Cah Narrando
Acredito que eu já estou aqui à 3 dias, já estou ficando louca nesse lugar, pelo menos agora tenho uma toalha para me secar depois do banho e roupas para trocar e uma coberta, pelo menos frio eu não passo mais. Mas já cheguei a conclusão que eles querem me matar de fome e sede , estou faz um dia sem comer. E o único jeito que estou tendo noção se é dia ou noite e de uma pequeno buraco na parede redondo que acredito que seja algo de ventilação que ilumina o quarto quando é dia e quando é noite só ajuda ele a escurecer mais.
Henrique narrando
- Diogo mandou as fotos dela machucada para o papai dela? - Digo imaginando como Lucas deve estar com raiva.
- Agora ele deve estar te caçando por todo o canto.
- Ela está dormindo? - Diogo liga a Tv que dá nas câmeras e conseguimos ver ela sentada com a cabeça nos joelhos dela e chorando. - Chama a Marina e diz pra ela levar uma roupa quente pra ela, que vamos ir para a fazenda agora.
- Você não acha que está cedo Henrique? - Ele me olha.
- Não , Lucas já está com um vídeo e uma foto da filha, daqui a pouco ele começa ligar os pontos. E eu quero que ele sofra muito. - Digo pensando que uma hora eu teria que matar, mas antes tenho tantas coisas que eu possa fazer com ela.
Cah narrando
Estava perdida em meus pensamentos quando Marina entra pela porta.
- Veste isso menina! E rápido, que não temos muito tempo. -Ela diz grossa, para a onde será que eles vão me levar?
Pego a sacola e vou em direção ao banheiro, dentro tinha uma calça jeans, uma blusa de manga comprida e um moletom preto, um tênis e uma meia. Eles devem ter pensado em todos os detalhes desse sequestro, porque eles sabiam o tamanho das minhas roupas e do meu calçado.
Lavo o meu rosto e visto a roupa e o calçado. Quando abro a porta do banheiro, dou de cara com ele, me esperando, ele está com uma jaqueta preta, uma calça jeans e um tênis.
Ficamos nos encarando ali por alguns segundos.
- O negócio é o seguinte garota, você tem duas escolhas, você vai acordada e se comporta, ou tá vendo essa agulha aqui? - Ele diz apontando a seringa na mesa. - Ali tem dose para derrubar cavalo. Ou você vai acordada ou você vai dormindo?
- Eu eu eu vou queta. - Digo gaguejando e com os olhos regalados.
- Boa menina, é assim que eu gosto. - Ele diz sarcástico. - Vamos Diogo, amarra as mãos dela e leva ela para o carro.
Diogo amarra as minhas mãos, e me leva em direção ao estacionamento da casa, consigo ver que são mais de 6 carros posicionados para sair, e 5 deles com 5 caras armados, eles também são blindados, Diogo me leva até um carro ele era de 7 lugares , me coloca em um banco e prende o cinto com uma chave.
- Nada de gracinha menina, todos esses homens estão com ordem de te meter bala á qualquer momento se você tentar fugir. - Ele diz sentando na minha frente, logo entrou Marina e se sentou ao meu lado e colocou um pano em minha boca , ao lado dela um outro segurança, e na frente o Henrique, e tinha mais o motorista na frente e outro segurança.
- Aproveita Camila a paisagem são 10h de viagem, tem certeza que não quer dormir um pouco? - Henrique diz me mostrando uma maleta a onde estava a seringa. Eu estava começando a entrar em desespero, eu estava amarrada, amordaçada, em um carro durante 10h, indo sei lá para a onde.
Eu não estava entrando em desespero, eu já estou desesperada. O que eles vão fazer comigo? E para a onde eles estão me levando?
Estamos há algumas horas já na estrada , eu tentava o máximo não olhar para eles, apenas para a janela, mas sentia o olhar de Henrique em mim.
- Chef, na entrada de Minas esta com um congestionamento de 25km, é perigoso irmos até lá agora. - O motorista fala. Pera aai, Minas? Eles estão me levando para Minas Gerais.
- Estamos perto de Itajaqui? - Diogo fala. - Tenho uma casa ali, é pequena, mas conseguimos nos acomodar lá sem chamar muita atenção.
- Sim estamos sim. - O motorista fala.
- Então vamos para a casa do Diogo Fred. - Henrique diz. E me olha, e eu desvio o olhar rápido. - Vamos lembrar de não falar nomes dos lugares e os dos outros seguranças perto dela. -Ele diz e todos assentem para ele.
Depois de mais algumas horas já deu para avistar a entrada da cidade de Itajaqui, parecia uma cidade pequena e sossegada, eles pegaram uma estrada cheio de Matos que o Diogo disse que era melhor porque não tinha moradores por ali e não iam suspeitar de vários carros passando assim.
Eu estava morrendo de sede e de fome, eu já estava ficando meio tonta, eu estava há quase dois dias sem comer e tomar água. Aos poucos o cansaço, a fome e a sede foram me vencendo, e eu acabei adormecendo antes de chegar na tal casa.
Henrique Narrando :Ja estavamos quase chegando na casa do Diogo quando a Camila começou a passar mal no carro e desmaiou.- Deve ser fome e sede. - Marina fala , examinando os pulsos dela. - Os batimentos tão normal, ela deve estar cansada. - Eu fico pensando no que ela disse e no fundo me bateu uma preocupação com ela.Chegamos na casa e Diogo levou a Camila para o quarto.- Coloquei a bela adormecida na cama. -Diogo diz sentando na mesa. - Você já sabe oque vai fazer com ela?- Amanhã irei fazer um video dela e mandar para o pai dela antes de pegar a estrada de novo. Preciso que arrumem o porão. - Digo pensando em várias coisas que vou poder fazer amanhã com ela.Levanto da mesa e vou até o quarto a onde ela está , levando uma bandeja com sanduiche e suco.-Vamos acorda Camila. - Balanço ela, e ela nem sinal. -Anda porra acorda ant
Camila narrandoEstou me sentindo um lixo, sinto dor em tudo,por dentro e por fora , eu mal consigo me mexer ,minha boca está cortada e saindo sangue de tantos socos que ele me deu. Tento me levantar e me sinto tonta, não consigo me mexer ou muito menos andar direito.Sinto quando entram duas vezes no quarto andam em volta da cama e depois vão embora , me encolhi na cama e fingi que estava dormindo.-Camila? - Sinto a voz de Marina entrando no quarto. - Eu vim te ajudar, ele te machucou muito. -Ela fala se aproximando da cama, apenos levanto a cabeça e subo meu olhar até o dela. - Toma esse remédio para dor. - Ela diz me estendendo o remedio e um copo de água. -Vou te ajudar a levantar para tomar um banho e depois cuidar dos seus machucados. Marina me ajudou a ir até o banheiro, com muita dor e dificuldade para andar eu consegui chegar até lá, a dor em baixo da minha cintura estava insup
Camila narrando Ja estava dentro de um carro na estrada novamente, só que dessa vez eu não estava amarrada e nem amordaçada, apenas com o cinto que tranca com uma chave.O Henrique eu só vi quando entrei no carro , com a ajuda da Marina e do Diogo, a dor ainda estava grande , mas eu estava tentando fazer de tudo para não demonstrar.Lá fora parecia está bem quente já que dentro do carro o ar esta ligado , na minha frente estava Marina e no meu lado o Diogo, Henrique dessa vez estava ao lado de Marina e ao lado dele os seguranças, e tinha carros na frente e atrás fazendo a segurança, até tentei fazer um plano para fugir, mas seria suicidio na certa. Eles pareciam entretidos com alguns papeis e discutiam algumas finanças, e faziam de conta que eu nem estava ali, dessa vez não quiz nem prestar atenção se os olhares dele estava encima de mim, me virei meio de lado para janela, e ali fiquei até agora, o relógio q
Camila narrandoAssim que o carro parou, Henrique, Diogo e Marina desceram e eu fiquei ali, esperando alguém me tirar de dentro desse carro. Henrique entrou para dentro da casa sem nem olhar para trás. Diogo falou alguma coisa para algum segurança que estava ao seu lado, e o segurança entrou dentro do carro e o carro começou a andar. E aí que o meu nervosismo aumentou mais ainda, para onde será que eles estão me levando?O carro deu a volta pela casa e parou na parte de trás, uma volta que demorou uns 5 minutos, porque a casa era imensa, pude notar que era uma fazenda mesmo, e que tinha muitos animais e muitos empregados, e que os acessos laterais dava direto para a floresta que tinha ao redor.Quando o carro parou, o segurança desceu, e abriu a porta a onde eu estava, tirou a chave e abriu o cinto.- Vamos. - Ele disse rápido e grosso, e dando licença para sair do carro. - Por aqui. - Ele diz aponta
Camila narrandoO sol já entrava pela pequena janela que tinha em cima da cama, dava para ouvir a agitação que estava no lado de fora, vozes, galinha cantando, passos, não deveria ser muito tarde, acredito eu. As dores no meu corpo já passaram e eu já conseguia me mecher com facilidade.Escuto passos na porta , e quando abre, dou de cara com ele,ele estava segurando a bandeja que acredito que seja o meu café, e uma sacola.- É educado dizer bom dia. - Ele diz colocando a bandeja encima da mesa.- A próxima vez que você tiver um pedido assim para fazer, você não precisa pedir para chamar a Marina, pode pedir para me chamar. - Ele diz me entregando a sacola, que tinha a Pirula do dia seguinte. - Você tem até a tarde para tomar, porque o prazo é 48he vê se toma. - Ele diz parando na minha frente com as mãos no bolso.- E você acha que eu seria louca de não tomar? - Digo encarando ele.
Cah narrando:Já era noite e o relógio marcava 20h , já estava tudo quieto, já não se ouvia agitação que tinha durante o dia, poucas vozes e poucos passos. Estava sentada na cama lendo o livro que a Marina me deu, quando vejo a porta se abrir, era Diogo, ele estava com uma cara séria de mais, parecia preocupado com alguma coisa.- O chef mandou te levar lá para cima. - Ele diz me olhando, escorado na porta. - Vamos logo. - Ele diz um pouco mais grosso. Levanto da cama e vou em sua direção.- O que ele quer comigo? - Pergunto para ele, que balança a cabeça em sinal de negação.Subimos algumas escadas, e passamos por um corredor que tinha muitas portas, uma delas estava aberto e consegui ver que era cozinha e era enorme, tinha algumas mulheres lá dentro trabalhando.Subimos mais algumas escadas, até chegar em mais um corredor enorme, só que esse era bonito, tinha vários quadros p
CAH NARRANDOTive a noite toda pesadelos com a noite anterior, com aquele homem me tocando, o olhar do Henrique . Acordei assustada e me dei conta que eu estava de volta ao quarto do porão, como cheguei aqui ou quem me trouxe eu não sei, eu vestia uma camiseta que deveria ser do Henrique e nada mais, em um canto do quarto estava o meu vestido e as minhas roupas íntimas, eu estava com dor pelo corpo todo e minha cabeça doía muito mais. Com muita dificuldade, consegui levantar e ir até o banheiro, tomei um banho e consegui vestir um shorts e uma blusa. Ainda estava no banheiro, quando a porta se abriu.- Camila? - A voz do Diogo soou pelo quarto. Eu andei até a porta e abri ela, aparecendo no quarto. - Aqui eu trouxe comida e remédio. - Ele diz deixando a bandeja e a sacola de remédio encima da mesa, e logo depois digita o código e vejo que tem o número 2 também. Agora falta só mais 3 números, e estou decidida a fugir desse inferno antes que eles me matem
CAH NARRANDOHoje faz dois dias que o Henrique não aparece aqui, e eu agradeço por isso. Hoje já acordei melhor, não sinto mais tanta dor e os roxos do meu corpo sumiram, está tudo muito calmo para o meu gosto.A senhorinha da aquele dia, vem todos os dias me trazer comida acompanhada do Mane, que toda vez fica me encarando, e isso me dar muito medo.Meus pesadelos vem só aumentando, e toda noite acordo assustada , a sensação de estar sendo observada o tempo todo por ele através das câmeras está me deixando louca, e talvez seja isso que ele queira, me enlouquecer a cada dia que passa.A Marina também sumiu e o Diogo também, não apareceram mais por aqui.No canto do quarto estava a sacola que a Marina me deu e lá tinha uma agenda , e para passar o tempo comecei a escrever os meus momentos aqui, minhas angústias e o meu medo, depois de escrever escondia o caderno atrás