Capítulo 44
Os abraços e felicitações parecem ser eternos. Uma simples troca de olhares com Sebastian e sei que pensa o mesmo que eu. O fim da fila chega após longos minutos, junto com um imenso alivio. Quando todos se sentam nas diversas mesas espalhadas pelo enorme jardim da casa de Lucas nossos pais andam em nossa direção.
Primeiro um abraços forte entre tia Clara e tio Paulo, meus pais de coração, me ajudaram sempre que precisei. O abraço acaba por me emocionar novamente.
- Obrigada por ser quem são, obrigada por me ajudar e apoiar quando estava longe da minha família...Obrigada por se tornarem parte da minha família.
- Nossa menina, você agradeceu d
Capítulo 45Sinto um leve incomodo em minha barriga e me sento na cama, Sebastian está no escritório do andar de baixo da casa. Já estávamos em Amsterdam, voltamos da lua de mel a uma semana. Foram duas semanas conhecendo a Toscana, as pessoas, seus costumes e suas comidas, a parte que mais gostei.Morar em Amsterdam era no mínimo diferente, aqui era apenas nos dois. Quando o bebe estivesse perto de nascer nossas famílias viriam, mas até então estávamos só. Desço as escadas e paro em frente a porta do escritório, Sebastian está concentrado lendo algo, só me percebe ali quando sinto uma pontada na costela e solto um gemido de dor.- Meu amor, o que faz aqui embaixo? Já está bem tarde. &ndash
Capítulo 46SebastianEncaro meu filho dormindo em meus braços. Sua mãozinha apertando meu polegar mesmo dormindo. Olho para a cômoda em minha frente e encaro o porta retrato com uma foto minha e de Selena, quando fomos pela primeira vez na cachoeira na fazenda.Sorrio com a pequena lembrança, o quarto de Peter que foi todo decorado durante seus últimos meses de gestação agora são onde passo a maior parte do tempo, tudo lembra o espírito alegre e espontâneo de Selena.- Ele está crescendo tão rápido. – Minha mãe entra no quarto e diz baixinho para que não atrapalhe o sono do meu menino. Toda a família havia vindo passar as f&eacu
Faço faculdade a quase dois anos na Faculdade Pontifícia de Florianópolis. Estudei bastante pra chegar aqui, minha família apesar de não ser pobre não tinha dinheiro pra pagar a faculdade que tanto sonhava desde os meus 15 anos.Sempre amei as diversas línguas que existem as redor do mundo e logo que pude quis aprender algumas, e então quando descobri o curso de relações internacionais me apaixonei e quis aquilo para minha vida. Mas como disse, eu não tinha dinheiro suficiente pra bancar meu sonho. Nos últimos três anos de colégio, me dediquei muito para conseguir uma bolsa no Enem. Perdi uma certa parte da minha adolescência, festas e diversão que todos os jovens gostam, eu perdi dezenas delas pra estudar.Meu último ano
Capítulo 2 Após a entrada de Sebastian, fiquei alguns minutos do lado de fora para respirar um pouco, pois aquilo tinha me deixado bastante nervosa. Quando entro logo avisto Juliana sentada com seus pais na área externa da casa perto da piscina.-- Oi querida, que bom que veio, tudo bem? – A mãe de Ju me pergunta quando chego onde eles então.-- Tudo bem sim tia Clara. – Respondo sorrindo para o casal.--Selena vai lá colocar seu biquíni, tá um calor dos infernos hoje.-- Não trouxe biquíni Ju.
Sebastian.A vejo chegar na porta do edifício e olhar pra cima, enquanto a olho daqui, mesmo de longe reparo em sua pele morena e seus cabelos negros, que tenho tido bastante vontade de passar as mãos para ver se tem a mesma maciez que aparentam. Coloco as mãos no bolso da calça enquanto desvio meus olhos para o céu, lembrando do real motivo que me trouxe de volta ao Brasil. Minha família acha que foi porque estava cansado de Boston, mas esse não é o real motivo. Boston de uns meses para cá começou a me sufocar com lembranças de lugares e momentos sempre que andava pela cidade. Tudo, extremamente tudo me lembrava Megan.A conheci poucos meses depois que me mudei para lá e logo me apaixonei pela garota doce e gentil que aparentava ser. Começamos um
Já iria fazer um mês que eu e Sebastian estávamos trabalhando juntos e por incrível que pareça nós não discutimos mais. Sebastian continuava sendo o mesmo grosso e idiota de sempre, mas as vezes deixava seu lado gentil aparecer. Mas quando percebia isso, tratava de voltar a ser idiota. Como se fizesse isso de propósito.O trabalho era bom, gostava de passar a tarde traduzindo e falando em francês com alguns dos sócios que ligavam para saber de algo. As roupas da coleção são incríveis e me sinto feliz por de certa forma fazer parte de algo assim. Sinto meu celular vibrar encima da mesa e pego sem tirar os olhos da tela do computador.- Alô?- Oi amiga, que saudade de ti.
Antes mesmo de abrir meus olhos sinto meu corpo todo doer. Quando os abro uma luz forte os invade me obrigando a fecha-los novamente. Quando consigo me acostumar com a claridade percebo que não estou em casa, ou em qualquer lugar conhecido. Procuro em minha mente o que aconteceu e tudo vem como um soco, a boate, a praia e o acidente, me fazendo sentir uma dor forte na cabeça. Sem permissão meus olhos se enchem de lagrimas e tento me levantar mais uma vez o que me faz perceber que meu braço direito está engessado, o que não tinha percebido até o momento. A porta do quarto se abre e minha mãe entra. Calma, minha mãe?- Mãe? – Minha voz sai grossa e ranha minha garganta pela falta de água.- O meu Deus, você acordou minha filha.
SebastianQuando soube do acidente, eu ainda sentia seu perfume em mim. E o medo de nunca mais senti-lo era gigantesco, o medo de não ver seus olhos escuros e tão expressivos era ainda pior. Quando fui ver minha irmã no hospital, sem que ninguém soubesse entrei no quarto de Selena e reparei no quanto estava sem cor, seus lábios já não tinham mais o vermelho de sempre, mas ainda sim era linda. Fiquei horas ali sem que ninguém soubesse, pedindo pra qualquer ser que me ouvisse que a trouxesse de volta.Quando ela acordou queria pôr tudo ir vê-la, mas não podia. O alivio era gigantesco por ela estar de volta, e eu ainda não havia descoberto porque isso era tão bom. A ideia de perde-la era dolorosa. Passo a mão no cabelo sentado em minha cadeira n