Durante a primeira hora, mal trocaram uma palavra. Ainda assim, Jonathan estava extremamente irritado por um motivo em particular.Mesmo separados, depois de tudo que aconteceu e toda a tragédia envolvendo um pedaço da história que viveram, sentia seu corpo entrar em ebulição quando ficava perto dele.Elliot sentia o mesmo, tendo em vista a quantidade de vezes que ajeitou sua camisa que parecia colar em seu peitoral levemente suado.Quando estavam próximos, tudo ao redor parecia insignificante."Não quer conversar comigo?" Elliot perguntou, entristecido. A indiferença do mais novo o matava pouco a pouco."Não." Ele respondeu. "Mas quero foder com você." Jonathan pensou em voz alta, se arrependendo logo em seguida."O quê?!" O loiro pareceu confuso, ao mesmo tempo que surpreso."Você é irritantemente gostoso." Jonathan deu um gole exagerado no vinho, acabando com a taça em alguns segundos."Jonathan, você me deixa confuso. O que posso fazer para você me perdoar, para voltarmos ao que e
Eric acordou sentindo seu estômago doer, extremamente faminto após a noite agitada que teve. Seus olhos embaçados demoraram a processar as imagens que sua visão captava, notando a bela paisagem através da sacada de Harry.Hugo dormia ao seu lado, com uma toalha cobrindo metade de sua nádega parcialmente exposta. Sorrindo, ele ajeitou o tecido para o cobrir por completo, acariciando seus cabelos em seguida.Harry havia acordado cedo, como de costume. Aproveitava para molhar suas plantas, mas seu novo passatempo favorito era preparar os mais diversos tipos de café da manhã para seus novos amigos, como dizia por se recusar a rotular a relação que tinham. Ainda que estivessem se relacionando de forma diferente apenas por algumas semanas, já haviam perdido a conta de quantas vezes teriam dormido juntos. Jonathan dizia estarem viciados um no outro. E estavam, só não conseguiram admitir.Eric se sentia completamente em casa, e ao acordar, não se importou em vestir-se, sabendo que aos finais
O clima especialmente quente na cidade de Chicago, aquele dia, parecia ainda mais sufocante para Jonathan, que aguardava pelo momento qual sonhou durante muito tempo.Ele estava sentado em uma poltrona de couro, arranhando suas unhas sobre o tecido do objeto continuamente. Nem mesmo o ar-condicionado potente da sala onde estava foi o suficiente para impedir o suor que continuava escorrendo em seu rosto, saindo de suas têmporas, caminhando vagarosamente até sua clavícula, encharcando pouco a pouco a blusa social branca que vestia. Isso não era somente pelo calor, já que o nervosismo que Jonathan estava sentindo era quase paralisante, aumentando em seu peito de forma gradativa como uma bola de neve. No entanto, sua inquietação não seria à toa. Ele estava prestes a conhecer um dos homens mais respeitados do mundo. Elliot Park, o homem mais jovem a se tornar bilionário, era dono de um verdadeiro império.Suas filiais espalhadas pelo mundo todo eram responsáveis por formar os maiores nome
Ao contrário do que Jonathan imaginava, seu possível futuro chefe estava completamente atento a todas as suas ações e movimentos que ele fazia. Ele percebeu rapidamente como o nervosismo do jovem estava afetando o seu desempenho, assistindo enquanto ele esfregava suas mãos repetidamente no tecido da calça apertada que usava naquele dia.Era um comportamento normal para alguém que se candidatou a uma vaga em uma das maiores empresas do país. Porém, o que Elliot Park não entendia, era o motivo pelo qual ele mesmo não conseguia se manter estável diante do homem sentado em frente a sua mesa.Era um jovem comum, como diversos outros que havia entrevistado naquele dia. Nada de extraordinário, além do fato dele ser extremamente mais talentoso do que os outros, com base na checagem rápida que fez no portfólio de Jonathan.Mesmo assim, algo o incomodava, e Park estava extremamente curioso sobre o motivo pelo qual Jonathan o causou tamanha inquietação.“Está muito nervoso, Jones” Elliot exibiu
Para Elliot, aquele fora um dia cansativo. Mais do que o comum, já que a rotina atarefada costuma o agradar, ao contrário de muitas pessoas acomodadas com uma vida calma e sem muitos acontecimentos.Porém, um momento daquele longo dia o marcou de forma diferente. Dentre todas as pessoas que entrevistou durante a tarde, ele se sentiu especialmente intrigado por Jonathan Jones. E agora, horas mais tarde, ele continuava confuso sobre a conexão repentina que sentiu.Ele estava parado em sua cobertura, debruçado na varanda que dava para uma incrível vista na cidade. Vestindo apenas um robe de seda roxo, ele segurava um cigarro delicadamente entre seus dedos longos, observando com atenção como a fumaça se dissipava através do vento que atingia seu corpo parcialmente nu.Mesmo com um tecido que mal cobria suas partes, ele não se importou com o frio da noite escura. Muito pelo contrário. Ele se debruçou cuidadosamente sobre o vidro que o protege na sacada e continuou observando a lua majestos
Jonathan mal conseguia acreditar no que estava ouvindo. Parecia bom demais para ser verdade. Bastaram poucos minutos na presença de Elliot para que Jones se sentisse mais confortável, apesar da tensão inicial, a qual ele, inocentemente, acreditava ser por não se conhecerem muito bem. Não fazia ideia das intenções já subtendidas de seu chefe, e isso era um bom sinal para Elliot, que estava determinado a reprimir essas sensações pelo maior tempo que conseguisse, independente de estar se torturando ao manter o belo jovem por perto. “Será uma honra, Sr. Park. Muito obrigado!” Jonathan agradeceu e despediu-se discretamente, antes de ser dispensado por Elliot. Voltando para sua mesa com um sorriso maior do que o rosto podia conter, ele se sentia extremamente confuso, pois, o que sentiu no instante em que esteve com seu próprio chefe, ainda não estava claro o suficiente em sua mente. Afinal, não podia se sentir daquela forma. Era seu chefe; e o quanto seria imoral ter sentimentos tão int
Com o músico cada vez mais próximo, Jonathan se sentiu extremamente nervoso. Suas mãos suavam e ele não sabia o que fazer, se deveria se aproximar para cumprimentá-lo, ou se precisava apenas ficar ali, os observando. Park percebeu como Jones estava ansioso, e sua mão discretamente tocou o antebraço do outro, tentando acalmá-lo com o leve e respeitoso contato, que por menor que fosse, foi o suficiente para fazê-lo se desconcentrar ainda mais. “Obrigada por vir, Elliot. Queria muito sua opinião”, disse o músico, estendendo a mão para cumprimentá-lo.“Não precisa agradecer, você sabe que meu objetivo é ter uma parceria produtiva. Aliás, esse é Jonathan Jones, meu novo estagiário. Espero que não se importe em ter mais alguém, queria mostrar a ele um pouco de como funciona a produção de um álbum com a nossa equipe”, explicou Elliot, notando a expressão sorridente do homem, que não exibiu insatisfação ao ouvir suas palavras.“De maneira nenhuma. Quanto mais, melhor. Sou Harry Thompson, pr
Jonathan acordou radiante. Abriu suas janelas e sentiu a brisa tocar seu rosto, tal qual um personagem de um filme romântico. Esta alegria não seria sem motivo, afinal, agora tudo parecia estar dando certo. Jones estava animado pela pequena aproximação que teve com Elliot, seu emprego era a melhor coisa que o aconteceu em tempos, e para finalizar seus motivos, se encontraria com seu amigo, Hugo.Ele não achava estranho se importar tanto com que sua convivência com Elliot deveria melhorar, em suma, qualquer um sabe que uma boa harmonia com um colega de trabalho é indispensável para uma rotina saudável. Ou pelo menos era nisso que ele queria acreditar.Na noite passada, enquanto estava no metrô, Jonathan recebeu uma mensagem de Hugo. O ruivo insistia para que Jonathan finalmente aceitasse seu convite para saírem juntos, mas Jones só queria saber de uma coisa: a Park Empire. Podia dizer que estava obcecado pelo trabalho, e ele sentia orgulho disso. Era o seu sonho, afinal. Porém, para