Camila narrando
Ja estava dentro de um carro na estrada novamente, só que dessa vez eu não estava amarrada e nem amordaçada, apenas com o cinto que tranca com uma chave.
O Henrique eu só vi quando entrei no carro , com a ajuda da Marina e do Diogo, a dor ainda estava grande , mas eu estava tentando fazer de tudo para não demonstrar.
Lá fora parecia está bem quente já que dentro do carro o ar esta ligado , na minha frente estava Marina e no meu lado o Diogo, Henrique dessa vez estava ao lado de Marina e ao lado dele os seguranças, e tinha carros na frente e atrás fazendo a segurança, até tentei fazer um plano para fugir, mas seria suicidio na certa. Eles pareciam entretidos com alguns papeis e discutiam algumas finanças, e faziam de conta que eu nem estava ali, dessa vez não quiz nem prestar atenção se os olhares dele estava encima de mim, me virei meio de lado para janela, e ali fiquei até agora, o relógio que tinha no carro marcava 7h da manhã quando saimos agora já esta marcando 10h.
3 horas dentro de um carro e eu não consigo bolar um plano se quer para fugir desse inferno.
Marina me olhava com um olhar de pena, eu digo que ela é bipolar, uma hora me trata bem e outra não, mas no fundo ela parece ser legal.
- Quer um pouco de água Camila? -Marina me pergunta,trazendo a atenção do Henrique e do Diogo para mim, apenas nego com a cabeça. E eles continuaram a conversa que estava tendo.
-Diogo , Diogo. - Alguma coisa parecida com um radio começou a apitar no colo do Diogo e uma voz de um cara chamando ele.
-Fala parceiro.
- Deviam pela 3 rota pelo matagal.Tem blitz na via que vocês normalmente pegam,e Lucas ja deu a filha como desaparecida.
Me deu um alivio quando fiquei sabendo que o meu pai pelo menos estava me procurando.
- Motorista desvia pela rota 3 agora. -Henrique da a ordem e o motorista apenas assente.
- Não fica Feliz com a noticia não, porque seu pai só vai te achar morta. - Henrique fala isso olhando com os olhares esprimido de raiva e com a voz bem grossa.
Viro novamente para a janela quase descendo as lagrimas sairem, mas consigo segurar para que elas não caiem, mas a minha respiração pesa no mesmo momento.
Porque ele não me mata de uma vez? Quantas coisas vou ter que passar na mão desse monstro ainda ?
Entramos em uma rua que acredito ser a rota 3 do matagal,so tinha campo e mato para os dois lados, era sem fim, em algumas partes da via a mata era bem fechada e por mais que seja de meio dia ainda, aquela estrada era muito escura e me trazia medo , porque seria um ótimo lugar para ele me matar e esconder meu corpo.
Balanço a cabeca para afastar esses pensamentos, porque eu ficava tao neurótica pensando isso que eu ficava com mais medo e mais em choque do que eu já estou.
- Toma Camila, bebe um pouco, você deve estar com sede agora. -Marina me estende um copo de água, eu aceito e agradeço, agora eu estava realmente com muita sede.
Depois de ter passado por aquela estrada , entramos por uma cidade, e depois seguimos numa estrada de chão que parecia ser no meio de uma floresta, até chegar na frente de um portão de madeira bonito e grande, na hora deduzi que era uma fazenda, envolta tinha muitas árvores, mas quando passava pelo portão, era lindo de mais, tinha um jardim lindo na frente, a casa era da aqueles modelos antigos de fazenda na cor branca,e tinha uma fonte na frente.
Havia também muitas pessoas que acredito que seja empregados, tinha guarita de segurança, e segurança andando envolta da casa. Não sei se seria tão facil fugir assim.
Camila narrandoAssim que o carro parou, Henrique, Diogo e Marina desceram e eu fiquei ali, esperando alguém me tirar de dentro desse carro. Henrique entrou para dentro da casa sem nem olhar para trás. Diogo falou alguma coisa para algum segurança que estava ao seu lado, e o segurança entrou dentro do carro e o carro começou a andar. E aí que o meu nervosismo aumentou mais ainda, para onde será que eles estão me levando?O carro deu a volta pela casa e parou na parte de trás, uma volta que demorou uns 5 minutos, porque a casa era imensa, pude notar que era uma fazenda mesmo, e que tinha muitos animais e muitos empregados, e que os acessos laterais dava direto para a floresta que tinha ao redor.Quando o carro parou, o segurança desceu, e abriu a porta a onde eu estava, tirou a chave e abriu o cinto.- Vamos. - Ele disse rápido e grosso, e dando licença para sair do carro. - Por aqui. - Ele diz aponta
Camila narrandoO sol já entrava pela pequena janela que tinha em cima da cama, dava para ouvir a agitação que estava no lado de fora, vozes, galinha cantando, passos, não deveria ser muito tarde, acredito eu. As dores no meu corpo já passaram e eu já conseguia me mecher com facilidade.Escuto passos na porta , e quando abre, dou de cara com ele,ele estava segurando a bandeja que acredito que seja o meu café, e uma sacola.- É educado dizer bom dia. - Ele diz colocando a bandeja encima da mesa.- A próxima vez que você tiver um pedido assim para fazer, você não precisa pedir para chamar a Marina, pode pedir para me chamar. - Ele diz me entregando a sacola, que tinha a Pirula do dia seguinte. - Você tem até a tarde para tomar, porque o prazo é 48he vê se toma. - Ele diz parando na minha frente com as mãos no bolso.- E você acha que eu seria louca de não tomar? - Digo encarando ele.
Cah narrando:Já era noite e o relógio marcava 20h , já estava tudo quieto, já não se ouvia agitação que tinha durante o dia, poucas vozes e poucos passos. Estava sentada na cama lendo o livro que a Marina me deu, quando vejo a porta se abrir, era Diogo, ele estava com uma cara séria de mais, parecia preocupado com alguma coisa.- O chef mandou te levar lá para cima. - Ele diz me olhando, escorado na porta. - Vamos logo. - Ele diz um pouco mais grosso. Levanto da cama e vou em sua direção.- O que ele quer comigo? - Pergunto para ele, que balança a cabeça em sinal de negação.Subimos algumas escadas, e passamos por um corredor que tinha muitas portas, uma delas estava aberto e consegui ver que era cozinha e era enorme, tinha algumas mulheres lá dentro trabalhando.Subimos mais algumas escadas, até chegar em mais um corredor enorme, só que esse era bonito, tinha vários quadros p
CAH NARRANDOTive a noite toda pesadelos com a noite anterior, com aquele homem me tocando, o olhar do Henrique . Acordei assustada e me dei conta que eu estava de volta ao quarto do porão, como cheguei aqui ou quem me trouxe eu não sei, eu vestia uma camiseta que deveria ser do Henrique e nada mais, em um canto do quarto estava o meu vestido e as minhas roupas íntimas, eu estava com dor pelo corpo todo e minha cabeça doía muito mais. Com muita dificuldade, consegui levantar e ir até o banheiro, tomei um banho e consegui vestir um shorts e uma blusa. Ainda estava no banheiro, quando a porta se abriu.- Camila? - A voz do Diogo soou pelo quarto. Eu andei até a porta e abri ela, aparecendo no quarto. - Aqui eu trouxe comida e remédio. - Ele diz deixando a bandeja e a sacola de remédio encima da mesa, e logo depois digita o código e vejo que tem o número 2 também. Agora falta só mais 3 números, e estou decidida a fugir desse inferno antes que eles me matem
CAH NARRANDOHoje faz dois dias que o Henrique não aparece aqui, e eu agradeço por isso. Hoje já acordei melhor, não sinto mais tanta dor e os roxos do meu corpo sumiram, está tudo muito calmo para o meu gosto.A senhorinha da aquele dia, vem todos os dias me trazer comida acompanhada do Mane, que toda vez fica me encarando, e isso me dar muito medo.Meus pesadelos vem só aumentando, e toda noite acordo assustada , a sensação de estar sendo observada o tempo todo por ele através das câmeras está me deixando louca, e talvez seja isso que ele queira, me enlouquecer a cada dia que passa.A Marina também sumiu e o Diogo também, não apareceram mais por aqui.No canto do quarto estava a sacola que a Marina me deu e lá tinha uma agenda , e para passar o tempo comecei a escrever os meus momentos aqui, minhas angústias e o meu medo, depois de escrever escondia o caderno atrás
Camila narrando:Falta só tres numeros para tentar abrir a porta desse quarto, eu tinha ate agora o "332" , e anotei no meu caderno para não esquecer de jeito nenhum.Estou sentada dentro do banheiro escrevendo, é a unica hora que me sinto bem nesse lugar, é quando escrevo, quando coloco todas as minhas angustias, os meus medos, em cada folha desse caderno.-Camila, você esta ai? - Escuto uma voz feminina, e na hora reconheço que é da Dona Nina, é uma outra senhora que trabalha aqui também e que de vez enquando vem me trazer comida.-Sim, estou. -Digo saindo do banheiro. - A onde mais eu estaria.- Digo dando um sorriso fraco.- Eu fiz o bolo de cenoura que você me pediu. - Ela diz me mostrando ele na bandeja. -Mas não conta para ninguem que eu fiz especialmente para você.- Obrigada Dona Nina, você é um amor. -Digo e ela me abraça.- Eu sin
Henrique NarrandoEstou deitado, pensando no que acabou de acontecer, por um minuto eu senti pena dela, eu senti que eu não deveria fazer aquilo tudo com ela, mas ai eu lembrei de Maria, do que o pai dela fez com ela, dos vídeos, das fotos que eu recebi, nada do que ele fez é comparado com oque a filha dele está passando.O pior é que ela achou que iria conseguir me enganar, ela acha que eu e nem os meus homens iriam ver que ela estava cuidando para descobrir a senha da porta. Ela é muito burra.Meu telefone toca me tirando dos meus pensamentos. Era número desconhecido, só pode ser Lucas.- Alo.- Eu quero a minha filha de volta. - Ele diz no outro lado da linha.-Eu também queria Maria de volta e você à matou.- Eu te dou oque você quizer,mas nã
Camila narrandoAcredito que faz já 2 mês e meio que eu fui sequestrada. Igual aquela noite nunca mais aconteceu, mas pelo menos 3x por semana ele me mandavam me buscar, obrigava a transar com ele e depois me mandava de volta para o quarto, pelo menos a violência diminuiu um pouco, e eu nunca mais fiquei no estado que tinha ficado aquelas noites.Fazia alguns dias que a Marina não aparecia mais aqui. Nesse momento estou sentada no banheiro com a porta trancada escrevendo na agenda, fazia alguns dias que eu não escrevia nada, e então hoje eu tinha muita coisa para escrever.Essa noite passada Henrique me chamou lá para cima, ele estava estranho e inquieto mas ele fez a mesma coisa de sempre, só que uma hora ele me empurrou contra a cama e machuquei o meu braço, agora ele está doendo muito.Guardo o meu caderno atrás da pia e volto para o quarto, pego a escova de cabelo e começo a pentear meu ca