - Henrique diz. E me olha, e eu desvio o olhar rápido. - Vamos lembrar de não falar nomes dos lugares e os dos outros seguranças perto dela. -Ele diz e todos assentem para ele.

Depois de mais algumas horas já deu para avistar a entrada da cidade de Itajaqui, parecia uma cidade pequena e sossegada,  eles pegaram uma estrada cheio de Matos que o Diogo disse que era melhor porque não tinha moradores por ali e não iam suspeitar de vários carros passando assim.

Eu estava morrendo de sede e de fome, eu já estava ficando meio tonta,  eu estava há quase dois dias sem comer e tomar água. Aos poucos o cansaço,  a fome e a sede foram me vencendo, e eu acabei adormecendo antes de chegar na tal casa.

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