Capítulo 2
Após a entrada de Sebastian, fiquei alguns minutos do lado de fora para respirar um pouco, pois aquilo tinha me deixado bastante nervosa. Quando entro logo avisto Juliana sentada com seus pais na área externa da casa perto da piscina.
-- Oi querida, que bom que veio, tudo bem? – A mãe de Ju me pergunta quando chego onde eles então.
-- Tudo bem sim tia Clara. – Respondo sorrindo para o casal.
--Selena vai lá colocar seu biquíni, tá um calor dos infernos hoje.
-- Não trouxe biquíni Ju.
-- Porque não? Vai tomar banho de que então?
-- É simples, eu não vou tomar banho.
-- Claro que vai, vem. Vou te emprestar um biquíni. – diz me puxando pra dentro da casa rumo ao seu quarto.
-- Juliana, não quero um biquíni emprestado. Não trouxe pelo fato de que não quero usar um. Sabe que não gosto.
-- Porque não? Você tem um corpo lindo e não tem porque esconde-lo. O bonito é pra se mostrar boba. – diz enquanto meche em seu guarda-roupas. – Toma, prova esse e vê se fica bom.
Acabo cedendo e vou pro banheiro me trocar, era um biquíni realmente bonito, azul com algumas pedrinhas brancas que faziam um contraste legal com a minha pele morena. Mas sabia que nunca teria coragem de ficar assim na frente de todos. Quando sai do banheiro Ju esta deitada na cama mexendo no celular.
-- E então? O que achou? – pergunto chamando sua atenção.
-- Uau, ficou linda. Agora vamos lá pra baixo que já estou derretendo.
-- Nem pensar Juliana, só com isso aqui? Não vou mesmo, nem adianta tentar.
-- Aí como você é chata, toma, coloca esse short e vai estar igual a todo mundo lá em baixo. Ninguém vai reparar. – Bufa estendendo um short em minha direção.
Coloco e descemos, quando chegamos ao andar de baixo percebo que grande parte das pessoas estão dentro da piscina pois o calor está demais. Mas resolvo ficar sentada perto dos pais de Ju enquanto ela vai pra piscina. Olho ao meu redor e percebo que grande parte da família dela esta ali, alguns primos conhecidos e outros que nunca vi. Ao olhar pra piscina vejo Ju falando com dois de seus primos, Dylan e Nickolas e olhando em minha direção. Sabia que ela estava tramando algo e mesmo ao longe percebi que os primos a ajudariam. Eles olharam em minha direção e sorriram, e antes mesmo de chegarem a borda da piscina eu levantei de onde estava sentada e comecei a andar o mais rápido possível entre as pessoas para o mais longe dali. Tinha certeza que queriam me jogar na água e conseguiriam caso eu não corresse.
--Selena volta aqui, a gente vai te pegar você querendo ou não. – Ju grita rindo um pouco atrás de mim.
-- Não mesmo. – gritei sem olhar pra trás. Comecei a correr entre as pessoas. Mas antes mesmo de me afastar completamente, vou de cara com uma parede de músculos, caiu de bunda no chão.
-- É melhor começar a olhar por onde anda. – Uma voz diz acima de mim. Eu tinha que esbarrar logo nele? Serio? Nesse monte de gente e é nele que eu esbarro? Antes de responder a altura para aquele idiota sou pega por Dylan.
-- Achei você bonitinha, agora não tem escapatória. – Fala rindo enquanto me carregava pra piscina.
-- Não, olha por favorzinho. Não faz isso, eu nunca te fiz nada.
-- Não adianta tentar, você vai pra dentro d'água. – Responde rindo ainda mais.
Enquanto me levava pra piscina todos nos olhavam e riam daquela cena patética, quem não riria não é mesmo? Antes de chegar a piscina passamos por uma Ju risonha que deu uns tapinhas em meu braço. – Eu falei que você iria pra piscina amiga, e eu sempre faço o que falo. – diz rindo.
-- Você me paga Juliana, me paga.
-- Pronta amorzinho? – Dylan pergunta antes de pular comigo na piscina.
O restante do dia foi tranquilo, ficamos grande parte do dia ali na piscina e acabei conhecendo alguns primos da Ju, dos quais não tinha ouvido falar. No final do dia, o pai de Ju queria me levar em casa, mas o convenci que não era preciso e iria pegar um Uber. Me despeço de todos e vou pra casa, só consigo chegar em casa por volta das 19:00hs pois o transito de Florianópolis estava uma loucura.
A única coisa que faço ao chegar em casa é tomar banho e dormir, estava cansada demais e sem cabeça para estudos.
Domingo foi um dia cansativo, fiz alguns trabalhos da faculdade e limpei o apartamento. Eu precisava estudar mais que qualquer um, pois como era bolsista minhas notas tinham que ser acima de 8,0 enquanto a dos outros era 7,0. Mas não reclamava, queria aquilo pra minha vida e faria o impossível para conseguir.
A segunda começa como toda segunda-feira, preguiçosa e chata. Acordei 05:15 pois tinha que arrumar minhas coisas e pegar três ônibus pra chegar na universidade. As aulas passaram rápido e atarde dei aula para dois colegas, as 16:30 já estava cansada e a semana nem tinha começado. No caminho para o ponto de ônibus sinto meu celular vibrar no bolso da calça, quando pego para ver é tia Clara
-- Oi Tia Clara! – Tinha pegado o costume de o chamar tia com o passar do tempo.
-- Oi filha. Como está?
-- Tudo bem.
-- Que bom, já saiu da faculdade querida?
-- Já sim, estou indo pra casa.
-- Ótimo, estou passando aí pra te pegar, eu e Paulo precisamos falar com você, pode ser?
-- Claro, é algo importante?
-- Não se preocupe querida. Me espere no ponto de ônibus. Beijos.
-- Tá bom Tia, beijos.
Desligo e sento no ponto de ônibus esperando. O que será que querem comigo? Será algo relacionado a conversa de ontem com Sebastian? não, ele pediu pra não contar, porque ele mesmo contaria? Penso enquanto vejo o movimento da rua ate ver o carro de Clara encostar no meio fio. Entro no carro a abraço e ela diz que vamos para a empresa pois Paulo esta lá. Ao chegarmos na empresa vamos direto pra sua sala, quando entramos Paulo ergue os olhos do papel que lia.
-- Olá querida. – diz após beijar a esposa.
-- Oi filha, tudo bem? – diz agora olhando para mim.
-- Tudo bem sim Tio, o que querem falar comigo?
-- bom... – Tia Clara começa. – Recebemos uma proposta de uma marca francesa muito famosa e eles querem fechar uma parceria conosco, mas infelizmente não falamos a língua e sabemos que você fala, queríamos que fosse nossa tradutora durante um período. Claro que você seria paga por isso, pois não terá mais tempo para dar suas aulas.
-- Nossa, eu não esperava por isso. Mas claro que sim. Se não atrapalhar minha faculdade.
-- não vai atrapalhar querida, fique tranquila quanto a isso.
-- Bom, esse seria o valor do seu salário mensalmente, seus horários e tudo que tem que fazer. – Tio Paulo diz estendendo uma folha.
Quando pego a folha e começo a ler, chego me assusto com a quantidade de dinheiro que vou ganhar, é bem mais do que ganho com minhas aulas. Antes de terminar de ler tudo, escuto alguém bater na porta. – Chegou que estava faltando, ele que vai trabalhar diariamente com você, te ajudando e resolvendo tudo sobre o contrato. – Tia Clara diz sorrindo e indo abrir a porta.
-- Oi mãe, desculpe a demora. A pessoa que que vai trabalhar comigo já chegou? – Diz uma voz conhecida atrás de mim.
-- Já sim filho, é a Selena amiga de sua irmã, lembra dela não é mesmo?
-- Você fala francês? – diz perguntando a mim, grosseiramente. Boa tarde pra você também idiota, falo em pensamento.
-- Sim, algum problema com isso? – pergunta sem nenhuma paciência com a falta de educação da pessoa em minha frente.
-- Nenhum, só fiquei surpreso.
-- Surpreso? Porque ficou surpreso?
-- Achei que pessoas como você não tinham dinheiro pra pagar um curso de língua francesa, já que ele é bastante caro. Foram vocês que pagaram pra ela? – Pergunta aos pais.
-- Gente como eu? Pobre você quer dizer? Eu apesar de não ter dinheiro como você, não poupei esforços para fazer os cursos que queria. Não pedi dinheiro aos seus pais, fique tranquilo, paguei com dinheiro do meu próprio trabalho. – Digo com raiva.
-- Então parece que seu dinheiro está sobrando não é mesmo? – pergunta grosseiramente. O que aquele idiota estava insinuando?
-- Quem você acha que é pra falar assim comigo e achar que sabe como esta minha vida financeira? – digo agora com o rosto a centímetros do seu. Porque ele tinha que ser tão bonito? Mas que tem de bonito tem de grosso.
-- JÁ CHEGA. – Tia Clara grita. Me fazendo afastar dele. – Que modos são esses Sebastian?
-- Desculpe mãe. – diz simplesmente. – Não é pra mim que tem que pedir desculpas Sebastian. – diz Clara o encarando.
-- Peço perdão se a ofendi. – Fala agora olhando pra mim. E lá estava ele mais uma vez pedindo desculpas da boca pra fora. Seus olhos tinham raiva, muita raiva.
-- Tudo bem. – Digo desviando o olhar.
Volto a me sentar e terminar de ler o contrato de 3 meses que fecharia com eles. Eu ficaria três meses vendo aquele idiota todos os dias e isso não seria fácil, mas precisava de dinheiro. Daria para começar a fazer o curso de uma nova língua. Tinha que aceitar, mesmo sentido que aquele idiota faria da minha vida um inferno.
-- E então querida? Ira aceitar trabalhar conosco? – Tia Clara fala me tira dos meus pensamentos.
-- Vou sim tia, será um prazer. – Digo sorrindo, pegando a caneta que ela me estendia, assinando o papel e logo o entregando novamente para tio Paulo ficando com uma cópia do mesmo.
-- Você fala quantas línguas filha? – Tio Paulo pergunta.
-- cinco, seis com o português. – Respondo sorrindo. – Aprendi espanhol, alemão e francês enquanto ainda fazia ensino médio, inglês e russo aprendi quando vim pra cá. E já que agora vou começar a trabalhar com vocês talvez comece a fazer grego, sou apaixonada pela língua a muito tempo, mais o curso é bastante caro.
-- Conseguira fazer com certeza querida. Bom, terminamos por hoje, você começa amanha as 13:30hs, e Sebastian eu espero sinceramente que o que aconteceu hoje não vou a acontecer, ouviu bem? – Paulo indaga olhando para o filho.
-- Não vai voltar pai.
-- Ótimo, quer que te leve em casa filha? – me pergunta.
-- Obrigada Tio, mas minha casa é na direção contraria a de vocês, vou de ônibus pra já ir me acostumando com o caminho. Vou indo, até amanhã.
Saio dali e vou rumo ao ponto de ônibus, que ficava na outra esquina. Isso pelo menos facilitaria para eu pegar o ônibus todos os dias. Cheguei em casa já quase anoitecendo e cansada de tanto ficar em pé no ônibus que estava lotado. Faço um sanduiche e me deito no sofá, resolvo ligar para minha mãe.. No segundo toque ela atende.
-- Oi filha, tudo bem por aí?
-- Oi mãe, está tudo bem e com o pessoal?
-- Tudo bem querida, seu pai está mandando um abraço e reclamando que nunca liga pra ele.
-- mande outro abraço mãe, da próxima ligo pra ele. – Respondo rindo.
-- Estamos todos com saudades minha pequena. Não sei pra que resolveu ir pra tão longe. – Resmunga.
-- Também estou com muitas saudades de todos vocês e só estou seguindo meu sonho mãe.
-- Eu sei querida.
-- Mãe, os pais da Ju me chamaram pra trabalhar com eles como tradutora, começo amanhã e vou ganhar bem mais que eu ganhava com as aulas.
-- Que bom minha filha, fico muito feliz por você querida.
-- Fiquei feliz também, preciso desligar. Até mais, amo todos vocês.
-- Também te amamos princesa, ligue mais vezes.
desligo o celular com a saudade doendo no peito, essa foi a pior parte de seguir meu sonho, a distância da minha família. Sempre fomos muito unidos e vir para tão longe foi doloroso. Saio dos meus pensamentos com a chegada de uma mensagem.
-- Você está uma péssima amiga Selena, começou a trabalhar com meu irmão e nem pra me contar você serve?
-- O dia foi corrido e acabei me esquecendo, desculpe amiga rsrs
-- Tudo bem, mas me conte. Gostou do trabalho?
-- Adorei, pela primeira vez vou trabalhar com outra língua. Estou ansiosa.
-- Que bom amiga. Amanha nos falamos na empresa, vou dormir. Beijos.
-- Boa noite amiga.
Durmo logo em seguida. A manhã seguinte passa como todas as outras, e ao dar 12:40 saiu da universidade rumo a empresa. Ao chegar em frente ao grande prédio das empresas Albuquerque's, fico olhando para aquela estrutura tão grande e bonita. Sinto uma felicidade ao pensar que vou trabalhar ali, mas essa felicidade cai por terra quando lembro com quem irei trabalhar. Mas se ele acha que vai fazer da minha vida um inferno e vou ficar quieta está muito enganado. Oh, baby.. dois poderiam jogar o mesmo jogo. Já que estou no inferno, porque não abraçar o diabo?
Sebastian.A vejo chegar na porta do edifício e olhar pra cima, enquanto a olho daqui, mesmo de longe reparo em sua pele morena e seus cabelos negros, que tenho tido bastante vontade de passar as mãos para ver se tem a mesma maciez que aparentam. Coloco as mãos no bolso da calça enquanto desvio meus olhos para o céu, lembrando do real motivo que me trouxe de volta ao Brasil. Minha família acha que foi porque estava cansado de Boston, mas esse não é o real motivo. Boston de uns meses para cá começou a me sufocar com lembranças de lugares e momentos sempre que andava pela cidade. Tudo, extremamente tudo me lembrava Megan.A conheci poucos meses depois que me mudei para lá e logo me apaixonei pela garota doce e gentil que aparentava ser. Começamos um
Já iria fazer um mês que eu e Sebastian estávamos trabalhando juntos e por incrível que pareça nós não discutimos mais. Sebastian continuava sendo o mesmo grosso e idiota de sempre, mas as vezes deixava seu lado gentil aparecer. Mas quando percebia isso, tratava de voltar a ser idiota. Como se fizesse isso de propósito.O trabalho era bom, gostava de passar a tarde traduzindo e falando em francês com alguns dos sócios que ligavam para saber de algo. As roupas da coleção são incríveis e me sinto feliz por de certa forma fazer parte de algo assim. Sinto meu celular vibrar encima da mesa e pego sem tirar os olhos da tela do computador.- Alô?- Oi amiga, que saudade de ti.
Antes mesmo de abrir meus olhos sinto meu corpo todo doer. Quando os abro uma luz forte os invade me obrigando a fecha-los novamente. Quando consigo me acostumar com a claridade percebo que não estou em casa, ou em qualquer lugar conhecido. Procuro em minha mente o que aconteceu e tudo vem como um soco, a boate, a praia e o acidente, me fazendo sentir uma dor forte na cabeça. Sem permissão meus olhos se enchem de lagrimas e tento me levantar mais uma vez o que me faz perceber que meu braço direito está engessado, o que não tinha percebido até o momento. A porta do quarto se abre e minha mãe entra. Calma, minha mãe?- Mãe? – Minha voz sai grossa e ranha minha garganta pela falta de água.- O meu Deus, você acordou minha filha.
SebastianQuando soube do acidente, eu ainda sentia seu perfume em mim. E o medo de nunca mais senti-lo era gigantesco, o medo de não ver seus olhos escuros e tão expressivos era ainda pior. Quando fui ver minha irmã no hospital, sem que ninguém soubesse entrei no quarto de Selena e reparei no quanto estava sem cor, seus lábios já não tinham mais o vermelho de sempre, mas ainda sim era linda. Fiquei horas ali sem que ninguém soubesse, pedindo pra qualquer ser que me ouvisse que a trouxesse de volta.Quando ela acordou queria pôr tudo ir vê-la, mas não podia. O alivio era gigantesco por ela estar de volta, e eu ainda não havia descoberto porque isso era tão bom. A ideia de perde-la era dolorosa. Passo a mão no cabelo sentado em minha cadeira n
- Por favor, não faça isso. – Suplico. Antes que possa responder ou qualquer outra coisa, sinto seu corpo ser puxado de cima do meu, vejo um vulto e no segundo seguinte, ele está no chão ao meu lado com Sebastian desferindo socos em seu rosto. Depois de incontáveis socos, vejo o desconhecido desmaiado e com o rosto manchado de sangue. – Sebastian já chega, por favor.Só aí ele me olha e vem ate mim, me levantando e me abraçando. Choro em seus braços, um choro de alivio, ele me abraça forte e me sinto protegida. Quando consigo controlar meu choro me afasto apenas o suficiente para olhar em seu rosto. – Obrigada Sebastian, eu não sei o que poderia ter acontecido se não tivesse chegado. – Eu sabia o que podia acontecer, nos dois sabíamos, volto a chorar e meu corpo treme
Já tinham quase trinta dias que Sebastian havia viajado, conversávamos quase todos os dias por telefone com assuntos relacionados ao trabalho. As vezes um de nós soltava um ''Estou com saudades''. Nessas horas a saudade batia mais forte que o normal.Eu ainda tinha o maravilhoso gesso em meu braço, o tiraria daqui 3 dias e estava contando os dias. Eu tentava ao máximo preencher minha cabeça com coisas do trabalho e faculdade, para não pensar tanto em Sebastian e o que eu sentia por ele, e isso estava sendo fácil fazer. O aniversario de Ju é daqui 2 semanas e ela resolveu que quer uma festa para completar seus 21, um baile de máscaras, não posso negar, eu adoro esse tipo de festas, mas dava muito trabalho. As coisas estavam quase todas encaminhadas, mas ainda faltava o vestido e ela não conseguia escolher,
Chegamos em uma casa no fundo da fazenda, era como uma casinha pequena com quarto e cozinha americana. Apesar de já ter vindo na fazenda, nunca havia vindo aqui.- Eu não conhecia essa casinha, é tão linda.- Quase ninguém conhece, construí quando tinha 19 anos. Gostava de vir pra cá pensar. Depois me mudei pra Boston e não vim mais.- Entendo, como foi a viagem? Você ainda vai voltar? – Aquela pergunta me causava certo medo, mesmo não querendo admitir para mim mesma, eu não queria de forma alguma que ele voltasse.- Não volto mais, não por agora. Fiz tudo o mais rápido que o previsto para voltar logo. – Sebastian volta para pe
Subo as escadas sentindo os olhos de Sebastian em mim, quando chego no quarto de Ju ela ainda dorme. Me deito na cama com ela e expiro o cheiro de Sebastian que esta na camisa e logo durmo. Quando acordo, Ju já não está mais na cama, olho no relógio e já são 11:00hs da manhã, levanto e tomo banho. Quando desço escuto vozes na cozinha e vou para lá. Todos estão lá, com um homem mais o menos da idade de Sebastian que não conheço.- Oi gente. – Digo quando entro.- Bom dia. – Um coro de vozes me responde. – Querida, esse é meu sobrinho Victor, ele veio de Londres passar um tempo com a gente.- Vocês disseram que ela era bonita, mas não sabia que era tanto. &ndas