Cah narrando:
Já era noite e o relógio marcava 20h , já estava tudo quieto, já não se ouvia agitação que tinha durante o dia, poucas vozes e poucos passos. Estava sentada na cama lendo o livro que a Marina me deu, quando vejo a porta se abrir, era Diogo, ele estava com uma cara séria de mais, parecia preocupado com alguma coisa.
- O chef mandou te levar lá para cima. - Ele diz me olhando, escorado na porta. - Vamos logo. - Ele diz um pouco mais grosso. Levanto da cama e vou em sua direção.
- O que ele quer comigo? - Pergunto para ele, que balança a cabeça em sinal de negação.
Subimos algumas escadas, e passamos por um corredor que tinha muitas portas, uma delas estava aberto e consegui ver que era cozinha e era enorme, tinha algumas mulheres lá dentro trabalhando.
Subimos mais algumas escadas, até chegar em mais um corredor enorme, só que esse era bonito, tinha vários quadros pendurados na porta, Diogo abre a porta de um quarto.
- Anda, entra, espera aqui, que ele já vem. - Ele disse fechando a porta assim que eu entrei, eu já imaginaria o porque de eu estar aqui.
O quarto era bonito, os tons da parede eram em amarelo / dourado com algumas partes com papel de parede. A cama era grande e parecia ser confortável, tinha uma porta que provavelmente dava para uma sacada mas estava com cortinas, janelas de vidro com persianas , uma estante com vários livros e uma porta para o banheiro.
Eu estava sentada na cama admirando o quarto, quando ele entra no quarto.
- Boa noite. - Ele diz entrando e fechando a porta, larga a sua arma em um criado mudo, enquanto me encara. - Você é muito mau educada dona Camila.
- Boa noite . - Digo baixo e tentando não o encarar.
- Você vai tirar a roupa ou vai querer que eu rasgue de novo? - Ele diz me encarando. -E se isso acontecer, você volta lá para baixo pelada. - fala mais uma vez me encarando. - Vou tomar um banho, quando voltar não quero ver você com roupa. - Ele diz virando as costas e indo para o banheiro.
Assim, que ele vira as costas começo a chorar, escuto quando ele entra no banho, e fico ali pensando nessa merda que a minha vida virou. Tiro o meu vestido que eu estava, e fico só de lingerie, coloco o vestido encima da poltrona , tiro a calcinha e o sutiã, me enrolo em um lençol que tinha ali e fico na cama encarando o teto.
- Você tá drogada? - Ele diz assim que volta banheiro.
- Só se você mandou colocar droga na minha comida.
- Abusada você em. - Ele diz rindo. - Tira esse lençol, não tem nada aí que eu não tenha visto e usado da outra vez. - Ele diz puxando o lençol do meu corpo.
Quando eu fiquei totalmente nua em sua frente, uma lágrima começou a descer.
- Olha só eu falei para a Marina que eu ia tentar não te machucar, então não chora. - Ele diz vindo para cima de mim, e eu tento ir para trás, mas ele me segura. - Se ajoelha anda. - Ele diz alterando a voz.
Eu me ajolhei em sua frente , e ele agarrou nos meus cabelos e enfiou o seu pênis todo na minha boca, me fazendo o engolir inteiro, ele era grosso e grande, meus olhos lacrimejavam, e ele me fazia engolir inteiro, estocava com força dentro da minha boca. Depois que ele gozou na minha boca , no meu rosto, nos meus peitos, ele me puchou pelo cabelo e me jogou com força de volta na cama, fazendo eu bater a cabeça na guarda da cama.
- Não sabe fazer nem um boquete direito. - Ele diz vindo por cima de mim. - Mas você vai treinar bastante até aprender. -Ele diz dando um tapa na minha cara, e forçando as minhas penas para abrir, ja que eu tentava contrair elas. Com muita força ele consegue abrir as minhas pernas , e nisso eu dou um berro, e ele me da mais um tapa na cara.
- Eu mandei você ficar quieta sua desgraçada. -Ele diz entrando em mim com tudo. Nesse momento eu queria morrer. Depois de muitos tapas e socos, e ele estocando com tudo dentro de mim, ele sai , e goza encima de mim. -Espera do jeito que voce tá, que eu já volto. - Ele diz vestindo a cueca e o calção. Eu fico ali parada, sem reação.
Quando ele volta segurando um copo de bebida, com o Diogo e um outro cara que eu não conheço. - Diogo grava tudo, e você Mané faz o trabalho direitinho. -Ele fala me olhando e eu só sei arregalar os olhos e chorar e chorar muito. O cara que era bem alto chega perto de mim, e o Diogo com uma câmera começa a gravar.
O tal de Mané me pega pelo pescoço com uma mão apertando forte, e com a outra mão começa a me deferir tapas e socos, ele me solta com força na cama e mais uma vez bato com tudo a cabeça, e fico zonza, fecho os olhos porque já enchergo tudo duplo, tento me debater para fugir dos socos e chutes mas eu não consigo, ele da socos na minha cabeça, aperta os meus seios. Depois de uma meia hora de tortura, ele para , e me deixa ali imóvel.
- Agora edita e manda isso para o pai dela. - Escuto a voz do Henrique de longe. Escuto quando a porta se abre e fecha, mas sinto a presença dele no quarto ainda.
Abro meus olhos e vejo ele sentado na poltrona me olhando fixamente , com um olhar de ódio. E é a ultima coisa que eu lembro antes de pegar no sono.
CAH NARRANDOTive a noite toda pesadelos com a noite anterior, com aquele homem me tocando, o olhar do Henrique . Acordei assustada e me dei conta que eu estava de volta ao quarto do porão, como cheguei aqui ou quem me trouxe eu não sei, eu vestia uma camiseta que deveria ser do Henrique e nada mais, em um canto do quarto estava o meu vestido e as minhas roupas íntimas, eu estava com dor pelo corpo todo e minha cabeça doía muito mais. Com muita dificuldade, consegui levantar e ir até o banheiro, tomei um banho e consegui vestir um shorts e uma blusa. Ainda estava no banheiro, quando a porta se abriu.- Camila? - A voz do Diogo soou pelo quarto. Eu andei até a porta e abri ela, aparecendo no quarto. - Aqui eu trouxe comida e remédio. - Ele diz deixando a bandeja e a sacola de remédio encima da mesa, e logo depois digita o código e vejo que tem o número 2 também. Agora falta só mais 3 números, e estou decidida a fugir desse inferno antes que eles me matem
CAH NARRANDOHoje faz dois dias que o Henrique não aparece aqui, e eu agradeço por isso. Hoje já acordei melhor, não sinto mais tanta dor e os roxos do meu corpo sumiram, está tudo muito calmo para o meu gosto.A senhorinha da aquele dia, vem todos os dias me trazer comida acompanhada do Mane, que toda vez fica me encarando, e isso me dar muito medo.Meus pesadelos vem só aumentando, e toda noite acordo assustada , a sensação de estar sendo observada o tempo todo por ele através das câmeras está me deixando louca, e talvez seja isso que ele queira, me enlouquecer a cada dia que passa.A Marina também sumiu e o Diogo também, não apareceram mais por aqui.No canto do quarto estava a sacola que a Marina me deu e lá tinha uma agenda , e para passar o tempo comecei a escrever os meus momentos aqui, minhas angústias e o meu medo, depois de escrever escondia o caderno atrás
Camila narrando:Falta só tres numeros para tentar abrir a porta desse quarto, eu tinha ate agora o "332" , e anotei no meu caderno para não esquecer de jeito nenhum.Estou sentada dentro do banheiro escrevendo, é a unica hora que me sinto bem nesse lugar, é quando escrevo, quando coloco todas as minhas angustias, os meus medos, em cada folha desse caderno.-Camila, você esta ai? - Escuto uma voz feminina, e na hora reconheço que é da Dona Nina, é uma outra senhora que trabalha aqui também e que de vez enquando vem me trazer comida.-Sim, estou. -Digo saindo do banheiro. - A onde mais eu estaria.- Digo dando um sorriso fraco.- Eu fiz o bolo de cenoura que você me pediu. - Ela diz me mostrando ele na bandeja. -Mas não conta para ninguem que eu fiz especialmente para você.- Obrigada Dona Nina, você é um amor. -Digo e ela me abraça.- Eu sin
Henrique NarrandoEstou deitado, pensando no que acabou de acontecer, por um minuto eu senti pena dela, eu senti que eu não deveria fazer aquilo tudo com ela, mas ai eu lembrei de Maria, do que o pai dela fez com ela, dos vídeos, das fotos que eu recebi, nada do que ele fez é comparado com oque a filha dele está passando.O pior é que ela achou que iria conseguir me enganar, ela acha que eu e nem os meus homens iriam ver que ela estava cuidando para descobrir a senha da porta. Ela é muito burra.Meu telefone toca me tirando dos meus pensamentos. Era número desconhecido, só pode ser Lucas.- Alo.- Eu quero a minha filha de volta. - Ele diz no outro lado da linha.-Eu também queria Maria de volta e você à matou.- Eu te dou oque você quizer,mas nã
Camila narrandoAcredito que faz já 2 mês e meio que eu fui sequestrada. Igual aquela noite nunca mais aconteceu, mas pelo menos 3x por semana ele me mandavam me buscar, obrigava a transar com ele e depois me mandava de volta para o quarto, pelo menos a violência diminuiu um pouco, e eu nunca mais fiquei no estado que tinha ficado aquelas noites.Fazia alguns dias que a Marina não aparecia mais aqui. Nesse momento estou sentada no banheiro com a porta trancada escrevendo na agenda, fazia alguns dias que eu não escrevia nada, e então hoje eu tinha muita coisa para escrever.Essa noite passada Henrique me chamou lá para cima, ele estava estranho e inquieto mas ele fez a mesma coisa de sempre, só que uma hora ele me empurrou contra a cama e machuquei o meu braço, agora ele está doendo muito.Guardo o meu caderno atrás da pia e volto para o quarto, pego a escova de cabelo e começo a pentear meu ca
CAH NARRANDOEncaro o teste por alguns minutos e resolvo fazer ele.Agora tenho que esperar 3 minutos até aparecer o negativo ou o positivo.-E ai já deu? - Escuto as batidas na porta e voz do Henrique.- Já estou saindo. - Grito de volta.Na minha cabeça passava um turbilhões de sentimentos. As palavras deles estão na minha cabeça, ele ia esperar o bebê nascer para me matar, e o meu filho ia crescer na mal desses malditos.Enfim o resultado sai no teste, e na hora penso que vou ter um ataque no coração de tão nervosa que eu fiquei, não teve como não chorar. Sequei as minhas lagrimas, e sai pela porta.- E ai? - Os três perguntaram junto. Eu apenas estiquei o teste e Marina pegou da minha mão.- E ai Marina? - Henrique pergunta
Cah narrandoComo eu não posso sair desse lugar, Marina me trouxe outro teste do Clear Blue para ver com quantas semanas eu estou agora, pelas nossas contas eu estaria de 12 semanas, eu ainda não fiz o teste novamente, eu estou trancada escrevendo uma carta para o meu filho/filha ler quando ele crescer.Eu tinha pedido para a Marina para pedir ao Henrique para colocar um espelho no quarto,para que eu conseguisse ver quando a barriga começasse a crescer, e ele deixou que colocasse o espelho no banheiro. Eu ficava ali todos os dias me olhando para ver se tinha algum sinal de barriga,porinquanto apenas uma bolota em um canto da barriga. Sinto uma batida na porta e me tira dos meus pensamentos, guardo o caderno com tudo.- Camila você está ai? - A voz dele soa do outro lado da porta.Eu abro a porta rápido.- Sim estou sim. - Digo olhando para ele.
Henrique narrando:Eu sai do quarto sem entender oque passou pela minha cabeça para que isso tenha acontecido. Depois que eu descobri que ela estava carregando um filho meu, os meus pensamentos mudaram totalmente, eu não tinha mais aquele sangue fervendo pedindo vingança.Essa criança seria a vingança perfeita, o pai dela carregar a culpa da morte da filha e ainda saber que tem um neto que o pai sou eu.Camila não iria poder ter essa criança no Brasil, então já estava planejando a nossa ida para fora do Brasil daqui 3 meses, pelas contas elas estaria de 6 mêses e lá ela iria conseguir fazer o pre natal, os exames e ter o seu parto no hospital. Eu decidi que ela iria ficar viva ate o 6 meses de vida dessa crianças, depois a mataria, e a criança mandaria para o internato.E espero que até lá eu não desista dessa ideia, que eu não me apaixone por ela. E isso não pode acontecer. Eu estava na c