PARTE TRÊS - A VINGANÇA DO MORTO
“FT”, 15 de janeiro, quinta-feira.
Ao despertar, sentiu uma incômoda dor de cabeça.
Dor chata! Como se agulhas perfurassem seu cérebro!
Tentou se mexer, mas não conseguiu. Percebeu que estava amarrado a uma cadeira de aço → extremamente pesada → de espaldar alto. Cordas poderosas o prendiam por trás.
Tentou de desenvencilhar, sem sucesso.
→ Merda! → vociferou, sem forças.
Suava. O suor descia → lentamente → por seu rosto.
Calculou ser quase meio-dia, com a temperatura na casa dos trinta e poucos
“FT”, 15 de janeiro, quinta-feira. Arregalou os olhos. Viu-se diante de um... “fantasma”??? O sujeito teria entre quarenta e cinco e cinquenta anos. Alto, branco e loiro. Olhos azuis. Cultivava um bigode fino, no estilo dos mexicanos. Apesar do intenso calor, usava um terno preto, com gravata lilás. Na mão direita, uma pasta marrom. → Te matei! → gritou, surpreso → TE MATEI!!! Não pode ser! Não pode ser!!! → Você checou se eu estava realmente morto? → o homem falou e sua voz era extremamente parecida com a do Bruno Handel. → Tu morreu, cara! Puta que pariu!!! O homem depositou a maleta no c
“FT”, 16 de janeiro, sexta-feira. Enquanto isso... Vitorioso! Naquela noite, trancado na biblioteca da mansão → concentrado na elaboração do discurso → sentia-se o mais vitorioso dos homens! Nunca estivera tão satisfeito. Recapitulando os acontecimentos da semana, soubera da morte de Bruno no hotel, às oito da noite da terça-feira. Kleber → gerente de vendas da matriz → lhe dera a notícia. Estava realmente no norte do país. Portanto, bem distante das ações do assassino. Viajara para a cidade de “FT” na manhã do dia seguinte, fingindo estar chocado com o fato. Comparecera ao enterro. Claro!<
“FT”, 16 de janeiro, sexta-feira. Contou tudo! Desde a abordagem pelo contato, o roubo do Corsa, o treinamento, os tiros, o estupro, a fuga, até a chegada na casa, já tarde da noite. → É isso aí → disse, para finalizar a conversa →. É... isso... aí. Cara, preciso de um remédio. Tô com u-uma fodida dor no c-cérebro, entende? O tal de Bruno → após ouvir o bizarro relato → não proferiu uma palavra sequer. Parecia um robô sem alma, como que perdido em sua própria loucura. Guardou o maçarico na maleta e tirou um celular e uma pistola, preta, com silenciador. Destravou a arma. Ergueu a mão armada. Virou-se. → Ca
“FT”, 16 de janeiro, sexta-feira. Estacionou a BMW a duzentos metros do ginásio. Havia dito para a esposa que precisava resolver um assunto urgente, de trabalho. Ela → acostumada a essas ausências → não questionou nem quis saber do que se tratava. Era uma excelente esposa! Vinte e tantos anos de casamento e continuava compreensiva, fiel e meiga! Fingia, inclusive, ignorar as diversas amantes que arrumava. A mulher perfeita! Olhou o relógio: 23h10min. Saiu da BMW. Usava terno preto, com gravata azul. A pistola se encontrava no coldre axilar, este oculto pelo terno. Adorava usar esse tipo de roupa.<
PARTE QUATRO - O FIM DO MISTÉRIO “FT”, 17 de janeiro, sábado. Encontraram-se no restaurante “Hutt Levidt Paladar”, naquela manhã ensolarada. Beijaram-se nas faces. Ocuparam uma mesa discreta, nos fundos do recinto. → Tudo bem? → ela quis saber. → Tudo. → O dia está lindo. → Realmente O sol está maravilhoso. → Vamos almoçar? Comeram lagosta, com arroz, macarrão, salada, feijão e farofa. E vinho branco, como acompanhamento. Em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensam
JODERYMA TORRES A VINGANÇA DO &n
PARTE UM - O ASSASSINO Cidade de “FT”, 13 de janeiro, terça-feira. A casa! De um pavimento, pintada de verde-claro. Murinho na frente, metade alvenaria, metade grades de ferro. Atrás do murinho, no centro, um jardim bem cuidado. Do lado esquerdo, a porta da sala e sua respectiva grade de proteção. Do lado direito, a espaçosa garagem. Havia um carro naquela garagem. Uma BMW azul-búzios. Nova! Reluzente! Animou-se, uma vez que a presença do veículo era o claro sinal de que poderia dar início às ações. Olhou o relógio: 15h25min. Tarde de sol. Calor dos in
“FT”, 13 de janeiro, terça-feira. Viu-se diante de um verdadeiro monumento! Como poderia descrevê-la? Tão alta quanto ele. Teria entre vinte e cinco e trinta anos. Pele cor de canela. Cabelos escuros, curtos e crespos. E curvas... muitas curvas! Os olhos esverdeados davam um vívido charme ao lindo rosto! Usava uma blusa cor-de-rosa, decotada e sem sutiã → que deixava à mostra as ondulações dos enormes seios →, e um short jeans curto, que destacava a simetria de suas coxas grossas. Barriga reta, de quem malhava bastante! Muito mais bela e sexy do que o contato havia informado.