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Camila narrando

Assim que o carro parou, Henrique, Diogo e Marina desceram e eu fiquei ali, esperando alguém me tirar de dentro desse carro. Henrique entrou para dentro da casa sem nem olhar para trás. Diogo falou alguma coisa para algum segurança que estava ao seu lado, e o segurança entrou dentro do carro e o  carro começou a andar. E aí que o meu nervosismo aumentou mais ainda, para onde será que eles estão me levando?

O carro deu a volta pela casa e parou na parte de trás, uma volta que demorou uns 5 minutos, porque a casa era imensa, pude notar que era uma fazenda mesmo, e que tinha muitos animais e muitos empregados, e que os acessos laterais dava direto para a floresta que tinha ao redor.

Quando o carro parou, o segurança desceu, e abriu a porta a onde eu estava, tirou a chave e abriu o cinto.

- Vamos. - Ele disse rápido e grosso, e dando licença para sair do carro. - Por aqui. - Ele diz apontando para uma escadaria que descia para um corredor, parecia uma espécie de porão, aquele corredor era escuro e tinha várias portas, seguimos até o final dele, ele abriu uma porta. - Anda entra aí,  o patrão mandou te deixar aqui. - Ele diz fechando a porta depois que eu entrei. Não era um lugar muito diferente do primeiro que eu fiquei, ele era escuro também, só que um pouco mais organizado até,  tinha uma cama de casal, uma mesa no canto, e um armário e uma tv pequena grudada na parede, parecia que o lugar tinha sido preparado para me receber.

Curiosa, abri o armário,  e lá tinha roupas, calçados, roupas íntimas com etiquetas e todos são o meu tamanho  ,coberta e travesseiro.

Sentei na cama e fiquei ali pensando o que seria de mim agora, e quando o meu pai iria me achar, mas sendo que aqui seria muito difícil dele me encontrar, isso aqui é no fim do mundo.

A porta se abre me tirando dos meus pensamentos, era Diogo, o aprendiz de demônio.

- O patrão mandou eu te trazer isso. - Ele diz deixando uma bandeja de comida encima da mesa. - E agora você está gostando do quarto? - Ele diz dando um sorriso de canto. - Tem até televisão pow. - Ele diz abrindo os braços,  nunca tinha reparado como ele é bonito, mas é da mesma laia do Henrique.

- Obrigada. - Digo olhando receosa para ele. - Eu preciso de um remédio, será que eu posso falar com a Marina?

- Pode falar comigo que eu trago.

- Eu quero uma pílula. - Quando falo ele me olha com um olhar meio intrigado. - Do dia seguinte.

- Vou falar com o patrão, se ele autorizar eu trago.- Ele disse fechando a porta. Do jeito que o Henrique é um monstro é capaz dele não deixar eu tomar essa maldita pílula, mas ele não usou camisinha, eu não tomo a pílula faz acho que uns 5 dias desde que eu fui sequestrada, eu tomava para regular a minha menstruação, só me falta agora ele querer que eu fique grávida dele.

Pela primeira vez depois que fui sequestrada vou comer comida, sentei na aquela mesa e comi como se fosse a minha última refeição, eu estava morrendo de fome.

Estava terminando de tomar o meu suco quando algo me chama atenção, uma câmera no canto da parede, é claro que ele não ia perder a oportunidade de me vigiar dentro desse quarto, será que ele está me vendo agora? E foi em instantes que eu mandei o dedo no meio e um "vai se ferrar" em direção a câmera, e se arrependimento matasse eu estava morta agora mesmo.

Espero que ele não tenha visto!

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