CAH NARRANDO
Tive a noite toda pesadelos com a noite anterior, com aquele homem me tocando, o olhar do Henrique . Acordei assustada e me dei conta que eu estava de volta ao quarto do porão, como cheguei aqui ou quem me trouxe eu não sei, eu vestia uma camiseta que deveria ser do Henrique e nada mais, em um canto do quarto estava o meu vestido e as minhas roupas íntimas, eu estava com dor pelo corpo todo e minha cabeça doía muito mais. Com muita dificuldade, consegui levantar e ir até o banheiro, tomei um banho e consegui vestir um shorts e uma blusa. Ainda estava no banheiro, quando a porta se abriu.
- Camila? - A voz do Diogo soou pelo quarto. Eu andei até a porta e abri ela, aparecendo no quarto. - Aqui eu trouxe comida e remédio. - Ele diz deixando a bandeja e a sacola de remédio encima da mesa, e logo depois digita o código e vejo que tem o número 2 também. Agora falta só mais 3 números, e estou decidida a fugir desse inferno antes que eles me matem
CAH NARRANDOHoje faz dois dias que o Henrique não aparece aqui, e eu agradeço por isso. Hoje já acordei melhor, não sinto mais tanta dor e os roxos do meu corpo sumiram, está tudo muito calmo para o meu gosto.A senhorinha da aquele dia, vem todos os dias me trazer comida acompanhada do Mane, que toda vez fica me encarando, e isso me dar muito medo.Meus pesadelos vem só aumentando, e toda noite acordo assustada , a sensação de estar sendo observada o tempo todo por ele através das câmeras está me deixando louca, e talvez seja isso que ele queira, me enlouquecer a cada dia que passa.A Marina também sumiu e o Diogo também, não apareceram mais por aqui.No canto do quarto estava a sacola que a Marina me deu e lá tinha uma agenda , e para passar o tempo comecei a escrever os meus momentos aqui, minhas angústias e o meu medo, depois de escrever escondia o caderno atrás
Camila narrando:Falta só tres numeros para tentar abrir a porta desse quarto, eu tinha ate agora o "332" , e anotei no meu caderno para não esquecer de jeito nenhum.Estou sentada dentro do banheiro escrevendo, é a unica hora que me sinto bem nesse lugar, é quando escrevo, quando coloco todas as minhas angustias, os meus medos, em cada folha desse caderno.-Camila, você esta ai? - Escuto uma voz feminina, e na hora reconheço que é da Dona Nina, é uma outra senhora que trabalha aqui também e que de vez enquando vem me trazer comida.-Sim, estou. -Digo saindo do banheiro. - A onde mais eu estaria.- Digo dando um sorriso fraco.- Eu fiz o bolo de cenoura que você me pediu. - Ela diz me mostrando ele na bandeja. -Mas não conta para ninguem que eu fiz especialmente para você.- Obrigada Dona Nina, você é um amor. -Digo e ela me abraça.- Eu sin
Henrique NarrandoEstou deitado, pensando no que acabou de acontecer, por um minuto eu senti pena dela, eu senti que eu não deveria fazer aquilo tudo com ela, mas ai eu lembrei de Maria, do que o pai dela fez com ela, dos vídeos, das fotos que eu recebi, nada do que ele fez é comparado com oque a filha dele está passando.O pior é que ela achou que iria conseguir me enganar, ela acha que eu e nem os meus homens iriam ver que ela estava cuidando para descobrir a senha da porta. Ela é muito burra.Meu telefone toca me tirando dos meus pensamentos. Era número desconhecido, só pode ser Lucas.- Alo.- Eu quero a minha filha de volta. - Ele diz no outro lado da linha.-Eu também queria Maria de volta e você à matou.- Eu te dou oque você quizer,mas nã
Camila narrandoAcredito que faz já 2 mês e meio que eu fui sequestrada. Igual aquela noite nunca mais aconteceu, mas pelo menos 3x por semana ele me mandavam me buscar, obrigava a transar com ele e depois me mandava de volta para o quarto, pelo menos a violência diminuiu um pouco, e eu nunca mais fiquei no estado que tinha ficado aquelas noites.Fazia alguns dias que a Marina não aparecia mais aqui. Nesse momento estou sentada no banheiro com a porta trancada escrevendo na agenda, fazia alguns dias que eu não escrevia nada, e então hoje eu tinha muita coisa para escrever.Essa noite passada Henrique me chamou lá para cima, ele estava estranho e inquieto mas ele fez a mesma coisa de sempre, só que uma hora ele me empurrou contra a cama e machuquei o meu braço, agora ele está doendo muito.Guardo o meu caderno atrás da pia e volto para o quarto, pego a escova de cabelo e começo a pentear meu ca
CAH NARRANDOEncaro o teste por alguns minutos e resolvo fazer ele.Agora tenho que esperar 3 minutos até aparecer o negativo ou o positivo.-E ai já deu? - Escuto as batidas na porta e voz do Henrique.- Já estou saindo. - Grito de volta.Na minha cabeça passava um turbilhões de sentimentos. As palavras deles estão na minha cabeça, ele ia esperar o bebê nascer para me matar, e o meu filho ia crescer na mal desses malditos.Enfim o resultado sai no teste, e na hora penso que vou ter um ataque no coração de tão nervosa que eu fiquei, não teve como não chorar. Sequei as minhas lagrimas, e sai pela porta.- E ai? - Os três perguntaram junto. Eu apenas estiquei o teste e Marina pegou da minha mão.- E ai Marina? - Henrique pergunta
Cah narrandoComo eu não posso sair desse lugar, Marina me trouxe outro teste do Clear Blue para ver com quantas semanas eu estou agora, pelas nossas contas eu estaria de 12 semanas, eu ainda não fiz o teste novamente, eu estou trancada escrevendo uma carta para o meu filho/filha ler quando ele crescer.Eu tinha pedido para a Marina para pedir ao Henrique para colocar um espelho no quarto,para que eu conseguisse ver quando a barriga começasse a crescer, e ele deixou que colocasse o espelho no banheiro. Eu ficava ali todos os dias me olhando para ver se tinha algum sinal de barriga,porinquanto apenas uma bolota em um canto da barriga. Sinto uma batida na porta e me tira dos meus pensamentos, guardo o caderno com tudo.- Camila você está ai? - A voz dele soa do outro lado da porta.Eu abro a porta rápido.- Sim estou sim. - Digo olhando para ele.
Henrique narrando:Eu sai do quarto sem entender oque passou pela minha cabeça para que isso tenha acontecido. Depois que eu descobri que ela estava carregando um filho meu, os meus pensamentos mudaram totalmente, eu não tinha mais aquele sangue fervendo pedindo vingança.Essa criança seria a vingança perfeita, o pai dela carregar a culpa da morte da filha e ainda saber que tem um neto que o pai sou eu.Camila não iria poder ter essa criança no Brasil, então já estava planejando a nossa ida para fora do Brasil daqui 3 meses, pelas contas elas estaria de 6 mêses e lá ela iria conseguir fazer o pre natal, os exames e ter o seu parto no hospital. Eu decidi que ela iria ficar viva ate o 6 meses de vida dessa crianças, depois a mataria, e a criança mandaria para o internato.E espero que até lá eu não desista dessa ideia, que eu não me apaixone por ela. E isso não pode acontecer. Eu estava na c
Cah narrandoAcordei com muito enjoo e sai correndo para o banheiro, os enjoos matinais me acompanhavam desdo dia que eu descobri que estava gravida. Henrique veio logo atrás de mim, me ajudou, segurou meus cabelos, me deu um copo de água.- Vem, você precisa comer alguma coisa. - Ele diz me levando até a mesa que tinha em seu quarto, estava cheia de comida, tinha de tudo e mais um pouco. Eu tomei um copo de suco, uma salada de fruta e depois um iorgut com granola, para não abusar de mais e depois correr para o banheiro.- Quando vou poder voltar lá para baixo? - Eu pergunto para ele enquanto tomavamos o café.- Não gostou daqui? - Ele diz me olhando.E eu balanço a cabeça em sinal de negação.- - A obra já está acabando. A tarde você vai. - Ele diz me olhando.- A obra é no quarto? -Eu pergunto para ele.- No banheiro, vaza