11

Camila narrando

O sol já entrava pela pequena janela que tinha em cima da cama, dava para ouvir a agitação que estava no lado de fora, vozes, galinha cantando, passos, não deveria ser muito tarde, acredito eu. As dores no meu corpo já passaram e eu já conseguia me mecher com facilidade.

Escuto passos na porta , e quando abre, dou de cara com ele,ele estava segurando a bandeja que acredito que seja o meu café, e uma sacola.

- É educado dizer bom dia. - Ele diz colocando a bandeja encima da mesa.- A próxima vez que você tiver um pedido assim para fazer,  você não precisa pedir para chamar a Marina, pode pedir para me chamar. - Ele diz me entregando a sacola, que tinha a Pirula do dia seguinte. - Você tem até a tarde para tomar, porque o prazo é 48he vê se toma. - Ele diz parando na minha frente com as mãos no bolso.

- E você acha que eu seria louca de não tomar? - Digo encarando ele.

- Está corajosa. - Ele diz rindo. - É melhor você tomar logo isso, antes que eu resolva que a melhor vingança é seu pai ter um neto no qual eu sou o pai. -Ele diz tirando o sorriso do rosto, e me deixando assustada.

- Não,  obrigada. - Digo já olhando para a caixa.  -Eu vou tomar.

- E tem mais uma coisa que preciso te falar. - Ele diz ficando na minha frente. - A próxima vez que você me m****r o dedo do meio, eu quebro todos eles, você entendeu? - Ele diz puchando o meu cabelo. -ENTENDEU ? - Dessa vez ele dá um grito, que eu tento dar um pulo para trás, mas as suas mãos em meus cabelos me faz pender para a frente contra o seu corpo.

- Sim, entendi. - Digo soluçando. E ele me joga com força contra a cama. Ele tira o relógio do pulso e joga na cama. E sai pela porta.

Pela primez vez desde que eu estou nesse quarto eu reparo que a porta não abre com chaves e sim com codigos ,ele apertou tão rapido os números que eu não consegui ver quais eram. Peguei o relogio que ele deixou ali e vi as horas eram 8:30 da manhã, eu acho que em toda a minha vida eu nunca acordei tão cedo assim.

As horas se passaram e na agitação do momento eu esqueci de tomar a pirula. Mas ai, quando peguei a caixa para tomar, me veio uma ideia, totalmente louca, mas me veio.

Eu decidi que não vou tomar a pirula, se eu engravidar  de um filho dele, a vingança contra o meu pai será a minha gravidez, e ele não irá mais me machucar. Mas o plano tinha que sair perfeito, peguei abri a caixa da pirula em frente a camera, abri a cartela do remedio e coloquei na boca, fingi que tomei água. Dei dois minutos e fui para o banheiro, tirei o remedio intacto da boca e joguei no ralo do banheiro, agora era esperar.

Já era umas 16h, quando Marina entrou no quarto.

-Tomou o remedio Camila? -Ela disse sentando na minha frente.

-Sim,tomei. - Digo assentindo com a cabeça.

- Voce esta melhor dos machucados?- Ela pergunta com um olhar de pena.

- Sim estou sim. Posso te fazer uma pergunta? - Ela me olha e assente com a cabeça. - Você é tao bonita e parece ser tão legal, porque está nesse mundo?  - Ela deu risada da minha pergunta.

- Não estou nessa vida porque eu quero não, mas é oque sobrou para mim. - Ela diz me entregando uma sacola. - Aqui tem algumas coisas que vai te distrair, livros , um diario, vai te ajudar a passar o tempo. - Ela diz me mostrando as coisas. - Eu prometo que vou tentar que o meu irmão não te machuque mais.

-Isso vai ser dificil, seu irmão é um monstro.

- Ele não foi sempre assim,acredite.

- Oque vocês estão falando de mim? -O demonio aparece na porta me dando um susto.

-De voce? Mas voce é muito convencido mesmo. -Disse Marina rindo.

-Oque é isso? - Ele diz apontando para a sacola que a Marina me deu.

-Eu trouxe uns livros para ela ler. - Ela diz se levantando. - Tchau Camila. -Ela diz saindo do quarto.

- Você tomou o remedio? -Ele diz me encarando.

-Por acaso você não viu pelas cameras?

- Ta abusada em. - Ele diz sentando na cama na minha frente, e eu vou para tras, o maximo que eu posso até que eu bato na parede e levo um susto.

-Por favor não me machuca. - Digo baixo, minha voz sai tremula, e ele da uma risadinha de lado.

O telefone dele toca, e ele atende, parecia ser uma ligação bem importante.

- Me espera, que eu volto. -Ele diz saindo e andando ate a porta , ele digita o codigo e a porta abre, eu consegui ver que ele digitou 2x o número 3 e que sao 6 números, eu pego o pequeno bloco que a Marina me deu e anoto, uma hora eu vou descobrir todos os números, agora falta só 4.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo