“FT”, 16 de janeiro, sexta-feira.
Estacionou a BMW a duzentos metros do ginásio.
Havia dito para a esposa que precisava resolver um assunto urgente, de trabalho.
Ela → acostumada a essas ausências → não questionou nem quis saber do que se tratava.
Era uma excelente esposa!
Vinte e tantos anos de casamento e continuava compreensiva, fiel e meiga! Fingia, inclusive, ignorar as diversas amantes que arrumava.
A mulher perfeita!
Olhou o relógio: 23h10min.
Saiu da BMW. Usava terno preto, com gravata azul. A pistola se encontrava no coldre axilar, este oculto pelo terno. Adorava usar esse tipo de roupa.<
PARTE QUATRO - O FIM DO MISTÉRIO “FT”, 17 de janeiro, sábado. Encontraram-se no restaurante “Hutt Levidt Paladar”, naquela manhã ensolarada. Beijaram-se nas faces. Ocuparam uma mesa discreta, nos fundos do recinto. → Tudo bem? → ela quis saber. → Tudo. → O dia está lindo. → Realmente O sol está maravilhoso. → Vamos almoçar? Comeram lagosta, com arroz, macarrão, salada, feijão e farofa. E vinho branco, como acompanhamento. Em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensam
JODERYMA TORRES A VINGANÇA DO &n
PARTE UM - O ASSASSINO Cidade de “FT”, 13 de janeiro, terça-feira. A casa! De um pavimento, pintada de verde-claro. Murinho na frente, metade alvenaria, metade grades de ferro. Atrás do murinho, no centro, um jardim bem cuidado. Do lado esquerdo, a porta da sala e sua respectiva grade de proteção. Do lado direito, a espaçosa garagem. Havia um carro naquela garagem. Uma BMW azul-búzios. Nova! Reluzente! Animou-se, uma vez que a presença do veículo era o claro sinal de que poderia dar início às ações. Olhou o relógio: 15h25min. Tarde de sol. Calor dos in
“FT”, 13 de janeiro, terça-feira. Viu-se diante de um verdadeiro monumento! Como poderia descrevê-la? Tão alta quanto ele. Teria entre vinte e cinco e trinta anos. Pele cor de canela. Cabelos escuros, curtos e crespos. E curvas... muitas curvas! Os olhos esverdeados davam um vívido charme ao lindo rosto! Usava uma blusa cor-de-rosa, decotada e sem sutiã → que deixava à mostra as ondulações dos enormes seios →, e um short jeans curto, que destacava a simetria de suas coxas grossas. Barriga reta, de quem malhava bastante! Muito mais bela e sexy do que o contato havia informado.
“FT”, 13 de janeiro, terça-feira. Colocou a metade do corpo para fora e ergueu a mão armada. → Volto a repetir, Ana → o homem dizia →. Não liguei para a Mindows, solicitando encontro aqui na tua casa. Deve estar ha... POW! POW! Mirou o peito, para não errar. Dois tiros certeiros. Viu o homem desabar para trás, bruscamente, após soltar um grunhido animalesco. Bateu a cabeça na parede e caiu de costas. Emitiu convulsões → como que procurando o ar → para logo ficar imóvel. Morreu sem ter tido tempo de ver seu assassino! Abandonou o esconderijo e mostrou-se para a morena.
“FT”, 13 de janeiro, terça-feira. Sem perder tempo, saltou sobre os cadáveres e percorreu o largo corredor. Entrou no quarto da direita, cuja porta estava aberta. Viu a cama de casal desarrumada. Dois criados-mudos. O imenso guarda-roupa. Na parede uma televisão de trinta e duas polegadas e um aparelho DVD. Um filme pornô na tela. Imagem congelada. → Ora, ora → murmurou, surpreso. Sobre um dos criados-mudos, viu uma garrafa de champanhe dentro de uma jarra com gelo, as duas taças, um prato com queijo cortado em cubos, uma caixa de palitos e uma faca de cozinha. Estava com sede, mas decidiu não beber o champanhe. Abriu o guarda-roupa. Viu as roupas do sujeito. As roupas da morena. Uma carteira de couro. C
“FT”, 13 de janeiro, terça-feira. Percorreu ruas e avenidas, até entrar na BR “FT-100”, que ligava a cidade de “FT” às demais cidades. Manteve a velocidade em 100 km/h, para não cometer erros. Imagine ser parado por policiais, naquele instante... Seria... catastrófico! Coçou o baixo ventre. Pensou no bumbum da morena. Delicioso! Se pudesse usufruir daquele corpo mais vezes... todos os dias... eternamente... Uma pena ter sido obrigado a matá-la... Quando chegasse em casa, iria fumar um longo cigarro de maconha, acompanhado de uma lata de cerveja estupidamente gelada. Claro! Merecia, depois do que passara. Quando encontrariam o c
“PQ”, 13 de janeiro, terça-feira. Deveria correr? Esconder-se no mato? Ou manter o passo? → Controle-se → murmurou, para não aloprar → Controle-se... Controlando o pânico, observou o veículo. Scort prata. Quatro portas. Sem vidro fumê. Não parou. Passou por ele em baixa velocidade. O motorista → que era branco → usava boné preto, óculos escuros e camisa vermelha, de mangas curtas. Sem bigode. Olhou para ele apenas superficialmente. Por que escolhera aquela horrível e erma estrada? Coincidência? Teria casa nas imediações? Seria um traficante? Onde tinha visto um Scort prata, antes?&